domingo, 26 de novembro de 2017

RESPOSTA A UM AMIGO SOBRE OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

Caros Amigos e Amigas, Salve Maria!
Em Janeiro deste ano, assim como em Setembro também, recebi de um amigo via whatzapp questionamentos a respeito dos Cavaleiros templários.
Por isso então, nesta postagem estarei respondendo ao mesmo os seus questionamentos e também será uma oportunidade de comentar sobre este assunto, o qual ainda não foi comentado em nosso blog Defesa Católica.
O mesmo pediu, e assim será atendido de não ter seu nome publicado aqui.
Mas antes de começar a responder os seus questionamentos, convém explicar para os demais irmãos e irmãs, quem foram os templários.

Os Templários (Milites ou Equites Templi) constituíam uma Ordem de Cavaleiros militantes, sendo a mais antiga de todas. Foi fundada em 1119 por Hugo de Payens e oito cavaleiros franceses, que se uniram numa família religiosa, ligada pelos votos habituais de pobreza, castidade e obediência, além do voto especial de defender com as armas e proteger os peregrinos que se dirigissem a Jerusalém.
Os Cavaleiros foram favorecidos pelo Papa Inocêncio II, e altamente beneficiados por doações, que tornaram a Ordem rica. O seu hábito era um manto branco sobre o qual estava traçada uma cruz vermelha. Juntamente com os Joanitas ou Cavaleiros Hospitaleiros (porque tinham um hospital em Jerusalém dedicado a São João Batista), os Templários se dedicaram com suma abnegação coragem a defesa da Terra Santa; mais tarde, porém, foram vítimas de discórdias entre si.
Depois de explicado um pouco sobre a histórias dos templários, estarei aqui, respondendo e explicando as acusações deste meu amigo sobre os templários.
                                        ”Sua Igreja(Católica) que destruiu a nossa cavalaria”
Na verdade a Igreja Católica não destruiu a cavalaria, nem a condenou. O Papa não quis julgar os Templários do ponto de vista ético ou disciplinar; julgou, porém, que a existência dos Templários era um foco de distúrbios no mundo cristão da época. Esta distinção obteve o consentimento da maioria dos conciliares. Os bens dos Templários foram, em parte, atribuídos a outras Ordens Religiosas, em parte caíram nas mãos dos príncipes.
 Quem fez essas coisas foi o Rei Felipe IV o Belo, através de artimanhas e chantagens.
Lembrando que a igreja passava pelo período conhecido como O CATIVEIRO DE AVIGNON. Assim todas as tentativas da Igreja de julgar ela mesma a Ordem não foram acatadas pelo Rei. Tudo muito bem registrado no pergaminho de Chinon.
“Pergunte o que o papa e o rei fizeram com Jacques Demolay,o motivo e a razão”
o motivo foi puramente interesse econômico nos bens da Ordem, já que a França estava endividada por causa da guerra contra a Inglaterra, e dívidas para com os Templários. Foram as pressões de Filipe IV, maquiavelicamente planejadas por seu conselheiro Nugaret que levaram a Injusta condenação dos Pobres Cavaleiros de Cristo e de seu último grande líder.
“Tiago de Molay foi um nobre,militar,cavaleiro e o último grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários.Nascido em Molay,pertencia  a uma família da pequena nobreza francesa.Morto por um rei e um Papa Ambicioso”
O Mestre Demolay foi morto porque retirou publicamente sua confissão acusando o Rei de tê-lo conseguido sob graves torturas, inocentando assim a Ordem das acusações feitas.
Acusar o Papa Clemente V de ser ambicioso, neste caso dos templários é Falso!
Ao mesmo tempo,para o amigo que não sabe,Aos Papas foi concedida a infabilidade Papal em termos de Fé e moral,mas não a impecabilidade. O Papa Clemente V era um homem de Fé Católica. Acreditava nos dogmas da Igreja,nas sagradas escrituras e na tradição Apostólica. Etc. mas não possuía a fortaleza de seu teimoso predecessor o Papa Bonifácio VIII e por isso terminou por ceder às pressões do rei e por isso resolveu extinguir a ordem.
Espero que estas respostas tenha ajudado ao menos um pouco,tanto a este meu amigo, quanto a outros amigos e amigas que até então tinham dúvidas sobre este assunto.
Ad Majorem Dei Gloriam,
EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 19 de novembro de 2017

RESPOSTAS CATÓLICAS: “Minha dúvida o seguinte no antigo testamento os profetas era mediadores,moiséis Noé,etc.o povo recorria a eles e eles recorriam a Deus.e agora se eu pedir alguma coisa ao santo ele pode recorrer a Deus,Sendo que Deus sabe o que eu vou pedir e o santo é criatura. A bíblia fala que ninguém vai ao pai se não por mim”

Caro Joseilson,Salve Maria! (Mãe de Meu Senhor,S.lucas 1,43)
Em primeiro lugar Obrigado por ter me escrito. Sem sombra de dúvida a sua pergunta,poderá não só  ajudar a você mas também ajudar a outras pessoas que tem a mesma dúvida sobre o mesmo assunto.
Este Assunto da Interessão dos Santos é uma velha discurssão entre Católicos e Protestantes...
Não só no antigo testamento há exemplo e intercessão mas, também no Novo testamento.
Nosso Senhor nos manda "Orar uns pelos outros" (MT 5, 44). S. Tiago nos ordena de "orar uns pelos outros" (Tgo. 5, 16). S. Paulo diz que "ora pelos colossenses" (Col. 1, 3).
No evangelho de S. Mateus (22, 30), Jesus Cristo ensina que os "santos são como os anjos de Deus no céu". Zacarias diz: "que o anjo intercedeu por Jerusalém ao Senhor dos exércitos" (1, 12 -13).

O poder de interceder está expresso em diversas passagens das Sagradas Escrituras, como nas Bodas de Caná, onde Nosso Senhor não queria fazer o milagre, pois "ainda não havia chegado Sua hora" e "o que temos nós a ver com isso (com a falta de vinho)?". Bastou Nossa Senhora pedir para que seu Filho fizesse o milagre, que Ele adiantou sua hora para atender à intercessão de sua Mãe Santíssima. Que tamanho poder de intercessão têm Nossa Senhora! Fazer com que Deus, por assim dizer, mudasse seus planos? É tal o poder de Nossa Senhora que a doutrina católica a chama de onipotência suplicante, ou seja, Aquela que tem, por meio da súplica a seu Filho, o poder onipotente!

Jesus Cristo é o nosso único mediador junto de Deus,enquanto,sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem,só ele,em virtude dos próprios merecimentos,nos reconciliou com Deus e dele nos obtém todas as graças.Mas a Santíssima Virgem e os Santos,em virtude dos merecimentos de Jesus Cristo,e pela caridade que os une a Deus e a nós,auxiliam-nos com a sua intercessão a alcançar as graças que pedimos.e este é um dos grandes bens da comunhão dos Santos. (Catecismo Maior de São Pio X,368)

Deus absolutamente não necessita de intermediários. Entretanto, Ele quer usar intermediários:

01-porque não convém à suprema autoridade fazer tudo. Como diz Aristóteles, convém que o senhor mande e que o escravo obedeça. Por isso Deus sempre atua através de seus anjos e dos homens.

2) Deus quer utilizar intercessores junto a ele, não porque seja limitado ou necessite absolutamente disso, mas porque quer que os homens se ajudem mutuamente.

03-Com efeito, Deus poderia salvar cada homem falando-lhe no íntimo da alma. Ele normalmente não faz isso, mas fundou uma Igreja para salvar os homens por meio dela. Assim, se entende porque Ele disse aos Apóstolos: "Ide e ensinai a a todos, batizando-os, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". Ele poderia ensinar diretamente a cada um, repito. Não o faz. Ordenou aos Apostolos que ensinem e batizem a todos em seu Nome. Assim, Ele quer nos salvar usando alguns de nós para salvar outros, a fim de que cada homem possa cooperar na salvação de seu próximo. Desse modo, Ele nos permite que exerçamos a caridade de modo mais perfeito, cooperando com a graça de Deus ao fazer apostolado.

04-Essa participação na obra salvífica de Deus continua mesmo depois da morte, visto que, Deus quer nos atender através da súplica dos santos que estão no céu, para que o amor continue a unir os que pertencem à Igreja Triunfante, à Igreja padecente no Purgatório, e à Igreja militante aqui na terra.

Se no céu reina alegria,quando um só pecador faz penitência(Lc 15,7)será possível que os moradores do céu não socorram os penitentes da terra?se os invocarmos,não nos alcançarão o perdão dos pecados,e não nos garantirão a graça de Deus?
Espero ter ajudado,
Ad Majorem Dei Gloriam,
EDGAR LEANDRO DA SILVA


domingo, 12 de novembro de 2017

RESPOSTAS CATÓLICAS: “Se um católico pode ir ao culto casamento ou rebatizado Protestante, por questões conjugais ou famíliar ele deixa de ser católico quando pisa num recinto Protestante? Essa pergunta peguei de dois canais católicos e é uma dúvida (teologia) na minha opinião. Eu realmente preciso saber se é coerente?”


Prezado Arigleyson,Salve Maria!

A Resposta a sua pergunta,é simples: Não,Um Católico não deixa de ser Católico se “pisar” numa Igreja Protestante.

Os moralistas católicos são unânimes em dizer que a freqüência a cultos não-católicos só pode ser feita em casos muito isolados e de real necessidade. 

Pois bem, tratamos especificamente da participação dos católicos nos atos de culto dos protestantes.
 Dela se ocupa o famoso e autorizado Fr. Teodoro da Torre Del Greco, OFMCap, em seu manual de teologia moral:
“A participação ativa ‘in sacris’ é absolutamente proibida (…).

Não é lícito pedir os sacramentos a um herege, salvo em perigo de morte e contanto que ao recebê-los em tal urgência, não seja interpretado, dadas as circunstâncias, como adesão à tal seita.

(…) É proibido cantar juntamente com acatólicos nas suas funções religiosas, tocar órgão ou qualquer instrumento. Não é proibido recitar, privadamente, com um herege, orações, contanto que não contenham nada contra a fé e não haja escândalo.

Pode ser tolerada a presença passiva ou puramente material por razão de conveniência civil ou de cortesia, e por causa grave, estar presente a funerais, ou casamentos e solenidades semelhantes, contanto que seja sempre remoto o perigo de perversão ou de escândalo.

Na dúvida, compete ao Ordinário julgar da gravidade da causa. Assistência passiva significa mera presença material, sem nenhuma participação, ao menos externa, nos ritos sacros; por isso não se pode orar, cantar em coro, etc. Não participa, porém, aquele que, entrando num templo acatólico, descobre a cabeça, senta-se, se os demais o fazem, levanta-se como os outros, se o faz para evitar singularidade.
(…)
Contanto que não haja escândalo, podem visitar os seus templos.” (Teologia Moral, n. 117, II, 1)

O católico só pode ir a um culto protestante se houver necessidade ou conveniência como você mesmo citou um Casamento por exemplo,uma formatura, uma apresentação artística inserida no culto e que importe em sua real adequação). E, mesmo assim, não deve participar do culto ativamente, apenas de modo passivo.

Pode, entretanto, fazer certos gestos (sentar-se, ajoelhar-se, ficar de pé, descobrir a cabeça, colocar véu etc), se o faz para impedir qualquer estranheza e singularidade. Pode também ir a um templo protestante para visitação e mesmo assistir outros atos que não sejam de culto (exposição, reunião de caráter civil, concerto musical), evitada toda contaminação doutrinária e todo o perigo de defecção da fé católica.

Logo,é coerente sim mas, apenas nestes casos citados acima.ao mesmo tempo,é necessário que o Católico tome um certo cuidado,para não cair nos erros doutrinários protestantes e ter em mente que a Igreja católica Apostólica Romana,é a única Verdadeira Igreja de Cristo e que Fora dela não há Salvação.

Espero ter ajudado,

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 5 de novembro de 2017

RESPOSTAS CATÓLICAS: "Tenho dúvidas sobre o pecado original como vim do protestantismo ainda acredito que a mãe de Deus tinha o pecado original. Mais depois que o verbo entrou nela saiu o pecado original "

Caro Joseilson,Salve Maria! (“Mãe de Meu Senhor” S.lucas 1,43)
É natural que você,vindo do protestantismo tenha este pensamento a respeito de Nossa Senhora tendo em vista que os protestantes não acreditam na Imaculada Conceição.
Esta idéia de pensar que: “ainda acredito que a mãe de Deus tinha o pecado original.mais depois que o verbo entrou nela saiu o pecado original “ não tem o menor sentido,além de absurda. Isso apenas prova mais uma vez,de como o protestantismo de que você fez parte, e que  apesar de ter a bíblia como única regra de fé(e a bíblia não é a única regra de fé) Interpreta mal os textos da sagrada escritura.
A imaculada Conceição de Nossa Senhora é uma verdade de fé,que consiste na Graça que Deus concedeu para a mãe do Salvador.
Mas, que graça é esta,Deus no momento da conceição da Virgem Maria,isto é,no momento quem a alma inocente se une ao corpo escravo do pecado,preservou-a da mácula,da mancha do pecado original.Nosso Senhor concedeu á maria santíssima este favor,não por seu merecimento,mas pelos privilégios de Nosso Senhor Jesus Cristo,dando então a ela uma Imaculada Conceição.
Note o seguinte:
Na Sagrada Escritura diz que o anjo disse á Maria:
Ave Cheia de Graça,o senhor é contigo”(Lc 1,28)
A palavra que expressa “Cheia de Graça”, em grego, é kekaretome, palavra que significa ser que foi desde sempre, que é ainda agora, e que continua sendo cheia de graça, isto é Imaculada, sem pecado original. A tradução em latim : “Gratia Plena” isto é, Graça plena é mais perfeita ainda do que a expressão portuguesa “cheia de graça”

O Senhor é convosco”(Luc 1,28) estas palavras angélicas,foram ditas antes da concepção pelo Espírito Santo,o que mostra que Deus está com a Nossa Senhora antes da encarnação do verbo.E,onde estar Deus não há pecado,ou seja, Maria não tinha o pecado original.


“Porém já veio Cristo,o sumo sacerdote dos bens vindouros.E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito,não construído por mãos humanas iisto é não deste mundo” (Hb 9,11)

Aqui São Paulo se expressa  sobre o ventre  que concebeu o menino-Deus,e o compara com um tabernáculo  perfeito. Lembremos que no antigo testamento,no tabernáculo existia o lugar chamado “santo dos santos” ou “santíssimo lugar”,que tinha a presença de Deus.Este lugar era visitado pelo sacerdote uma vez por ano,e se entrasse lá em pecado,morria  fulminado pela presença santa do Senhor.Era comum que o sacerdote entrasse amarrado  a uma corda,que era usada para que o povo o puxasse  se tivesse morrido.Pois onde Deus está,pecado não há.

Com efeito o Catecismo da Igreja Católica ,491 também ensina que:
«Por uma graça e favor singular de Deus omnipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição»

Espero ter ajudado,

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA