domingo, 25 de novembro de 2018

RESPOSTAS CATÓLICAS: “Se a semana santa é mudada,porque o natal não é mudado? o nascimento de Jesus 25 de Dezembro já é certo!"

Caro Paulo,Salve Maria! 
A data de 25 de dezembro foi escolhida para celebrar o Natal de Jesus Cristo porque os romanos celebravam o deus Sol Invictus, neste dia.

Com a conversão do Império romano ao cristianismo, com o imperador Constantino em 313 e Teodósio em 385, a Igreja fixou esta data para celebrar o Natal para indicar ao povo cristão que o verdadeiro Deus é Jesus Cristo e não o Sol Invictus até então cultuado.

Os romanos celebravam o seu deus no período do solstício de inverno no hemisfério Norte, que é no dia 22 de dezembro, quando a inclinação da terra é máxima.

Sendo Jesus “a luz do mundo” (João 9, 5) e “o sol que nasce do alto para iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte” (Lucas 1), considerou-se oportuno fazer a lembrança do nascimento de Jesus coincidir com a data na qual a presença do sol é mais longa com relação à terra.

Na verdade, o que comemoramos no dia 25 de dezembro não é uma data, mas um acontecimento, ou seja, o nascimento de Jesus e o amor misericordioso do Pai. Porque:

 “Com efeito,de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16)

Espero ter ajudado,

Per Christum Dominum Nostrum,

EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 18 de novembro de 2018

RESPOSTAS CATÓLICAS: "Entao queria saber a origem do limbo e do purgatorio que nao tem isto na biblia e os catolicos afirmam que tem e alguns dizem que o papa que descobriu isto ou coisa parecida porque os catolicos adoram imagens?"



Prezado Sr Geraldo,Salve Maria! “Mãe de Meu Senhor”(S.lucas 1,43)

A palavra Purgatório não está escrita na Bíblia, mas a realidade do Purgatório ali está consignada. É uma  regra da Fé é o Magistério vivo da Igreja, que nos explica a Bíblia e a Tradição.

No Concílio de Trento a Santa Igreja por exemplo ensinou:

“Canon 80. Se alguém disser que depois de recebida a graça da justificação, de tal maneira se lhe perdoa a culpa esse apaga o reato da pena eterna a qualquer pecador arrependido, que não lhe resta culpa alguma de pena temporal  que tenha que se pagar neste mundo ou no outro no Purgatório, antes que se possa abrir a entrada no reino dos céus, seja anátema”. (Concílio de Trento, can. 80. Denzinger, 840).

Também o Catecismo atual da Igreja Católica ensina:

A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador" (Catecismo da Igreja Católica can 1030 e 1031)

Na Sagrada Escritura a existência do purgatório é ensinado em algumas passagens, Cito-lhe três onde esta doutrina pode ser mais clara e facilmente compreendida:

"Mas, se o tal administrador imaginar consigo: 'Meu senhor tardará a vir'. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (...) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, mais se há de exigir." (Lc 12,45-48).

Vejam que os administradores serão cobrados pelo seu Senhor "no dia em que não o esperar", isto é, no dia de sua morte. O administrador infiel o Senhor o "mandará ao destino dos infiéis", isto é, para o Inferno. No entanto o "servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu " e o outro servo que "ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis" não serão enviados para o "destino dos infiéis", como o mal adminstrador. Um "será açoitado com numerosos golpes" e o outro " será açoitado com poucos golpes", isto é, estão salvos, mas sofreram a pena temporal de seus pecados.

Veja ainda:

"Eu porém vos digo: todo aquele que se encolerizar contra o seu irmão terá de responder no tribunal. Aquele que chamar a seu irmão: 'cretino', estará sujeito ao julgamento do Sinédrio. Aquele que lhe chamar: 'louco', terá de responder na geena de fogo (...) Assume logo uma atitude reconciliadora com o teu adversário, enquanto estás a caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo" (Mt 5,22.25-26).

Aqui Nosso Senhor recomenda-nos a nos livrarmos do apego ao pecado durante nossa caminhada terrena. Nosso Senhor fala daquele que será entregue ao Sinédrio (ao juiz) e aquele que irá para a "geena de fogo" ( para o Inferno). Aquele é que entrgue ao juiz, não sairá da prisão até que page "o último centavo", isto é, quando ele pagar o último centavo, saírá da prisão. Esta parábola mostra claramente que o que será entregue ao juiz, é o que não merece ir para o inferno, está salvo, mas precisa pagar a pena temporal de seu pecado (pagar até "o último centavo"). Depois saírá da prisão (do purgatório) e então ganhará a liberdade, isto é, estará na presença de Deus, no céu, onde realmente estamos livres.

O justo (aquele que se reconciliou com Deus) na maioria das vezes morre sem estar em estado de santidade, isto é, sua alma não se encontra entre as “almas dos justos que chegaram à perfeição” (cf. Hb 12,21-24).

Se sua alma ainda não chegou à perfeição, significa que ele ainda possui vontade de pecar. Então como ele irá entrar no céu? Como irá entrar na “cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial”?
Claro que ele por ser justo não foi condenado ao inferno, porém pelo fato de ainda possuir inclinações ao pecado não pode entrar no Céu. Ele precisa então ser purificado de suas inclinações pecaminosas, este estado de purificação após a morte é que chamamos de Purgatório, pois purga, cura, o justo naquilo que ainda ele tiver de impuro.
Jesus ainda disse: "Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo" (Mt 5,25-26) (grifos meus).
Esta "prisão" a que Nosso Senhor se refere não pode ser o inferno, pois lá a punição é eterna. Logo, Cristo está nesta passagem falando do purgatório.
O termo limbo é aplicado teologicamente ao:
1-Lugar temporário ou estado das almas dos justos que,apesar de livres dos pecados,estavam excluidos da visão beatifica até a ascensão triunfante de Cristo ao Céu(o "limbus patrum")
2-Ao lugar ou estado permanente daquelas crianças não batizadas e de outros que,morrendo sem nenhum pecado pessoal grave,são excluídos da visão beatifica por causa do pecado original (o "limbus infantium").

3-O limbus patrum é mencionado diversas vezes no antigo testamento,como na parábola de Lázaro e o rico epulão,onde é chamado de "seio de Abraão"(Lucas 16,22),por exemplo.

A crença no limbus patrum era corrente entre os judeus no tempo de Jesus,e  a tradição patrística também suporta inequivocamente sua existência.
Com relação a questão das imagens,como este assunto já foi devidamente respondido ou comentado em nosso blog, por isso,peço ao Sr que acesse aos devidos links abaixo para saber de nossas respostas sobre o assunto:


Espero ter ajudado, Rezo por sua conversão e escreva-nos sempre!

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA     

domingo, 11 de novembro de 2018

RESPOSTAS CATÓLICAS: Boa Tarde! Uma aluna da Escola de Meditação , da qual eu sou diretora, perguntou: Por que o padre, benze a água benta , se já por si, ela já é benta? Acredite, eu não soube explicar, corretamente. Gostaria se possível, responder esta pergunta: ( a diferença entre a água benta e não benta, pelo padre) Até breve.Paz e Bem! Salve Maria!



Prezada Maria Lúcia,Salve Maria.

Peço-lhe desculpas pela demora de sua resposta. É que estes dias estive e ainda estou(um pouco) doente/Gripado e também na semana passada tive prova e sendo assim,não deu para lhe responder dentro do prazo estipulado pelo Apostolado Defesa Católica que é de até 5 dias Corridos.

Mas,antes tarde do que nunca né,então vamos a sua resposta:

Por que  o padre,  benze  a água benta , se já por si,  ela já é benta?

Bem,A água por si não é benta!

Gostaria se possível, responder esta pergunta: ( a diferença entre a água benta e não benta, pelo padre)

A água benta é aquela em que o padre abençoa para evocar os favores de Deus sobre ela.ela é um sacramental da Igreja que traz muitas graças para o corpo e para a alma de quem usa.

Mas o que é um sacramental?

 “A santa mãe Igreja instituiu os sacramentais, que são sinais sagrados pelos quais, à imitação dos sacramentos, são significados efeitos principalmente espirituais, obtidos pela impetração da Igreja. Pelos sacramentais, os homens se dispõem a receber o efeito principal dos sacramentos e são santificadas as diversas circunstâncias da vida” (Catecismo da Igreja Católica, n.1667)

Assim, o ministro ordenado, seja um padre ou diácono, ao abençoar a água, conforme prescreve a Santa Igreja Católica, obtém-se um sacramental, que possui grande eficácia para as pessoas nas diversas realidades da vida. Essa água benta também pode ser usada para a aspersão nos vários ritos que a Igreja celebra para a santificação do povo.

E a água não benta é simplesmente aquela que ainda não foi benta pelo padre,nem pelo Diácono.

Mais uma vez pedindo desculpas,agradecendo sua confiança neste Apostolado,e quando quiser,não hesite em escrever,é sempre um prazer!

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 4 de novembro de 2018

RESPOSTAS CATÓLICAS: "Os protestantes, sempre nos confronta que na Bíblia Sagrada, Jesus NÃO chama Maria de Mãe. Por que na hora de sua morte, Jesus a chama Maria de "mulher" e não de mãe ?"


Prezada Orleana,Salve Maria!
Segundo Monsenhor José Luiz Marinho Vilac:

No trato habitual dos nossos dias, no Brasil, o termo “mulher” pode parecer pouco respeitoso no relacionamento familiar. Não se passa o mesmo em Portugal, onde o povo é extremamente afetuoso, porém muito mais vigoroso em suas expressões. Lá, um marido chamar a esposa de “mulher” nada tem de desrespeitoso, mas, pelo contrário, indica uma intimidade carinhosa.
Isto era assim pelo menos até algum tempo atrás. De então para cá, os ventos da modernidade começaram a varrer também Portugal, destruindo princípios e modos de ser tradicionais, com o que a situação vai se modificando bastante.

De outro lado, em alguns países latino-americanos, até hoje, um amigo dirigir-se a outro amigo usando a palavra hombre (homem) constitui um trato afetuoso e varonil.

Feita a necessária reserva quanto aos abusos freqüentes a que esse procedimento tem dado lugar, trata-se no caso da presente consulta de analisar o que significava no tempo de Nosso Senhor o tratamento de “mulher”, que em mais de uma ocasião Jesus dispensou a sua Santíssima Mãe (nas bodas de Caná e no alto da Cruz conforme citado por você,inclusive)
Retomemos a narração de São João da cena da Crucifixão em que Jesus encomenda sua Mãe ao discípulo amado: “Jesus, pois, tendo visto sua Mãe e o discípulo que ele amava, o qual estava presente, disse a sua Mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí a tua Mãe. E, desta hora em diante, a levou o discípulo para sua casa” (Jo 19, 26-27).

É preciso ter um coração de pedra para não se emocionar diante desta cena ao mesmo tempo solene e tocante. E é justamente a solenidade da ocasião que comunica ao tratamento “Mulher” uma grandeza que a própria palavra “Mãe”, nesse contexto, não teria.

Note também que no episódio da Ceia de Caná (Jo 2,1-11),  Nosso Senhor também chamou sua Mãe de “Mulher”, para constatar que nada havia ali de menos respeitoso. Antes, pelo contrário, era sumamente adequado ao momento. Tal exercício valerá como saborosa meditação sobre a imensa ternura e intimidade do relacionamento de Nosso Senhor com sua Mãe Santíssima.
Nosso Senhor Jesus Cristo,também ao utilizar o termo “mulher” fazia ligação entre Maria e a Mulher que esmaga a a cabeça da serpente,assim se expressou para que todos reconheçam em Maria aquela “mulher” que foi profetizada pelo Gênesis:

“Porei ódio entre ti a a mulher, entre a tua descedência e a dela. Esta te ferirá a cabeça,e tu ferirás o calcanhar”(Gen 3,15)

A mesma mulher que aparece no Apocalipse de São João,coroada no céu(Ap 12,1ss)

Sem contar também que quando Jesus usou esta expressão de “mulher”,ele já era o Cristo e Rei designado por Deus. Não era filho jovem que vivesse na casa de sua mãe e sob a supervisão direta dela. Aceitava então a sua orientação de Deus,quem o enviara (1 Cor 11,3).

Espero ter ajudado,
In Corde Iesu et Mariae Semper,