domingo, 24 de setembro de 2017

SAGRADA ESCRITURA: SOMOS SALVOS POR OBRAS OU PELA FÉ?


Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria.

Este então será o último artigo deste mês especial da Bíblia Sagrada,referente ao folheto: “o que ensina a bíblia Católica” de autoria do protestante chamado Dr Oswald J. Smith.

Para Encerrar, estaremos hoje postando e comentando um argumento que foi muito usado por Lutero e seus seguidores na época da Reforma Protestante:

SOMOS SALVOS POR OBRAS OU PELA FÉ?

“Alguns dizem que é pela fé,por obras e pelos sacramentos. A Bíblia Católica afirma que é pela Fé.qual dessas opções está correta,Se é por obras,não pode ser pela Fé

A Bíblia católica não diz que somos salvos apenas pela Fé. E sim Pela Fé e pelas Obras! A esse respeito a epístola de S. Tiago é claríssima (grifos meus):

14. De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? 15. Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, 16. e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? 17. Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. 18. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. 19. Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem. 20. Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril? 21. Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar? 22. Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas. 23. Assim se cumpriu a Escritura, que diz: Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça, e foi chamado amigo de Deus (Gn 15,6). 24. Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?” (Tiago 2, 14-24)

Essa passagem se encontra em qualquer Bíblia Católica.

Porque pela graça sois salvos,mediante a fé;e isto não vem de vós;é dom de Deus;não de obras,para que ninguém se glorie”(Efésios 2,8-9)

Não por obras de justiça praticadas por nós,mas segundo sua misericórdia,ele nos salvou”(Tito 3,5)

Interessante na primeira passagem,o protestante não ter citado o versículo seguinte desta passagem acima(10) onde diz: “somos obra sua,criados em Jesus Cristo para as boas ações,que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos.(Grifos nossos)

Pelas citações acima podemos perceber que existem dois tipos de obras. Existem aquelas que fazemos por nossa própria vontade como as obras da lei (que não nos salva) e existem as “boas obras” que somente são possíveis pelo poder infinito da graça de Deus agindo em nossas vidas.

É isso meu amigo,o que a Bíblia Católica ensina.o que você vai fazer a este respeito,todos os versículos que acabamos de ver mostram,de modo claro e definitivo,que a salvação não é por obras,mas pela fé. Então,onde entra o papel das obras, São Tiago responde assim a esta questão: “Mostra-me essa tua fé sem as obras e eu,com as obras te mostrarei a minha fé”(Tiago 2,18)

Conforme foi demonstrado e utilizando passagens citadas pelo protestante não é verdade que somos salvos somente pela Fé e sim pelas Obras também,conforme estar ensinado na bíblia católica. Interessante esta citação da passagem de São Tiago,porque o apostolo ao contrário do que pensam os protestantes defende a Salvação pela Fé e pelas Obras.

Notem nestas passagens uma ignorância gritante do protestante no que diz respeito ao assunto,isso porque o mesmo se apegou a passagens isoladas sem analisar o seu contexto!

As obras são o produto da verdadeira fé que produz obras.Se você foi salvo,sua vida vai mostrar isso por meio de suas obras.tudo o que o verdadeiro cristão faz para Deus,ele o faz porque é salvo,não porque busca ser salvo por meio disso.

Notemos uma contradição. Se as “obras são o produto da verdadeira fé que produz boas obras” como então acima,o protestante usa passagens para justificar que só pode ser salvo pela Fé, ninguém pode ter certeza de sua salvação.

As obras são a nossa participação no sacrifício que conduz ao céu. Dizer que só Cristo sofre para ganharmos o céu, enquanto gozamos a vida, é imoral. As boas obras são feitas para agradar a Deus por amor e são as conseqüências da verdadeira fé, posta em prática.  E mais, se não fossem necessárias "boas obras", mas apenas a Fé (segundo a tese protestante), acaba-se justificando que uma pessoa pode levar uma vida de pecado, bastando ter fé para ser salva.

Fé sem obras é morta.se não há mudança,e a pessoa permanece escrava dos mesmos pecados,não tendo experimentado a libertação,então não há evidência de que ela tenha sido salva. Assim se alguém está em Cristo,é nova criatura;as coisas antigas já passaram;eis que se fizeram novas”(2 Cor 5,17)

O Fundamentalista acredita que ele tem sua salvação assegurada. Tudo o que tem que fazer é aceitar Jesus Cristo como seu Senhor e salvador pessoal e a salvação é automática e irrevogável, não importando o que ele faça pelo resto de sua vida. É mesmo? O que aconteceu com os Dez Mandamentos?

E você,crerá na palavra de Deus tal como ela está registrada na bíblia católica ou continuará crendo em doutrina dos homens,você decide.lembre-se: há apenas duas religiões no mundo-uma de Deus,outra dos homens.

Por outro lado, o protestante está certo quando questiona que “E você,crerá na palavra de Deus tal como ela está registrada na bíblia católica”  interessante ele afirmar isso apesar dele contradizer a bíblia católica sobre a questão da Fé e Obras...

A religião dos homens prega a salvação pelas obras(pelo próprio esforço,por meio de jejuns,rezas e obediência á igreja)Isso transforma a pessoa em sua própria salvadora. A religião de Deus diz que a salvação é pela fé na obra acabada de Jesus Cristo,pois ele pagou o preço: o justo viverá pela fé(Romanos 1,17) Nesse caso,Cristo é o Salvador.
Dr Oswald J. Smith

Nossa que confusão! O protestante primeiro questiona acima: E você,crerá na palavra de Deus tal como ela está registrada na bíblia católica” e agora afirma que A religião dos homens prega a salvação pelas obras(pelo próprio esforço,por meio de jejuns,rezas e obediência á igreja) Ora,como vimos a salvação não é só pela Fé e sim pelas obras como estar na bíblia Católica,e o que o protestante parece não querer enxergar ou simplesmente não entende o que significam estas obras para a Igreja Católica.

Conseqüentemente,para os protestantes em geral, não há necessidade das boas obras para alcançar a salvação: o indivíduo pode pecar à vontade, cometer os maiores crimes; se tiver fé, se salvará. É uma doutrina muito cômoda, mas falsa, e evidentemente não leva à salvação.

As “boas obras” são exatamente a graça e a obra de Cristo que vive em nós.

Esperamos ter esclarecido melhor sobre este assunto,e rezemos por todos os protestantes que pensam o contrário.

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 17 de setembro de 2017

SAGRADA ESCRITURA: O SACRIFICIO DIÁRIO DA MISSA AINDA É NECESSÁRIO?


Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria.

Hoje estaremos dando continuidade, respondendo a mais uma questão do folheto protestante:

O SACRIFICIO DIÁRIO DA MISSA AINDA É NECESSÁRIO?

Reproduziremos aqui o comentário Folheto em itálico,e a nossa resposta será em preto(negrito):
“vejamos o que diz a bíblia Católica. A resposta está em Hebreus 10.11-12,14 e 18. “Todo sacerdote se apresenta dia após dia,a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios,que nunca jamais podem remover pecados” Assim de acordo com a Bíblia Católica de nada vale oferecer sacríficos diários,já que o próprio Deus diz que eles “nunca jamais podem remover pecados”

“Jesus, porém,tendo oferecido,para sempre,um único sacrifício pelos pecados,assentou-se a destra de Deus...Porque, com uma única oferta,aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo sacrificados...ora,onde há remissão destes,já não há oferta pelo pecado”

Que maravilhosa obra de Jesus! Ele ofereceu “um único sacrifício”. Que “único sacrifício pelos pecados” foi esse,o próprio Jesus! Sim,ele se entregou na cruz do calvário como oferta pelos nossos pecados.tal sacrifico não pode ser repetido,pois Deus diz que ele vale “para sempre” esse “único sacrifício” é suficiente para a “remissão” dos pecados. E acrescenta: “já não há oferta pelo pecado” Graças a Deus.não há mais necessidade de sacrifício. “Está consumado” clamou Jesus quando foi suspenso na cruz para a nossa redenção. A obra foi acabada,a redenção obtida,a dívida quitada. Sim,Jesus mesmo a pagou completamente.

O sacrifício da missa não é mais necessário.Segundo a bíblia católica,Jesus realizou o único sacrifício que necessitava ser oferecido. O que se pode acrescentar a um trabalho concluído,Deus mesmo diz que “já não há [mais] oferta pelo pecado.

Na ceia,o pão e o vinho relembram o seu sacrifício único e suficiente.não oferecemos Jesus em sacrifício novamente”

Como se ver nesta citação, se nota que os protestantes em geral desconhecem o que seja realmente a Santa Missa. Por isso nesta resposta,teremos a oportunidade de explicar melhor não só a estes mas também aos Católicos em geral,sobre a Santa Missa.

O Papa São Pio X assim define a Santa Missa: “A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre os nossos alteres, debaixo das espécies de pão e de vinho, em memória do sacrifício da Cruz” (Catecismo Maior, 652).

Na missa nosso Senhor morre misticamente e se faz presente realmente nas espécies consagradas. A Primeira Missa foi rezada pelo Próprio Cristo, na última ceia,fato que é narrado pelos evangelistas:

“Tomai, isto é o meu corpo” Depois fez o mesmo com o cálice do vinho: depois de o ter abençoado, dá-o aos seus Discípulos dizendo:

“Tomai e Bebei. Isto é o meu sangue, sangue da aliança, que vai ser derramado por muitos”(Mc 14,22-24)

Cristo oferece seu corpo por muitos,ora o Ato de oferecer é próprio do sacrifício.

Na teologia católica, a Missa faz o Memorial da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo. Seu sacrifício não se repete, mas renova-se. Aquele mesmo sacrifício, único e eterno, faz-se presente, apenas que, agora, de maneira incruenta. Portanto, todas as críticas realizadas contra a Missa baseadas no argumento de que o sacrifício de Cristo não se repete são incongruentes e desprovidas de qualquer sentido.

Entretanto, infelizmente, a Santa Missa é muitas vezes corrompida e deformada. Claro que, obviamente, os pecados do Sacerdote e a diminuição do caráter sagrado da celebração não tornam inválido o Mistério. Não obstante, e isto é inegável, os efeitos de uma Missa bem celebrada e embebida na sobrenaturalidade são bem diferentes dos efeitos de uma Missa que não honra o Sacrifício ali exaltado.

O grande problema litúrgico é oriundo de uma crise de fé. A desobediência e a falta de reverência à Santa Missa se originam da descompreensão da realidade mística que se faz presente. Não tenho dúvida de que se os fiéis, assim como os Sacerdotes, entendessem que a Liturgia não é um banquete, um símbolo, uma recordação, mas sim a renovação do Sacrifício incruento de Jesus Cristo na Cruz, ninguém ousaria banalizar e profanizar a exaltação celeste celebrada. Devemos ir à Igreja como se fossemos ao Calvário, e nos comportar diante do altar como se estivéssemos contemplando o Trono de Deus.

Espero ter esclarecido mais este ponto, principalmente também aos Católicos que diante de tantos abusos litúrgicos que vemos hoje em dia não sabem mais o que é a Santa Missa.

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 10 de setembro de 2017

SAGRADA ESCRITURA: VAMOS PARA O PURGATÓRIO APÓS A MORTE?


Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria.

Hoje estaremos dando continuidade, respondendo ao folheto protestante: "o que ensina a bíblia Católica?" mais uma questão que inclusive gera dúvidas até aos Católicos:

VAMOS PARA O PURGATÓRIO APÓS A MORTE?

No folheto diz  seguinte:

“Pode-se ler a Bíblia Católica da primeira á ultima palavra e não se encontrará nela um único versículo sobre a doutrina do purgatório;não há absolutamente nenhum ensino sobre isso na escritura.essa doutrina é,portanto,uma invenção humana,pois Deus não menciona na bíblia.
Por outro lado,a bíblia Católica afirma que os filhos de Deus,ao partirem desta vida,vão direto para a presença de Deus.vejamos:

“tendo o desejo de partir e estar com cristo,o que é imcomparavelmente melhor”(Filipenses 1,23)

Perceba que,quando partimos desta vida não iremos para o purgatório,pois Cristo não vai estar lá.vamos direto para a sua presença gloriosa,vamos estar onde ele está! Se houvesse purgatório,partir dessa vida não seria “imcomparavelmente melhor” do que ficar aqui.

“Estamos em plena confiança,preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor”(2Corintios 5,8)
No momento em que deixamos o corpo,estaremos na presença do Senhor.esse ensino é claro e inegável na bíblia católica. Isso significa que o fiel jamais terá de sofrer a pena dos seus pecados. Seu julgamento já é passado.veja o que diz a bíblia católica em João 5,24(que Deus ilumine sua mente para esta verdade)

“quem ouve a minha palavra  e crê naquele que me enviou tem a vida eterna,não entra em juízo,mas passou da morte para vida”

Assim,o purgatório não existe.aliás não morreu o ladrão na cruz e foi estar direto com Cristo, A promessa de Jesus para ele foi: “em verdade te digo,que hoje estarás comigo no paraíso” Veja não no purgatório e sim no paraíso. Se o ladrão na cruz não precisou sofrer por seus pecados,após arrepender-se e voltar-se para Cristo,porque então você teria de sofrer,não,meu caro amigo,você não vai para o purgatório pois tal lugar não existe.

Se você já é Salvo,seu destino é ir direto para o céu e estar com Cristo.Jesus suportou todo o sofrimento necessário.ele pagou o preço do pecado por você pois o seu sofrimento não adiantaria nada.é o sangue de Jesus que nos lava dos pecados,não o nosso sofrimento (1 João 1,7) não há nada que você possa fazer para libertar os seus queridos do purgatório,pois tal lugar nem sequer existe.Aqueles que morrem no Senhor “descansam” e são “bem aventurados”(felizes),conforme diz Apocalipse 14,33 como poderiam estar assim se estivessem sofrendo no purgatório”

Bem,para começar que é bom deixar claro que de fato a PALAVRA Purgatório não se encontra na bíblia. Mas a realidade do purgatório ali estar consignada. É uma regra de fé,é o magistério vivo da Igreja que nos explica a Bíblia e a Tradição.

A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador" (Catecismo da Igreja Católica can 1030 e 1031)

"Para compreender esta doutrina [do purgatório] e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem uma dupla conseqüência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, conseqüentemente, nos torna incapazes da vida eterna; esta privação se chama ? pena eterna? do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado?purgatório?. Esta purificação liberta da chamada ? pena temporal? do pecado. Essas duas penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior, mas, antes, como uma conseqüência da própria natureza do pecado. Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena." (Catecismo da Igreja Católica cân. 1472).

Na Sagrada Escritura a existência do purgatório é ensinado em algumas passagens, Citemos algumas para deixarmos claro que este ensinamento tem amparo na sagrada escritura:

"Mas, se o tal administrador imaginar consigo: 'Meu senhor tardará a vir'. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (...) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, mais se há de exigir." (Lc 12,45-48).

Vejam que os administradores serão cobrados pelo seu Senhor "no dia em que não o esperar", isto é, no dia de sua morte. O administrador infiel o Senhor o "mandará ao destino dos infiéis", isto é, para o Inferno. No entanto o "servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu " e o outro servo que "ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis" não serão enviados para o "destino dos infiéis", como o mal adminstrador. Um "será açoitado com numerosos golpes" e o outro " será açoitado com poucos golpes", isto é, estão salvos, mas sofreram a pena temporal de seus pecados.

Vejam ainda:

"Eu porém vos digo: todo aquele que se encolerizar contra o seu irmão terá de responder no tribunal. Aquele que chamar a seu irmão: 'cretino', estará sujeito ao julgamento do Sinédrio. Aquele que lhe chamar: 'louco', terá de responder na geena de fogo (...) Assume logo uma atitude reconciliadora com o teu adversário, enquanto estás a caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo" (Mt 5,22.25-26).

Aqui Nosso Senhor recomenda-nos a nos livrarmos do apego ao pecado durante nossa caminhada terrena. Nosso Senhor fala daquele que será entregue ao Sinédrio (ao juiz) e aquele que irá para a "geena de fogo" ( para o Inferno). Aquele é que entrgue ao juiz, não sairá da prisão até que page "o último centavo", isto é, quando ele pagar o último centavo, saírá da prisão. Esta parábola mostra claramente que o que será entregue ao juiz, é o que não merece ir para o inferno, está salvo, mas precisa pagar a pena temporal de seu pecado (pagar até "o último centavo"). Depois saírá da prisão (do purgatório) e então ganhará a liberdade, isto é, estará na presença de Deus, no céu, onde realmente estamos livres.

O justo (aquele que se reconciliou com Deus) na maioria das vezes morre sem estar em estado de santidade, isto é, sua alma não se encontra entre as “almas dos justos que chegaram à perfeição” (cf. Hb 12,21-24).
Se sua alma ainda não chegou à perfeição, significa que ele ainda possui vontade de pecar. Então como ele irá entrar no céu? Como irá entrar na “cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial”?
Claro que ele por ser justo não foi condenado ao inferno, porém pelo fato de ainda possuir inclinações ao pecado não pode entrar no Céu. Ele precisa então ser purificado de suas inclinações pecaminosas, este estado de purificação após a morte é que chamamos de Purgatório, pois purga, cura, o justo naquilo que ainda ele tiver de impuro.
"Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis porque ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas" ( II Mac XII, 43-46)

Ora, se é possível que nós, por meio de sacrifícios, livremos os mortos de suas faltas, então é possível que a alma de um morto seja perdoada depois de sua morte. Ora, esta alma só pode ser perdoada se estiver num lugar em que seja possível o perdão, o que não acontece no inferno, onde o fogo é eterno. Logo, existe o purgatório.

Note também que, sem a crença no purgatório, não faz sentido se rezar pelas almas dos mortos pois, se elas estão no inferno, não há como serem salvas; e se estão no céu, já estão salvas.

No caso da passagem do bom ladrão em que o protestante afirma que “não existe” é de notar que ele foi mártir,e os mártires dão uma grande prova de amor a Deus neste mundo,morrendo por Ele, e por isso vão para o céu sem precisarem passar pelo purgatório. Por isso Nosso Senhor diz a ele que "ainda hoje estarás comigo no paraíso". O "hoje" significa a eternidade, pois na eternidade não há tempo.

Jesus não estava aqui negando a existência do Purgatório, mas apenas afirmando ao "Bom Ladrão" que, diante de sua sincera confissão de fé e arrependimento de última hora, a sua salvação estava garantida. Ora, segundo o ensinamento bimilenar da Igreja Católica, TODA alma do Purgatório tem também sua salvação garantida, porque morreu na amizade de Deus; assim, o Purgatório tão somente prepara a alma, purificando-a dos eventuais pecados não expiados na terra, para que possa contemplar Deus face a face (cf. Mateus 5,8). Desta forma, tendo ou não passado pelo Purgatório, a citação de Lucas 23, 33.39-43 não implica - de maneira nenhuma! - na negação ou inexistência do Purgatório; ao contrário, este estado é naturalmente depreendido de passagens como Mateus 5,25-26; 12,32; Lucas 12,48; 1Coríntios 3,13-15; 2Coríntios 5,10 etc. 

Esperamos ter ajudado a nossos irmãos, neste tema que sem dúvida gera tema para muitas pessoas, inclusive até mesmo os Católicos! Rezemos pela conversão de todos os protestantes á verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo,que é a Igreja Católica!

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

IGREJA: "A IGREJA DEFENDE A VIDA DESDE O VENTRE MATERNO ATÉ A SUA MORTE NATURAL" PAPA FRANCISCO.

                        

BOGOTÁ, 08 Set. 17 / 11:40 am (ACI).- Em seu discurso aos bispos colombianos no Palácio Cardinalício em Bogotá, o Papa Francisco destacou que a Igreja Católica defende a vida desde o ventre materno até a sua morte natural.
Antes das suas palavras, o Pontífice escutou a saudação do Arcebispo de Bogotá, Cardeal Rubén Salazar, e do presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Oscar Urbina Ortega.

Dom Urbina afirmou: “Temos certeza de que com a sua voz profética abençoará este povo colombiano e nos encorajará a continuar realizando gestos concretos de reconciliação, perdão e misericórdia, a fim de que possamos ser artesãos da paz que Jesus nos traz e, assim, construir juntos a nova pátria que todos sonhamos e queremos deixar para as próximas gerações”.

O Santo Padre, que ofereceu um longo discurso aos prelados colombianos, no qual exortou a realizar a sua missão com amor e recordou que seus predecessores insistiram em vários desafios “que trago no meu coração de Pastor, movido pelo desejo de vos exortar a ser cada vez mais uma Igreja em missão”.

Francisco disse: “Penso nas famílias colombianas, na defesa da vida desde o ventre materno até ao seu termo natural, na praga da violência e do alcoolismo difusa tantas vezes nas famílias, na fragilidade do vínculo matrimonial e na ausência do pai de família com as suas trágicas consequências de insegurança e orfandade”.

Também se referiu aos jovens “ameaçados pelo vazio da alma e arrastados pela evasão da droga, pelo estilo de vida fácil ou pela tentação subversiva. Penso nos numerosos e generosos sacerdotes e no desafio de apoiá-los na opção fiel e diária por Cristo e pela Igreja, enquanto alguns outros continuam a viver a cômoda neutralidade de quem não opta por nada para ficar na solidão de si mesmo”.

“Penso nos fiéis leigos espalhados por todas as Igrejas particulares, perseverando incansavelmente para deixar-se congregar por Deus, que é comunhão, mesmo quando não poucos proclamam o novo dogma do egoísmo e da morte de toda a solidariedade”.

“Penso – prosseguiu – no esforço imenso de todos por aprofundar a fé e torná-la luz viva para os corações e lâmpada para dar o primeiro passo”.

O Santo Padre encorajou os bispos a conservar a serenidade e viver a humildade de Deus e os questionou: “Que podeis oferecer de mais forte à família colombiana do que a força humilde do Evangelho do amor generoso que une o homem e a mulher, constituindo-os imagem da união de Cristo com a sua Igreja, transmissores e guardiões da vida?”.

O Papa enfatizou que “as famílias precisam saber que, em Cristo, podem tornar-se árvores frondosas capazes de oferecer sombra, dar fruto em todas as estações do ano, abrigar a vida entre os seus ramos”.

Francisco também exortou os bispos a não terem “medo de levantar serenamente a voz, para lembrar a todos que uma sociedade, que se deixe seduzir pela miragem do narcotráfico, arrasta aquela metástase moral que mercantiliza o inferno e semeia a corrução por toda a parte e, ao mesmo tempo, engorda os paraísos fiscais”.

O Papa encorajou os prelados a cuidar adequadamente dos sacerdotes, pois sobre as suas costas “pesa frequentemente a fadiga do trabalho diário da Igreja. Encontram-se na vanguarda, continuamente circundados de pessoas que, abatidas, procuram neles o rosto do Pastor. As pessoas aproximam-se e batem à porta do seu coração”.
“Eles devem dar de comer às multidões, e o alimento de Deus não é jamais uma propriedade da qual se possa dispor incondicionalmente”, por isso, devem vigiar suas “raízes espirituais”.

Em seguida, o Papa pediu não descuidar dos consagrados, pois estes homens e mulheres são “o safanão querigmático a todo o mundanismo, sendo chamados a queimar qualquer refluxo de valores mundanos no fogo das Bem-aventuranças vividas sine glosa e no total abaixamento de si mesmos no serviço”.

O Pontífice também refletiu sobre a Igreja na Amazônia e os encorajou a cuidar dela, pois “a Colômbia não a pode amputar, sem ficar mutilada no seu rosto e na sua alma”.

No final de seu discurso, o Papa Francisco pediu aos bispos que se dirigissem espiritualmente para “Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá, cuja imagem tiveram a delicadeza de trazer do seu Santuário até à magnífica Catedral desta cidade para que também eu a pudesse contemplar”.

“Da mesma forma que, em Chiquinquirá, Deus renovou o esplendor do rosto da sua Mãe, assim continue a iluminar, com a sua luz celeste, o rosto deste país inteiro e abençoe a Igreja na Colômbia com a sua benévola companhia. E os abençoo e os agradeço por tudo o que vocês fazem. Obrigado”, concluiu.


domingo, 3 de setembro de 2017

SAGRADA ESCRITURA: O QUE ENSINA A BÍBLIA CATÓLICA?


Por Edgar Leandro da Silva

Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria.


Estava eu,um dia de domingo,almoçando com a minha família,quando derrepente aparece em meu portão um vizinho,mas um vizinho protestante com um folheto na mão para me entregar. No folheto estava escrito:



O Folheto na verdade ele foi traduzido para o português, mas segue as ideias de um pseudo pastor Canadense chamado Oswald Smith.

Bem,pelo que eu pude ler, o objetivo do folheto, é mostrar que a própria bíblia católica não condiz com o ensinamento da Igreja Católica, o que de fato, sabemos que é um absurdo!

Por isso então estaremos ao longo deste mês,que é inclusive é o "mês da bíblia"  respondendo e comentando alguns questionamentos, algumas “pérolas protestantes" que desgraçadamente são reproduzidas e que inclusive consta neste folheto mas  que ainda não comentamos ao longo destes anos aqui em nosso blog.

Portanto,vale a pena conferir!

A primeira delas é uma questão “clássica”:

PODE O SACERDOTE PERDOAR PECADOS?

Para facilitar o entendimento,o que estiver em itálico é o que diz o folheto e o que estiver em negrito é a nossa resposta sobre o assunto. Espero que este artigo seja útil aos nossos irmãos e irmãs.

Vejamos o que diz o folheto sobre o assunto:

“a bíblia católica registra uma questão levantada pelos escribas diante diante de Jesus. A questão era: porque fala ele(Jesus) deste modo, Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, se não um que é Deus,(Marcos 2.5-11) Jesus aceitou a questão, pois os escribas estavam certos.

Bem, gostaríamos de fazer uma correção aqui. Na verdade, Nosso Senhor “não aceitou a questão” como entende os protestantes. Logo após os escribas,dizer uns aos outros “como pode este homem falar assim ele blasfema” Nosso Senhor em seguida disse aos mesmos: “porque pensais isso nos vossos corações que é mais fácil dizer ao paralítico: os teus pecados te são perdoados ou dizer: levanta-te,toma o teu leito e anda,Ora para que conheçais o poder concedido ao filho do homem  sobre a terra (disse ao paralítico),eu te ordeno: levanta-te,toma o teu leito e vai para casa. No mesmo instante, ele se levantou e,tomando o leito,foi-se embora á vista de todos. A multidão inteira encheu-se de profunda admiração e puseram-se a louvar a Deus,dizendo:”nunca vimos coisa semelhante”(Mc  2,8-12)  

logo, podemos concluir que além de Nosso Senhor não ter “fechado a questão” os escribas estavam errados,assim como os protestantes nesta passagem, defenderem que Nosso Senhor ensina que Só Deus pode perdoar pecados.

Ninguém pode perdoar pecados senão Deus. Para o homem comum, o simples reivindicar desse poder já é uma blasfêmia.Mas Jesus disse aos escribas: o filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados. Assim, Jesus não era mero homem.nem um homem pode perdoar pecados,mas Jesus pode e o fez,porque ele é Deus.nem um padre ou pastor pode perdoar pecados,pois são meros homens.Podemos ir direto a Deus por meio de Jesus Cristo,o nosso mediador,para obtermos o perdão de nossos pecados.

O desejo de Cristo de que o perdão dos pecados deve ser obtido através da Igreja é bem claro. É um grande erro crer que o pecado pode ser confessado diretamente a Deus. Não foi este o desejo de Nosso Senhor quando disse aos seus apóstolos:

“Soprou sobre eles dizendo: ‘Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos’” (Jo 20, 22-23).

Os sacerdotes católicos, (padres) legítimos representantes de Cristo e ministros dos sacramentos deixados por Ele para o bem da humanidade, são os que continuam o ministério dos apóstolos de perdoar ou reter os pecados.

Rebeldes não podem perdoar rebeldes; apenas o rei pode. Pecadores não podem perdoar pecadores; só Deus pode. O principal dos apóstolos deixou isso claro ao falar a Cornélio, como se lê na Bíblia católica em Atos 10,43: Dele(Jesus) todos os profetas dão testemunho de que por meio de seu nome, todo aquele que crê recebe remissão dos pecados” Portanto os apóstolos não praticavam a confissão auricular de pecados”

Interessante, Se o padre pode batizar porque também não pode perdoar pecados?  Não é pelo batismo que obtemos o primeiro perdão dos pecados,? Se podemos obter o perdão dos pecados quando o padre batiza, porque não podemos obter este mesmo perdão pelo sacramento da penitência (ou confissão)?

Mas,os protestantes, ao renegar o sacramento tanto da ordem quanto da penitência e acreditar que só se pode confessar diretamente a Jesus,acabam rejeitando os ministros instituídos por Nosso Senhor:

“O que vos ouve,a mim ouve, e o que os despreza,a mim despreza. E quem me despreza, despreza aquele que me enviou” (Lc 10,16)

Rezemos sempre pela conversão dos protestantes!

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA