domingo, 25 de maio de 2025

Nossa Senhora: A verdadeira devoção Mariana



Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria Santíssima!

 

Depois destes importantes exclarecimentos nas últimas semanas aqui em Nosso Blog Defesa Católica, é bom deixar claro que a A devoção mariana, portanto, não pode ser uma coisa facultativa aos católicos, como o são as devoções a Santa Teresinha ou a São Pio de Pietrelcina, os quais, embora tenham vivido uma conduta exemplar, não foram eles mesmos “causa de salvação” para a humanidade. A Tradição afirma claramente a participação direta de Maria no mistério da redenção, motivo pelo qual se espera da Igreja a proclamação dos dogmas da “corredenção” e da “mediação de todas as graças”.

Ora, a mariologia católica revela-se, assim, como aceitação de duas realidades aparentemente distintas, mas intimamente relacionadas à cristologia, de modo que, para os fiéis, o estudo correto desse ensinamento desenvolve afetos enraizados nas verdades da fé. Exemplo disso é a consagração à Virgem Maria pelo método de São Luís de Montfort, que consiste em um ato de fé no papel corredentor de Nossa Senhora.

Estudemos a Mariologia inteira! Isso fará com que a virgem Maria cada vez em nossa vida espiritual e não por carência afetivas. Cada mistério rezando no Santo Terço, é uma forma de recorrer cada vez mais a Virgem Maria e isso vai criando de cada pessoa um afeto enraizado em verdades.

 


FONTE: Mariologia ou Mariomania?

domingo, 18 de maio de 2025

NOSSA SENHORA: A CORREDENÇÃO E A MEDIAÇÃO UNIVERSAL DE NOSSA SENHORA

 



Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria Santíssima!

Dando continuação, a este mês dedicado á Nossa Senhora, estaremos hoje abordando um curioso assunto a respeito da Corredenção e da Mediação Universal de Nossa Senhora na Humanidade.

Esta participação singular de Maria na obra da redenção não é apenas uma “opinião piedosa”, mas uma verdade ensinada repetidas vezes pelo Magistério da Igreja.

A relevância das aparições de Maria para a vida cristã e de como os católicos devem interpretá-las segundo a imutável e incorrigível Revelação Divina, elas não têm a missão de acrescentar ou corrigir qualquer ponto da doutrina, mas de ajudar a Igreja a testemunhar mais profundamente os mistérios de Cristo, sobretudo quando estes mistérios parecem caducar em determinados contextos sociais marcadamente hostis à religião

Na mensagem de Lourdes, por exemplo, Nossa Senhora veio recordar a validade da pobreza e da piedade contra a racionalidade materialista e anticlerical do século XIX.

Não há "fruto da graça na história da salvação que não tenha como instrumento necessário a mediação de Nossa Senhora".

 

Em Fátima, por sua vez, a Mãe de Deus insistiu na necessidade de reparação e penitência pelas almas infiéis que, àquela altura, tripudiavam sobre o santíssimo nome de Deus com toda sorte de blasfêmias e injúrias.

É importante agora precisar mais claramente o papel de Maria na história da salvação. Tal esclarecimento nos ajudará a entender por que a Virgem Santíssima veio visitar a humanidade em tantas ocasiões, apresentado-se como meio singular para o acesso às graças de Deus. Quando Bento XVI declarou não existir "fruto da graça na história da salvação que não tenha como instrumento necessário a mediação de Nossa Senhora", ele não estava simplesmente fazendo uso de um exagero retórico próprio da linguagem dos santos  A mediação de Maria faz parte do patrimônio da fé cristã e é a partir desta verdade, tão presente nos ensinamentos dos santos como também no Magistério ordinário da Igreja, que a porção dos fiéis pode unir-se mais eficazmente contra os desvios mundanos, a fim de alcançar a coroa do Céu.

"Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo" [3]: com essas palavras, São Luís Maria Grignon de Montfort resume todo o fundamento da doutrina católica acerca da participação da Mãe de Deus na redenção da humanidade. Como em Deus não há movimento nem mudança, a sua vontade permanece sempre a mesma para todos os efeitos [4]. Ora, Ele escolheu livremente ter uma mãe segundo a carne humana e manter-se submisso aos seus cuidados durante a maior parte de sua vida terrena. Não é difícil concluir, portanto, que essa maternidade divina continua no Céu. A própria Sagrada Escritura nos confirma isso em inúmeras passagens, em especial, nos relatos de São João sobre as últimas palavras de Cristo pregado à cruz: Maria é dada como mãe para toda a humanidade (cf. Jo 19, 25-27; Gn 3, 15; Ap 12, 1-18). E é por meio da cooperação dessa mesma Mãe que nos devem chegar todas as graças da salvação, ou seja, o próprio Jesus Cristo.

Santos de todas as épocas dão crédito a essa doutrina. Falando sobre a cooperação de Nossa Senhora na obra da Redenção, Santo Irineu disse: "Obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação para si e para todo o gênero humano"

A Virgem Santíssima completou na própria carne as dores que faltaram à Cruz de Cristo.

Algo semelhante escreveu um discípulo de Santo Anselmo: "Deus é Senhor de todas as coisas, constituindo cada uma delas na sua própria natureza pela voz do seu poder, e Maria é Senhora de todas as coisas, reconstituindo-as na sua dignidade primitiva pela graça, que lhes mereceu"

E para que não reste qualquer dúvida dessa cooperação de Maria, citemos a profecia de Simeão acerca da espada de dor com a qual Ela seria ferida (cf. Lc 2, 35). A Virgem Santíssima completou na própria carne as dores que faltaram à Cruz de Cristo, segundo o ensinamento de São Paulo (cf. Col 1, 24).

No último século, o Magistério ordinário da Igreja também falou repetidas vezes sobre o mesmo assunto.


Os Padres do Concílio Ecumênico Vaticano II, reunidos na Basílica de São Pedro.

Leão XIII, por exemplo, redigiu 13 encíclicas para ressaltar o valor da oração do Rosário. É de sua pena esta belíssima prece, na qual o grande pontífice pede que a Virgem "restitua a tranquilidade da paz aos espíritos angustiados; apresse enfim, na vida privada como na vida pública, o retorno a Jesus Cristo": "Que, no seu poder, a Virgem Mãe, que outrora cooperou por seu amor no nascimento dos fiéis na Igreja, seja ainda agora o instrumento e a guardiã da nossa salvação" [

Não nos esqueçamos ainda das piedosas exortações de Pio XII. O Papa que, conforme contam algumas testemunhas, teria visto o milagre do sol nos jardins do Vaticano, ensinava: "Se Maria, na obra da salvação espiritual, foi associada por vontade de Deus a Jesus Cristo, princípio de salvação, pode-se dizer igualmente que esta gloriosíssima Senhora foi escolhida para Mãe de Cristo 'para lhe ser associada na redenção do gênero humano'"

Palavras semelhantes são encontradas também nas cartas de Pio XBento XVPio XIJoão XXIIIPaulo VI e João Paulo II.

Com tantos papas escrevendo sobre esse assunto, já não se pode dizer ingenuamente que a "mediação universal" de Maria e o seu papel como "corredentora" sejam meras "opiniões piedosas". Embora a Igreja ainda não tenha se manifestado solenemente a esse respeito, por meio de uma declaração ex cathedra, a sua notável presença nos documentos comuns dos Santos Padres leva-nos àquela obediência da fé, que também se aplica ao que propõe o Magistério ordinário e universal, isto é, "o ensino comum e universal de uma determinada doutrina pelo papa e por todos os bispos espalhados pelo mundo"

Aliás, o próprio Concílio Vaticano II referendou tudo isso que dissemos até agora:

Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na anunciação e que manteve inabalável junto à cruz, até à consumação eterna de todos os eleitos. De fato, depois de elevada ao Céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira. Mas isto se entende de maneira que nada tire nem acrescente à dignidade e eficácia do único mediador, que é Cristo.

Efetivamente, nenhuma criatura se pode equiparar ao Verbo encarnado e Redentor; mas, assim como o sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, sendo uma só, se difunde variamente pelos seres criados, assim também a mediação única do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas cooperações diversas, que participam dessa única fonte.

Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a aos fiéis, para mais intimamente aderirem, com esta ajuda materna, ao seu mediador e salvador.

Demonstrado o fundamento de nossa fé na cooperação de Maria — cooperação esta que se manisfestou "de modo singular, com sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural" —, tornam-se mais lúcidas as suas aparições, cujas mensagens resumem-se a uma maior fidelidade à religião cristã, ou seja, ao chamado à santidade.

Maria nunca quer nada para Ela. Ao contrário, a Virgem sempre direciona-nos para o Seu Filho, a fim de que deixemos de ofendê-lO com nossos pecados.

Maria fala contra a indiferença e a tibieza dos corações que já não dão espaço para Jesus.

Mais: a Mãe de Deus escolhe almas inocentes para livremente sofrerem pela conversão dos pobres pecadores. Maria, por meio da consagração que lhe fazem, instrui e protege Seus filhos na batalha contra a serpente maligna, forjando-os no mesmo fogo no qual quis ser forjado o próprio Filho de Deus. Portanto, não há como negar as palavras de São Luís Maria Grignon de Montfort: "Se a devoção à Santíssima Virgem nos afastasse de Jesus, seria preciso rejeitá-la como uma ilusão do demônio. Mas é tão o contrário [...], esta devoção só nos é necessária para encontrar Jesus Cristo, amá-lO ternamente e fielmente servi-lO"

Maria é, realmente, corredentora e medianeira de todas as graças.

Fonte: O que significa dizer que Maria é “corredentora” e “medianeira de todas as graças”?

domingo, 11 de maio de 2025

Nossa Senhora: Maria Santíssima e o Concílio Vaticano II




Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria Santíssima!

 

Dando continuação, a este mês dedicado á Nossa Senhora, estaremos hoje abordando o assunto a respeito da Relação de Nossa Senhora com o Concílio Vaticano II.

Antes do Concílio, havia um debate teológico entre dois grupos. Um deles entendia a Virgem Maria como membro da Igreja. Apesar de correta, essa abordagem pode, entretanto, resumir a participação de Nossa Senhora no mistério salvífico à mera função de intercessora, como é o caso dos demais santos. A diferença entre estes e aquela seria apenas quantitativa, tendo Maria uma intercessão mais elevada que a dos outros. Mas a posição de Nossa Senhora na economia da salvação, como entendia o outro grupo, não é somente eclesiológica, mas também cristológica, uma vez que Ela, estando unida ao mistério da Encarnação, participou diretamente na redenção da humanidade.

Notem que o primeiro dogma mariano proclamado pela Igreja foi um dogma profundamente cristológico: o dogma da maternidade divina. E ainda que acusem a Igreja dessa época de estar contaminada pelo “romanismo” de Constantino, a verdade é que, desde o tempo apostólico, os cristãos já veneravam a Mãe de Deus pela sua especial proteção, algo que se verifica na mais antiga oração mariana: Sub tuum praesidium:

À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades; mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.

R. Amen.

 

 Sub tuum praesidium confugimus, sancta Dei Genetrix; nostras deprecationes ne despicias in necessitatibus nostris, sed a periculis cunctis libera nos semper, Virgo gloriosa et benedicta.

R. Amen.

Autores antiquíssimos, como é o caso de Santo Ireneu de Lion e Santo Inácio de Antioquia, já chamavam Maria de “nova Eva”, relacionando-a à restauração do gênero humano, conforme a promessa do Gênesis.

Para equilibrar as duas visões, Paulo VI proclamou o título de Maria, Mãe da Igreja, ainda durante as aulas conciliares. Desse modo, o Santo Padre confirmou tanto a posição de Maria como membro da Igreja quanto a sua singularidade entre os demais santos. Maria não é um membro qualquer, mas a Mãe desse corpo, cuja cabeça é Cristo.

No capítulo VIII da Lumen Gentium (n. 56)os padres conciliares atestam que

Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens. Como diz S. Ireneu, “obedecendo, ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o gênero humano”.

Logo, A Virgem Maria é um membro da Igreja. Maria não estar apenas na ordem da Graça, mas também na ordem hipostática, a saber a união hipostática é mistério da encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo onde tem uma só pessoa e duas naturezas!

FONTE: Sub tuum praesidium - MONTFORT

Mariologia ou Mariomania?


quinta-feira, 8 de maio de 2025

IGREJA: Habemus papam e seu nome é Leão XIV



O cardeal Robert Prevost assumiu o nome de Leão XIV ao se tornar hoje (8) o 267º papa da história e o primeiro nascido nos Estados Unidos.

O papa foi chefe do Dicastério para os bispos durante o pontificado do papa Francisco.

Nascido em 1955 na cidade de Chicago, Prevost foi missionário durante muitos anos no Peru.

O conclave que começou ontem escolheu o novo sucessor de são Pedro no quarto escrutínio.

Antecedentes do novo papa

O cardeal Robert Francis Prevost nasceu em 14 de setembro de 1955, em Chicago, EUA. Ele foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982, em Roma, e criado cardeal pelo papa Francisco em 30 de setembro de 2023.

Prevost morou no Peru por mais de 40 anos, servindo como missionário, formador e bispo. Em 2015, ele obteve a nacionalidade peruana e recebeu o seu primeiro Documento Nacional de Identidade (DNI, a carteira de identidade peruana). No ano seguinte, ele recebeu o seu DNI eletrônico sem data de validade.

Antes de ser eleito papa, foi prefeito do Dicastério para os Bispos por nomeação do papa Francisco e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, para a qual foi nomeado em 30 de janeiro de 2023 e se tornou arcebispo ad personam.

Ele estudou no seminário menor dos Padres Agostinianos e se formou em Matemática e Filosofia pela Universidade Villanova. É mestre em Divindade com ênfase em Missão Intercultural pela Catholic Theological Union em Chicago e obteve o doutorado em Direito Canônico com menção magna cum laude pela Angelicum University em Roma em 1987.

Entrou para o noviciado da Ordem de Santo Agostinho em 1977 e fez os votos solenes em 1981. Sua vocação sacerdotal o levou ao Peru, onde desenvolveu uma missão pastoral, evangelizadora e educativa nas dioceses de Chulucanas e Trujillo. Ele foi eleito prior-geral dos Agostinianos em 2001, servindo por doze anos à frente da ordem.

O papa Francisco o nomeou administrador apostólico de Chiclayo em 3 de novembro de 2014 e bispo da mesma diocese em 2015. Ele também serviu como administrador apostólico de Callao.

Desafios para o novo papa

O papa Leão XIV assume a liderança de uma Igreja que enfrenta vários desafios importantes.

Entre os temas mais urgentes estão a perseguição mundial aos cristãos, a resposta à crise de abusos sexuais, incluindo casos como o do ex-jesuíta padre Marko Rupnik, e tensões internas sobre doutrina e liturgia.

O novo papa também terá que enfrentar os desafios impostos pelo Caminho Sinodal Alemão, que propõe mudanças na doutrina e na prática da Igreja, mas encontrou resistência entre bispos de outros países. Este desafio reflete perguntas mais amplas sobre a implementação e a direção da sinodalidade na Igreja universal depois da conclusão do Sínodo da Sinodalidade em 2024.

O acordo, cujos termos são secretos, entre a Santa Sé e a China sobre a nomeação de bispos, renovado diversas vezes pelo papa Francisco, apesar das críticas de defensores dos direitos humanos e relatos de aumento da perseguição religiosa, é um desafio diplomático e pastoral para o novo papa.

Outros temas importantes incluem os conflitos globais em andamento, a polarização dentro da Igreja, o declínio contínuo da prática religiosa no Ocidente e o rápido crescimento da Igreja na África e em partes da Ásia.

fonte: Habemus papam e seu nome é Leão XIV


domingo, 4 de maio de 2025

NOSSA SENHORA: MARIOLOGIA OU MARIOMANIA?

 



Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria Santíssima!

Parece que tem muita gente preocupada com o crescimento de uma devoção desequilibrada à Virgem Maria. Os abusos existem e ninguém os pode negar. Mas será que é tudo abuso? 

Ou o que está faltando mesmo é estudar Mariologia?

Por isso,  neste mês dedicado á Nossa Senhora, O Nosso Apostolado Defesa Católica gostaria de abordar o assunto a respeito de uma uma mariologia autêntica, baseado num artigo do site do Padre Paulo Ricardo, cujas bases não sejam nem uma visão emocionalmente desequilibrada, com abusos própria de pessoas com dependência afetiva, nem uma visão reducionista do papel de Maria, defendida por quem deseja corresponder aos auspícios do ecumenismo. 

 

Estaremos mais do que nunca ratificando nada mais nada menos aquilo que a própria Igreja Católica ensinou ao longo dos tempos, especialmente no Concílio Vaticano II.

 

É justamente sobre isso que estaremos abordando no próximo artigo!

 

FONTE: Mariologia ou Mariomania?