domingo, 30 de agosto de 2020

TESTEMUNHOS DE FÉ: A IMPRESSIONANTE CONVERSÃO DE CHOPIN NO SEU LEITO DE MORTE


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Há cento e setenta anos, no dia 17 de outubro de 1849, falecia o compositor e pianista franco-polonês responsável pela renovação da sonoridade do piano romântico: Frederic Chopin(1810-1849).

Sua arte sobre-humana, melancólica e apaixonada é bem-resumida pelas belas e comoventes palavras que o Venerável Papa Pio XII dirigiu a um grande grupo de poloneses em Roma, no dia 30 de Setembro de 1939:

“Há em cada um de vós um pouco da alma de vossso imortal Chopin, cuja música extrai de nossas pobres lágrimas humanas, de modo tão brilhante, uma alegria profunda e inesgotável. Se a arte humana pode realizar tantas coisas, quanto mais habilidosa não deve ser a arte de Deus em aliviar a tristeza de vossas almas?”(1)

Mais recentemente, o Papa Bento XVI elogioi Chopin com as seguintes palavras:” Que a música desse famoso compositor polonês, que contribuiu de forma tão significativa para a cultura da Europa e do mundo, aproxime de Deus aqueles que a escutam e ajude-os a descobrir a profundidade do espirito humano”(2)

A vida interior de Chopin teve três fases: a educação em Varsóvia numa família Católica devota, o afastamento da Fé e da prática religiosa durante sua carreira relâmpago em Paris(sua principal residência, desde 1831 até os seus últimos dias de vida) e o movimento de retorno a Deus pouco antes da morte.

Os pais de Chopin, Nicolau(um emigrante francês) e Justina(primeira professora de piano dele e de Ludovica, sua irmã mais velha), jamais falharam em relação á honra e á respinsabilidade de transmitir a Fé aos filhos. Numa carta  escrita em meados de março de 1842, Justina assegura que ela e o marido estavam próximos dele por meio da oração, mesmo durante o período que esteve em Paris, o mais feliz e ativo de sua carreira musical: “Esqueceste, meu querido filho, que teus velhos pais vivem apenas para ti e rezam todos os dias para que Deus te abençõe e proteja”

Mas, foi em Paris que sua fé definhou e sua vida ficou mais atormentada. Muitos de seus novos amigos eram “homens e mulheres sem principios, ou melhor,de maus principios”(3). Sequer algumas mulheres lhe serviram de consolo- especialmente a escritora romântica George Sand, uma “devoradora de homens”, que o conheceu em 1836 e, depois de divergências de idéias e de personalidade, abandonou-o em 1847.

 

                                             

A morte de Chopin.

Sua já delicada saúde, particularmente em função das cada vez mais graves e frequentes infecções nos pulmões, enfraqueceu-o bastante nos seus últimos anos de vida. Um dos mais ilustres representantes da emigração polonesa, o padre Alexandre Jelowicki, amigo íntimo de Chopin, esteve próximo do músico em seu leito de morte. O próprio sacerdote viria a relatar detalhadamente o retorno de Chopin á sua antiga Fé (4)

O Padre Alexandre, se aproveitou do humor adocicado do compositor para conversar com ele sobre sua querida mãe Justina, uma boa cristã. “Sim”, disse Chopin, “para não ofender minha mãe eu receberia os sacramentos antes de morrer, mas não tenho por eles a consideração que desejas. Compreendo a benção da confissão como o alivio de um coração pesado por meio de uma mão amiga, mas não como um sacramento. Estou pronto para me confessar contigo se desejares, porque te amo, não porque considero isso necessário”. Mas, o sacerdote não desesperou da graça, que parecia estar próxima.

No dia 12 de outubro de 1849, o médico do músico, convencido de que Chopin faleceria muito em breve, chamou o padre Alexandre, que foi correndo ao encontro dele. O moribundo apertou a mão do médico, mas pediu que ele fosse embora; garantiu que o amava, mas não quis falar com ele.

No dia seguinte. Festa de São Eduardo, o Confessor, no martirológio tradicional, o padre Alexandre celebrou a Missa, pelo repouso da alma de seu irmão Eduardo, morto com um tiro em Viena durante os motins dde 1848, rezou pela alma de Chopin. Ele voltou ao leito do músico e recordou-o de que aquele era o dia do onomástico de seu irmão, a que o músico tanto amava. “Ó, não falaremos sobre aquele isso”, lamentou o moribundo. “Caríssimo amigo” continuou o sacerdote, “deves me dar algo pelo dia do onomástico de meu irmão”. O que devo te dar?” “Tua alma”.” Compreendo. Aqui, está ela; toma-a!

O Músico segurou o crucifico que lhe fora oferecido pelo padre Jelowicki; professou a fé em Cristo que sua mãe lhe ensinara e recebeu os sacramentos, que o prepararam para se encontrar com o Deus vivo. Seu sofrimento durou quatro dias, mas ele se resignou, teve paciência e ás vezes até sorria. O sacerdote escreveu:

Ele abençõou seus amigos e, quando- depois de uma crise que aparentava ser a última, viu a si mesmo rodeado pela multidão que dia e noite enchia seu quarto, perguntou-me: “Porque eles não rezam?” Ao  ouvir essas palavras, todos se ajoelharam e até os protestantes se uniram ás ladainhas e orações pelo moribundo.

Estas foram algumas das últimas palavras de Chopin: “Sem ti, meu amigo, e teria morrido como um porco!”(5). Ele invocou nos nomes de Jesus, Maria e José,agarrou o crucifico, apertou-o junto ao coração e disse, agradecido:

“Agora me encontro na fonte da bem-aventurança!” Num apartamento no número 12 da Place Vendôme em Paris, onde hoje funciona uma joalheria, ás duas da manhã de uma quarta-feira, 17 de outubro de 1849, Chopin, o rebelde, morreu aos 39 anos. “Assim morreu Chopin”, concluiu o padre Jelowicki,”e na verdade sua morte foi o mais belo concerto de sua vida”(6)

Referências:

  1. The Catholic Northwest Progress, Seattle, WA, 6 de outubro de 1939, p. 3.
  2. Insegnamenti di Benedetto XVI, VI, 1, 2010, Libreria Editrice Vaticana, p. 284.
  3. J. Huneker, Chopin: The Man and His Music, New York: C. Scribner’s Sons, 1918, p. 79.
  4. Huneker, op. cit., 78-84.
  5. Wierzynski, The Life and Death of Chopin, New York: Simon and Schuster, 1949, p. 412.
  6. Huneker, op. cit. pp. 83-84.
  7. Fonte:https://padrepauloricardo.org/blog/a-impressionante-conversao-de-chopin-no-leito-de-morte

domingo, 23 de agosto de 2020

COMENTÁRIOS: UM PADRE NA CONTRA MÃO DA FÉ CATÓLICA

 



Por Edgar Leandro da Silva e Felipe Alves 


Prezados Amigos e Amigas, Salve Maria.

Um Amigo de Nosso Apostolado, pediu a opinião de um Vídeo do Padre Júlio Lanceloti.

O Vídeo em questão é este:

https://www.youtube.com/watch?v=tqD1LkNCsjQ&feature=youtu.be

A pedido dele, e também com a colaboração do mesmo, que é um dos amigos de Nosso Apostolado Defesa Católica, então estaremos aqui  neste artigo, comentando sobre o que disse o referido Padre neste Vídeo.

A primeira coisa, que me chama a atenção no vídeo do Padre, é que ele se apresenta aos demais participantes como um simples leigo, ou seja não estar usando a batina nem o clergyman, ou seja, só sabemos que ele é Padre, porque aparece em baixo no vídeo o nome dele: “Pe Julio Lancelotti Vigário Episcopal” agindo assim, ele estar contrariando o que determina a própria Igreja no Código de direito Canônico, quando determina que:

 

Cân. 284 Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais.

 

 

Uma das primeiras falas do padre no vídeo, diz: "a minha perspectiva é o fracasso, porque se eu buscar a vitória e o sucesso, é porque eu aderi a esse sistema".

 

Suponho que o "sistema" ao qual o padre se refere, seja o sistema que, em suas próprias palavras, pisa, é vencedor, fraudulento, mentiroso, injusto, maldoso,... Aqui o padre usa de um argumento falacioso ao partir da premissa de que a vitória e o sucesso implicam em maldade, mentira, injustiça, etc. Para ilustrar isso, basta mostrar o seguinte: suponha que ao morrer na cruz após todo o Seu processo de evangelização, Jesus tivesse êxito em converter absolutamente toda a humanidade, ao longo desses dois mil anos, em pessoas santas. Isso seria um claro exemplo de vitória e sucesso; o que de forma alguma implicaria em nenhum tipo de maldade. O exemplo não precisa ser tão radical, basta olhar para um pai que educou bem seu filho e fez dele um adulto honrado: isso é vitória, é sucesso.

Em seguida,O padre comenta sobre o apreço que o mesmo tem, sobre as demais religiões, e que tem amigos nas mesmas e que inclusive gosta dos Ateus. Bem, Apesar da Igreja Católica, ter se aberto para o ecumenismo, desde o Concílio Vaticano II(1962-1965) A Igreja por sua vez, no mesmo Concílio afirmou a sua superioridade sobre as demais religiões:

“Esta é a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica; depois da ressurreição, o nosso Salvador entregou-a a Pedro para que a apascentasse (Jo. 21,17), confiando também a ele e aos demais Apóstolos a sua difusão e governo (cfr. Mt. 28,18 ss.), e erigindo-a para sempre em «coluna e fundamento da verdade» (I Tim. 3,5). Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como sociedade, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em união com ele...”(lumen Gentium,8)

Mas, infelizmente, o referido Padre, no vídeo, em nenhum momento, colocou esta superioridade da igreja, E partiu para uma defesa do ateísmo ao afirmar que também se considera ateu no caso da visão ateísta sobre Deus. Isso soa como um absurdo, pois uma das missões do padre é saber evangelizar aqueles que têm pouco conhecimento de Deus, assim como aqueles que têm uma visão errada sobre Ele. Ao invés de influenciar, o padre se deixou ser influenciado.

Em outra parte do vídeo o padre afirma que tem “Dificuldade em falar que Deus é todo poderoso e sim que prefere falar que Deus é misericordioso” Mas, de que adianta acreditar em um Deus misericordioso, e ter dificuldade em falar do mesmo Deus, que é poderoso? Será que o Padre, recita o Credo na Santa Missa, em que o primeiro artigo, se recita: “Creio em Deus Pai, Todo Poderoso...” ? Ou ele deixa apenas que o Povo de Deus recite no lugar dele, já que o mesmo revela no vídeo ter dificuldade em dizer que Deus é poderoso?

Há também a seguinte fala: "Deus agora está doente, está sem respirador, está abandonado na rua,... está naqueles que estão sofrendo, está nos pequeninos,... ". "Tinha uma menininha que eu dizia que era minha heresia, porque aquela era uma menininha negra, com AIDS,...". "Aquela menina morreu diante de mim, e eu dizia 'ela me faz acreditar que Deus é mulher, que Deus é criança, que Deus é negra é que está com HIV e AIDS; agora Deus está com covid-19". Ao dizer isso, o padre assume uma cosmovisão panteísta, o que realmente se configura como uma heresia em relação à cosmovisão teísta do catolicismo. Isso tiraria a divindade de Deus como Ser único e transferiria para a própria natureza em si, não fazendo distinção entre criatura e Criador.

Ele continua:"O nosso povo brasileiro está crucificado. É indígena crucificado, é negro crucificado, é mulher crucificada, é LGBT crucificado, então nós temos que ter muito claro isso". Ao meu ver, o que na verdade fica claro, é que o padre desvaloriza o sofrimento de Jesus na cruz, tanto quanto a importância simbólica desse sofrimento, relativizando assim, um dos maiores, senão o maior acontecimento da história da humanidade.

Por fim, ele diz: "Eu já tive que enfrentar tropa de choque, já levei cacetada da polícia, já levei os escudos da tropa de choque. Nas manifestações de rua, eu estive junto dos jovens da tática black bloc, na febem, junto aos jovens rebelados, assim também no presídio feminino, no presídio masculino,... já levei muita bomba de gás junto ao povo de rua, enfrentando também a tropa de choque,..." Sua fala se dá por meio de um apelo à emoção, tentando instigar no ouvinte um senso de justiça que justificaria seus atos políticos. Estar ao lado dos perdedores não é sinônimo de virtude, uma vez que, ao lado dos perdedores, podem estar grupos violentos como os black blocs, que o padre admitiu fazer parte em determinado momento. Como diz o ditado, diga-me com quem andas e te direi quem és. Vemos aqui um sacerdote que se preocupa mais em defender o secularismo do que a religião da qual se diz fazer parte.

E para concluir, o Padre afirma no vídeo, que estava lendo um livro do Leonardo Boff, que se chama “Cristianismo mínimo do mínimo”. Sobre tal livro, de fato não conhecemos, Porém sobre Leonardo Boff, este sim, conhecemos e podemos dizer, que ele não é bem um exemplo para se falar de Cristianismo...

Leonardo Boff, para quem não sabe, é um Ex-frade da Igreja Católica, grande opositor dos papas João Paulo II e do  Papa Emérito Bento XVI, foi punido com o silêncio obsequioso pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, após a publicação do livroIgreja, Carisma e Poder”, que analisava a estrutura hierárquica da Igreja Católica a partir da metodologia marxista. Era então prefeito da Congregação o cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa Emérito Bento XVI.

Neste Livro: “Igreja, Carisma e Poder” é dedicado pelo autor àqueles que sabem que a Igreja "precisa ser continuamente construída, não contra, mas apesar daqueles que a querem reduzir à antiga sinagoga". Trata-se de uma coletânia de ensaios onde se procura definir o que é e como deve ser a Igreja, doutrinária e historicamente. Entenderam? É o próprio Leonardo Boff, e não o Papa, que define como dever a Igreja de Cristo!

 

Não é a toa, que neste mesmo livro, Leonardo afirmou que a Igreja Católica "não pode pretender se identificar exclusivamente com a Igreja de Cristo" (Frei L Boff, Igreja, Carisma e Poder, p. 124-125).

Bem, haveria muito para falar sobre isso, mas sairiamos do foco de nosso artigo, que é analisar as palavras do padre a respeito do que disse no vídeo.

Deixemos claro, que não é se é proibido ler livros como do Leonardo Boff, mas alertamos que para um Católico que não tem boa formação Católica o mesmo, pode ser um perigo para a sua salvação!

O padre Júlio comentou também no vídeo,  que a porta do Paraíso: “abre ao lado dos pobres” em resposta a uma mulher que queria saber sobre o estação Paraíso em São Paulo/SP. Apesar dele ter respondido isso, num tom de brincadeira,mas pensemos bem: Se a porta do paraíso, e Paraíso, entendemos que é o céu, abre ao lado dos Pobres, e aquele que não é pobre? Que porta vai abrir? A porta do inferno?

Cristo, Nosso Senhor louvou os pobres de espírito, e não simplismente os materialmente pobres! Um rico que não tenha apego, ás riquezas, é espiritualmente pobre. Mas, um favelado, cobiçoso, de riquezas materiais, esse é espiritualmente rico, e não bem aventurado. Por isso, Deus foi bem amigo de Abraão, Davi e Jó, que eram ricos, e Cristo foi amigo de Lázaro, que também era rico.

Acredito eu, que o Padre Júlio Lanceloti, não se atentou a este detalhe importante...

Com esta leitura, e comentário do livro do leonardo Boff, e também com o comentário de ter respondido a mulher que a “Porta do Paraíso abre ao lado dos pobres” Entre outros comentários aqui, podemos concluir que o Padre Júlio Lancelotti, se não é adepto, é simpatizante sim da teologia da Libertação o que sinceramente se for realmente verdade, devemos lamentar profundamente, apesar que nem tudo que o Padre Júlio Lancelotti, falou neste vídeo, podemos considerar ruim, mas ao mesmo tempo, o mesmo perdeu a oportunidade de fazer um Bom Apostolado nesta transmissão, de falar da Igreja, de sua superioridade mediante as demais religiões, do que a mesma verdadeiramente ensina, etc.

Para finalizar, Queremos deixar claro aqui, que respeitamos o Padre Júlio Lancelotti, assim como todos os padres da Igreja Católica, o que nem poderia ser diferente. Inclusive, admiramos o seu trabalho de acolhimento aos moradores de rua. Mas cabe também aos mesmos respeitar e obedecer aos ensinamentos da Santa Igreja Católica, a qual pertecem!

Rezemos pelo Padre Júlio, Rezemos pelo clero, Rezemos pelos leigos, Rezemos pela Santa Igreja!

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA, E FELIPE ALVES.