domingo, 23 de abril de 2017

RESPOSTAS CATÓLICAS:”...eu tenho uma dúvida e uma grande dúvida,porque na realidade esta data de sexta feira santa ela é folclórica porque ela depende do carnaval ela é quarenta dias depois do carnaval se o carnaval for em março a semana santa será no começo de abril se o carnaval for no começo de fevereiro ela será no começo de março então não é uma data praticamente certa que nem o natal dia 25 o nascimento de Jesus não é uma data certa eu não entendo isso sobre a semana santa não,porque datas folclóricas é justamente isso que muda o dia não é que nem a data do aniversário 1 de janeiro ou 25 de dezembro natal a ceia de natal no caso que é certa que todo ano é dia 25 de dezembro dia do natal já a semana santa não ela vai depender do carnaval eu não entendo isso porque se for em fevereiro é mais cedo se for em março é mais tarde então é uma festa folclórica ela não e certa e o que diria a bíblia sobre esta data?"


Caríssimo Paulo Luiz Salve Maria!

Sua Dúvida sobre este assunto com certeza é bem pertinente e é a dúvida de muitos cristãos,principalmente entre os Católicos!

A Páscoa, festa que já existia no Antigo Testamento em que os Judeus celebravam segundo o que prescreve o livro do Êxodo,no capítulo 12,no dia 14 do mês de Nissan(mês do calendário judeu) Era a celebração da libertação da escravidão do Egito para a liberdade da Terra Prometida por Deus a Abraão.Logo a Igreja Católica celebra a Páscoa cristã,Ressurreição de Cristo,acompanhando de certa forma a data da páscoa judaica.

Mas o calendário judaico era baseado na lua,ou seja lunar(é a forma de contar o tempo pelas fases da lua) e por isso tem data fixa já o nosso calendário é solar(contado a partir das estações do ano)  e sendo assim não tem data fixa e por isso a variação em nosso calendário.e sendo assim,a  data da páscoa cristã passou a ser móvel no calendário cristão, assim também como as demais datas referentes à Páscoa, tanto na Igreja Católica como nas Igrejas Protestantes e Igrejas Ortodoxas.

O primeiro Concilio geral da Igreja, o de Nicéia, no ano 325, determinou que a Páscoa cristã seria celebrada no domingo seguinte à primeira Lua cheia após o equinócio da primavera do hemisfério Norte (21 de março); podendo ocorrer entre 22 de Março e 25 de Abril.

Em astronomia(e não confunda com astrologia) equinócio é definido como um dos dois momentos em que o Sol, em sua órbita, vista da Terra, cruza o plano do equador celeste. Os equinócios acontecem em março e setembro, e são as duas ocasiões em que o dia e a noite têm duração igual.

No hemisfério norte o equinócio da primavera ocorre no dia 20 de março, e o equinócio de outono ocorre no dia 23 de setembro. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério. No hemisfério sul é o contrário, o equinócio da primavera ocorre no  dia 23 de setembro, e o equinócio de outono ocorre no 20 de março.

Se assim é com a Páscoa,assim também é obviamente com a Sexta Feira Santa!


Espero ter ajudado,

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 9 de abril de 2017

RESPOSTAS CATÓLICAS: "Sugiro que vocês publiquem uma materia explicando cada parte da Vigília Pascal. Todos aqui são apaixonados por está Grande Vigília.. E ficar ainda mais apaixonados se soubessem seus significados... Até eu gostaria de saber... É uma celebração muito bela!"


Prezado Hugo,Salve Maria!

Com prazer irei comentar sobre este assunto,que com certeza servirá de conhecimento para todos os nossos irmãos e irmãs de nosso Apostolado Defesa Católica.

A Vígilia Pascal, É a grande Vigília da Igreja Católica,a “Mãe de todas as vigílias”,no dizer de Santo Agostinho.Dea fato é uma belíssima cerimônia que a Igreja celebra na noite do Sábado Santo para  Domingo de Páscoa,na espera da ressurreição de Nosso Senhor!

A Vígilia Pascal se inicia sem o sinal da cruz.já que todas as outras missas começam com o sinal da cruz,é porque a igreja quer salientar a unidade deste tríduo pascal ou seja o sinal da cruz foi feita na Missa do lava-pés(Quinta-feira santa)e só vamos fazer o sinal da cruz outra vez no fim da vigília pascal quando o padre dar a benção e diz: “Ide em paz e o senhor vos acompanhe,aleluia,aleluia”  esta é uma celebração única praticamente porque é a celebração da passagem. E a páscoa é isso como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica:

É passar da morte do pecado para uma vida nova com Cristo Senhor:

“todo aquele que estar em Cristo,é uma nova criatura.passou o que era velho;eis que tudo se fez novo!”(II Cor 5,17)

Então a Igreja celebra esta vida nova com os nascimentos de seus filhos.toda a liturgia da Vigilia Pascal é uma liturgia batismal mesmo que nas paróquias não se celebrem batismos de alguma forma é uma liturgia batismal!

Começa-se com a benção do fogo.e interessante notar que os catecúmenos ou seja,as pessoas que ainda não foram batizadas na procissão de entrada quando todo mundo acende as suas velas na luz dos círio os catecúmenos não acendem as velas isso porque eles vão receber depois quando forem batizados durante a celebração para que sejam iluminados.então isso é para se dar o valor para quem é batizado poder acender a sua vela no círio pascal que é uma grande vela que se acende nesta noite da Vigilia Pascal e que fica acesa no altar em todo o tempo pascal que vai até a festa de pentecostes!

Você é iluminado pela luz de Cristo porque você crer na ressurreição,você é um batizado e um membro da Igreja Católica e sendo assim um membro do corpo de Cristo. E iluminados por esta luz,a igreja canta o grande canto pascal do “exsultet” exulte de alegria!

A Santa Mãe Igreja exulta de alegria nesta noite iluminados pela coluna iluminosa do círio pascal nós celebramos a vitória da luz sobre as trevas.porque a luz de cristo afugenta as trevas de nossa morte de nosso pecado de nossa miséria.

Então acontece a vigília propriamente dita com as longas e bonitas leituras desta noite de páscoa.são sete leituras do antigo testamento mais uma carta de São Paulo,e o evangelho.

Ao todo são nove leituras e é interessante quando se faz esta liturgia com muita calma onde vai acompanhar a história de Deus como se fosse uma maturação ao longo do tempo assim como existe uma gestão onde somos gerados ao longo de 9 meses a Igreja gera a sua fé ao longo destas nove leituras,”nove meses” uma gestação da fé,em que nós damos e renovamos a nossa fé depois da homilia com as promessas batismais se houver o batismo ele acontece neste momento mas mesmo que não haja batismo somos mesmo assim chamados a renovar as nossas promessas batismais dizendo “renuncio” ao diabo,e “creio” e Deus pai,filho e espírito santo, a alegria de crer porque nesta noite somos chamados a ter a alegria de crer. Ver a alegria daquela agua que nos asperge renovando o nosso batismo a agua que brotou do lado aberto de Jesus na cruz agora nos asperge purificando os nosso pecados mesmo que sejamos pecadores.

E depois o centro de tudo a celebração da eucaristia.

Nós celebramos a ressurreição a pascoa de Jesus,é no sacrifício eucarístico que acontece esta passagem da paixão,morte e ressurreição de Jesus e a celebração da missa é a celebração em que Jesus se oferece em sacrifício e a ressurreição é o pai que aceita o sacrifício. A ressurreição faz parte de forma intrínseca do sacrifício.

Quando nós comungamos recebemos o corpo de cristo ressuscitado e isso é muito forte! Porque saber que a celebração da eucaristia não é somente uma memória uma lembrança de uma coisa passada mas é uma lembrança que atualiza este sacrifício redentor então celebrar a missa nesta noite de pascoa par nós é um brado de vitória de alegria em saber que a morte não conseguiu conter Jesus Cristo foi engolido pela morte mas ele explodiu a morte desde dentro a vitória de Cristo sobre a morte nos deu uma esperança viva diz a primeira carta de são Pedro então podemos nos alegrar.

É de se notar que nas duas extremidades da quaresma existem duas alegrias.uma é a alegria do carnaval a outra é a alegria pascal mas como elas são diferentes! A alegria do carnaval é a alegria da carne que termina em cinzas na quarta feira de cinzas ou seja termina em tristeza.

A alegria da páscoa não termina em tristeza,a alegria da pascoa é a certeza de que esta cruz passará esta vida com suas lágrimas ela passará haverá uma vitória de Deus derradeira e cheia de certeza!e nós que carregamos a cruz em nosso dia a dia carregamos também dentro de nós esta certeza que essa alegria haverá a vitória e por misericórdia de Deus nós estaremos do lado dos vitoriosos quando ele vier e derrotar os seus inimigos e o último inimigo a ser derrotado será a morte!

Espero ter ajudado,

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 2 de abril de 2017

COMENTÁRIOS: A IGREJA CATÓLICA É SANTA E PECADORA???





Por Edgar Leandro da Silva e Felipe Alves 

Prezados Irmãos  e Irmãs,Salve Maria!

Temos notado muito a repetição da frase: "a Igreja é santa e pecadora". Peço humildemente que não utilizem mais essa frase da forma que está escrita. Ela traz implicações graves e citarei algumas delas:

Primeiramente, Se a Igreja é santa e pecadora, então ela nos induz tanto à santidade quanto ao pecado. Percebem a gravidade? A pessoa que afirma isso, acaba por afirmar de forma indireta, que a Igreja ensina o pecado!

Segundamente, Se a Igreja ensina o pecado e a Igreja foi fundada por Jesus Cristo, então Jesus é conivente com o pecado!  Essa implicação é ainda mais grave, pois embora sabemos que seja falsa, dá munição aos inimigos da Igreja para atacarem-na e afastarem-na das pessoas!

Terceira implicação: Ignorância, Se usarmos essa afirmação com a intenção de dizermos que a Santa Igreja é composta por pecadores, então estaríamos falando de algo diferente daquio que afirmamos, pois há uma distinção entre a Igreja como Instituição e os Fiéis e sacerdotes!

O Documento do Concílio Vaticano II chamado Lumen Gentium promulgado pelo Papa Paulo VI afirmou que:

“A nossa fé crê que a Igreja, cujo mistério o sagrado Concílio expõe, é indefectivelmente santa. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, que é com o Pai e o Espírito ao único Santo» (120), amou a Igreja como esposa, entregou-Se por ela, para a santificar (cfr. Ef. 5, 25-26) e uniu-a a Si como Seu corpo, cumulando-a com o dom do Espírito Santo, para glória de. Deus. Por isso, todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade, segundo a palavra do Apóstolo: «esta é a vontade de Deus, a vossa santificação» (1 Tess. 4,3; cfr. Ef. 1,4). Esta santidade da Igreja incessantemente se manifesta, e deve manifestar-se, nos frutos da graça que o Espírito Santo produz nos fiéis; exprime-se de muitas maneiras em cada um daqueles que, no seu estado de vida, tendem à perfeição da caridade, com edificação do próximo; aparece dum modo especial na prática dos conselhos chamados evangélicos. A prática destes conselhos, abraçada sob a moção do Espírito Santo por muitos cristãos, quer privadamente quer nas condições ou estados aprovados pela Igreja, leva e deve levar ao mundo um admirável testemunho e exemplo desta santidade”

O Catecismo da Igreja Católica promulgado pelo Papa São João Paulo II também deixou  claro isso:

A Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo» (307) (Catecismo da Igreja Católica,827 Destaque é nosso)

 

828. Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está nela, e ampara a esperança dos fiéis, propondo-lhes os santos como modelos e intercessores (308). «Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nos momentos mais difíceis da história da Igreja (309)». «A santidade é a fonte secreta e o padrão infalível da sua actividade apostólica e do seu dinamismo missionário» (310 destaque é nosso)

E para entedermos melhor ainda esta expressão: “Santa e Pecadora” usemos como exemplo  duas citações importantes da sagrada escritura por São Paulo:

 

“Ora,vós sois o corpo de Cristo e cada um,de sua parte,é um dos seus membros”(I Cor 12,27)

 

"Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível(Ef 5,25-27 destaque é nosso)

Logo,por estas duas passagens,da Sagrada Escritura podemos concluir que:

 

A igreja é um corpo e que nós somos seus membros,Cristo é a cabeça desta Igreja e que a mesma é Santa!

 

O Credo Niceno-Constantinopolitano(aquele mais longo) que rezamos normalmente aos domingos que:

 

“Creio na Igreja,Una,Santa,Católica e Apostólica” e não “Creio na Igreja Católica Una,Santa e Pecadora...(o destaque é nosso)

 

Logo diante do que foi exposto aqui,podemos concluir que a expressão: “Igreja é Santa e Pecadora”  que apesar de não ser toda errada,não deve ser usada,pois pode acabar confundindo a cabeça dos fiéis!

Então, é fundamental que saibamos diferenciar a santidade DA Igreja(que é certa) da santidade NA Igreja( que é pessoal e nem sempre corresponde á santidade DA Igreja). Nesse sentido, a expressão “Igreja santa e pecadora” é uma faca de dois gumes: se, por um lado, tem seu fundo de verdade, por outro embaralha um pouco as coisas, pois não favorece a necessária distinção.

A expressão a qual o Apostolado Defesa Católica recomenda vivamente é que :“A Igreja é Santa e composta por pecadores” acredito que esta expressão seria mais coerente a ser usada por todos os Católicos(as)!

 

Sabemos que todo ser humano é pecador. Mas o ponto chave do cristianismo, ou, o dever da Igreja Católica não é abolir o pecado, mas sim, oferecer apoio divino ao ser humano que é livre em suas decisões e deve vencer o pecado utilizando desta liberdade de escolha.

Esperamos então, com que com esta explicação.tenha ficado claro para os nossos irmãos e irmãs, leigos assim também, como aos nossos sacerdotes!

 

Ad Majorem Dei Gloriam,

 

EDGAR LEANDRO DA SILVA E FELIPE ALVES