domingo, 30 de novembro de 2014

COMENTÁRIOS DIVERSOS: PAPA FRANCISCO E SEU COMENTÁRIO SOBRE A ORIGEM DO UNIVERSO.


Prezado Irmãos e Irmãs,Salve Maria!


Assistir um Vídeo de um amigo Protestante aonde ele disse que o Papa Francisco falou que: acredita mais na teoria da evolução do que propriamente diz na bíblia”

Bem,ao ler e assistir a Matéria citada pelo meu amigo,vi que o Papa não disse que acredita mais na Teoria da Evolução do que na Bíblia Sagrada. Na verdade isso é uma forma de distorcer as palavras do Santo Padre!

De acordo com a reportagem  ele disse que não há contradição entre a existência de criador e a teoria da Evolução por exemplo ou chamado Big Bang que para a maioria dos Cientistas explica a origem do Universo.

E que o Big Bang: não se opõe a intervenção divina porque não foi obra do caos mas do principio supremo que criou por amor, afirma o Papa!

E também falou que: a evolução é compatível com  noção de crianção porque exige que seres capazes de evoluir primeiro tenham sido criados.

 O Papa fez estas declarações na Academia de Ciências do Vaticano.

É bom explicar que a Chamada  Teoria do Big Bang a que o Papa Francisco se referiu afirma que uma grande explosão ocorrida há quase 14 bilhões de anos teria dado origem ao universo.e a Teoria da Evolução elaborada pelo britânico Charles Darwin,nos anos 1800 concluiu que os seres vivos se transformam por um processo de seleção,natural que privilegia os mais adaptados ao meio ambiente.

Os Papas anteriores inclusive o Santo João Paulo II e o Papa Pio XII já tinham declarado a favor do assunto.

Bem,diante destas explicações pergunto: Falou o Papa então que acredita mais na Evolução do que na Bíblia Sagrada, Claro que não! Ele apenas falou que não há contradição entre uma coisa e outra!

O reconhecimento da Teoria da Evolução e da Teoria do Big Bang por ele, sem anular a obra de Deus na criação do mundo e da vida, mostra se importantíssimo na atualidade, pois essas teorias se aproximam mais da verdade conforme a Ciência se desenvolve.

Por outro lado, Meu querido amigo Protestante,se esquece também que nem tudo estar na Biblia!

É a própria Bíblia que revela que nem toda doutrina que Jesus confiou aos apóstolos foi escrita: Vejamos:
"Tenho muito a vos escrever, mas não quero fazê-lo com papel e tinta. Antes, espero ir ter convosco e falar face a face, para que nossa alegria seja completa" (2Jo 1,12).
"Assim, pois, irmãos, permanecei firmes, e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa." (2 Ts 2,15)
Esperamos com mais este Artigo,tenhamos exclarecido sobre o assunto.
Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 9 de novembro de 2014

RESPOSTAS CATÓLICAS: Porque um padre quando larga o sacerdócio pode comungar normalmente e separados não podem?

Prezada Irmã,Salve Maria!

Para se Comungar,receber a sagrada comunhão, deve-se estar em estado de Graça.

E estar em Estado de Graça é antes de tudo,estar,sem pecado mortal na alma.

Assim o Padre que mesmo que largar o Sacerdócio,estando ele em Estado de Graça poderá comungar normalmente mesmo.

Já as pessoas que se encontram separadas, “mesmo casando civilmente ficam numa situação objectivamente contrária à lei de Deus. Por isso, não podem aproximar-se da comunhão eucarística, enquanto persistir tal situação. Pelo mesmo motivo, ficam impedidos de exercer certas responsabilidades eclesiais” (Catecismo da Igreja Católica,1650)

“Pela sua própria natureza, o amor dos esposos exige a unidade e a indissolubilidade da sua comunidade de pessoas, a qual engloba toda a sua vida: «assim, já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19, 6) (167). «Eles são chamados a crescer sem cessar na sua comunhão, através da fidelidade quotidiana à promessa da mútua doação total que o Matrimónio implica» (168). Esta comunhão humana é confirmada, purificada e aperfeiçoada pela comunhão em Jesus Cristo, conferida pelo sacramento do Matrimónio; e aprofunda-se pela vida da fé comum e pela Eucaristia recebida em comum” (Catecismo da Igreja Católica,1644)
Espero ter ajudado,

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 19 de outubro de 2014

IGREJA: PAPA FRANCISCO BEATIFICA PAULO VI DURANTE MISSA NO VATICANO


Papa Francisco durante a beatificaçãod e Paulo VI neste domingo (19), no Vaticano (Foto: Tony Gentile/Reuters)
Papa Francisco durante a beatificação de Paulo VI neste domingo (19), no Vaticano (Foto: Tony Gentile/Reuters)

O papa Francisco beatificou neste domingo (19) Paulo VI durante missa na Praça de São Pedro no Vaticano, assistida por dezenas de milhares de pessoas. Depois do ritual pedido de beatificação apresentado ao papa pelo bispo de Brescia, Luciano Monari, Francisco pronunciou a fórmula em latim que declarava beato o pontífice que encerrou o Concílio Vaticano II, conferências que buscaram modernizar a Igreja e atrair os cristãos realizadas entre 1962 e 1965, e que assinou importantes encíclicas como a "Humanae Vitae".

Francisco disse que "a partir de agora o papa Paulo VI será chamado beato e sua festa se realizará, nos lugares e segundo as regras estabelecidas, em 26 de setembro de cada ano".A cerimônia eucarística começou com a leitura da biografia do papa Paulo VI pelo postulador da causa de beatificação, Antonio Marrazzo.
Freira mostra relíquias de Paulo VI durante cerimônia de beatificação no Vaticano (Foto: Tony Gentile/Reuters)Freira mostra relíquias de Paulo VI
(Foto: Tony Gentile/Reuters)
O papa emérito Bento XVI assistiu à beatificação, pois foi Paulo VI que o nomeou cardeal, e foi cumprimentado por Francisco logo na chegada.
Os participantes do Sínodo da família, encerrado ontem, participaram da cerimônia.
O milagre atribuído à Paulo VI, e que o permitiu ser beatificado, é a cura de um feto diagnosticado com graves problema cerebrais no início da década de 1990 na Califórnia. A mãe se recusou a abortar e rezou para o papa para salvar a criança, que nasceu saudável.No altar foi exposta a camiseta ensanguentada de Paulo VI, depois do atentado, em 1970, quando um pintor boliviano o apunhalou duas vezes na chegada ao aeroporto de Manila.Em abril deste ano, o Papa Franciscocanonizou João XXIII (1958-1963) e João Paulo II (1978-2005).
Sínodo dos Bispos
Durante sua homilia, Francisco afirmou que o Sínodo, que debateu durante duas semanas temas relacionados à família, 'foi uma grande experiência' vivida com 'colegialidade'.O papa argentino acrescentou que nestes dias os participantes da assembleia dos bispos sentiram "a força do Espírito Santo que guia e renova sem cessar à Igreja, chamada, com premência, a assumir as feridas abertas e a devolver a esperança a tantas pessoas que a perderam".Por isso, Francisco deu graças a Deus "pelo dom deste Sínodo e pelo espírito construtivo com que todos colaboraram"."Que o Espírito Santo que, nestes dias intensos, nos concedeu trabalhar generosamente com verdadeira liberdade e humilde criatividade, acompanhe agora, nas Igrejas de toda a Terra, o caminho de preparação do Sínodo Ordinário dos Bispos do próximo mês de outubro de 2015", disse o papa Francisco.
O papa emérito Bento XVI também esteve na cerimônia neste domingo (19) (Foto: Tony Gentile/Reuters)O papa emérito Bento XVI também esteve na
cerimônia  (Foto: Tony Gentile/Reuters)
Mensagem às famílias
No sábado (18), o Vaticano divulgou uma mensagem destinada “às famílias do mundo todo” como resultado do Sínodo dos Bispos, reunião com cardeais convocada pelo Papa Francisco. O texto denuncia as “inúmeras crises matrimoniais” e “eventos dramáticos” que elas sofreram, mas não menciona o casamento homossexual – assunto que divide os participantes.
O "Relatio Synodi", como é chamado o documento final, foi concluído após duas semanas de estudos dos problemas da família moderna em todos os continentes, com o objetivo de tentar abrir a Igreja às uniões livres, aos divorciados e aos homossexuais, embora estes dois últimos temas tenham gerado reticências. No total, 183 padres sinodais participaram da votação, e cada ponto dos 62 parágrafos do documento foi submetido a votação.Três pontos não tiveram a maioria de dois terços necessária, o da homossexualidade e o acesso à comunhão para os divorciados que tornam a se casar, informou o Vaticano. Toda a documentação, tanto os rascunhos quanto as correções, foi divulgada pelo Vaticano.Havia expectativa de uma abertura à união de casais do mesmo sexo, já que no começo desta semana, os primeiros rascunhos deste documento indicavam uma grande mudança de tom sobre a participação dos gays na igreja. Um texto afirmava que os homossexuais têm “dons e qualidades a oferecer” e indagou se o catolicismo pode aceitar os gays e reconhecer aspectos positivos de casais do mesmo sexo.


"O Papa pediu que fosse publicado tudo, com total transparência, o que mostra um alto grau de maturidade", disse Manuel Dorantes, um dos porta-vozes. O texto será divulgado em todas as dioceses do mundo, juntamente com um questionário, e servirá de base para o próximo sínodo, programado para outubro de 2015. "Temos um ano para amadurecer", afirmou o Papa, que elogiou o vigor dos debates. "Se não tivesse havido discussões acaloradas, teria ficado preocupado", comentou, diante dos bispos.
Papa Francisco cumprimentou os fiéis após beatificação de Paulo VI (Foto: Tony Gentile/Reuters)Papa Francisco cumprimentou os fiéis após beatificação de Paulo VI (Foto: Tony Gentile/Reuters)
Um cartaz de Paulo VI foi colocado na Basílica de São Pedro durante a missa para sua beatificação (Foto: Filippo Monteforte/AFP)Um cartaz de Paulo VI foi colocado na Basílica de São Pedro durante a missa para sua beatificação (Foto: Filippo Monteforte/AFP)
Papa Francisco cumprimentou os cardeais no final da missa de beatificação de Paulo VI (Foto: Tony Gentile/Reuters)Papa Francisco cumprimentou os cardeais no final da missa de beatificação de Paulo VI (Foto: Tony Gentile/Reuters)FONTE:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/10/papa-francisco-beatifica-paulo-vi-durante-missa-no-vaticano.html

domingo, 14 de setembro de 2014

DOCUMENTOS DA IGREJA: BULA VERITAS IPSA


Papa Paulo III

a todos os fieis cristãos,que as presentes letras virem,
saúde e benção apostólica.

A mesma Verdade, que nem pode enganar, nem ser enganada, quando mandava os Pregadores de sua Fé a exercitar este ofício, sabemos que disse: Ide, e ensinai a todas as gentes. A todas disse, indiferentemente, porque todas são capazes de receber a doutrina de nossa Fé. Vendo isto, e invejando-o o comum inimigo da geração humana, que sempre se opõe às boas obras, para que pereçam, inventou um modo nunca dantes ouvido, pera estorvar que a palavra de Deus não se pregasse às gentes, nem elas se salvassem. Pera isto, moveu alguns ministros seus, que desejosos de satisfazer a suas cobiças, presumem afirmar a cada passo, que os Indios das partes Ocidentais, e os do Meio dia, e as mais gentes, que nestes nossos tempos tem chegado a nossa noticia, hão de ser tratados, e reduzidos a nosso serviço como animais brutos, a título de que são inábeis para a Fé Católica: e socapa de que são incapazes de recebê-la, os põem em dura servidão, e os afligem, e oprimem tanto, que ainda a servidão em que tem suas bestas, apenas é tão grande como aquela com que afligem a esta gente.

Nós outros, pois, que ainda que indignos, temos as vezes de Deus na terra, e procuramos com todas as forças achar suas ovelhas, que andam perdidas fora de seu rebanho, pera reduzi-las a ele, pois este é nosso oficio; conhecendo que aqueles mesmos Indios, como verdadeiros homens, não somente são capazes da Fé de Cristo, senão que acodem a ela, correndo com grandissima prontidão, segundo nos consta: e querendo prover nestas cousas de remédio conveniente, com autoridade Apostólica, pelo teor das presentes letras, determinamos, e declaramos, que os ditos Indios, e todas as mais gentes que daqui em diante vierem à noticia dos Cristãos, ainda que estejam fóra da Fé de Cristo, não estão privados, nem devem sê-lo, de sua liberdade, nem do dominio de seus bens, e que não devem ser reduzidos a servidão. Declarando que os ditos índios, e as demais gentes hão de ser atraídas, e convidadas à dita Fé de Cristo, com a pregação da palavra divina, e com o exemplo de boa vida. 

E tudo o que em contrário desta determinação se fizer, seja em si de nenhum valor, nem firmeza; não obstante quaisquer coisas em contrário, nem as sobreditas, nem outras, em qualquer maneira.

Dada em Roma, ano de 1537, aos nove de Junho, no ano terceiro de nosso Pontificado

(destaque nosso)

domingo, 31 de agosto de 2014

RESPOSTAS CATÓLICAS: Por que Jesus morreu na Cruz por nós?Qual foi a finalidade do Sacrificio de Cristo?Eu sou católico,mas tenho dúvida.


Prezado Irmão,Salve Maria!

É com prazer que respondo a esta questão de acordo com o que ensina a Santa Igreja.

Jesus Cristo morreu para salvação de todos os homens e satisfez por todos. Ele expirou por todos, mas nem todos se salvam, porque nem todos O querem reconhecer, nem todos observam sua lei, nem todos se valem dos meios de santificação que Ele deixou.

Espero que possa ter ajudado,se houver outras dúvidas não hesite em nos escrever.

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 17 de agosto de 2014

VIDA DE SANTOS: SÃO PIO X:FORTALECEU A IGREJA,FULMINOU A HERESIA


Quando faleceu Leão XIII, em 1903, a expectativa foi geral: quem seria chamado a manobrar o leme de Pedro naqueles tempos já tão conturbados?
O mundo estava febrilmente contagiado pelo liberalismo anticlerical, um dos muitos perniciosos frutos da Revolução Francesa, que tornavam tensas as relações entre a Sé Apostólica e várias nações européias. A revolução industrial, por sua vez, criava situações propícias à propaganda, no meio proletário nascente, dos princípios marxistas da luta de classes e do anarquismo.
Mesmo nas nações católicas a situação era crítica. Na Itália, um governo usurpador e violento tinha privado o Romano Pontífice de seus Estados, confinando-o ao Vaticano, e criava empecilhos à ação da Igreja. Na França, uma oligarquia maçônica –– cujos expoentes eram Briand, Clemenceau, Waldeck-Rousseau e Combes –– impôs a aprovação de diversas leis frontalmente antireligiosas, preparando terreno para a separação entre a Igreja e o Estado em 1905.
Portugal via-se às voltas com a fermentação revolucionária que deveria culminar, em 1908, no assassinato do rei D. Manoel e do Príncipe herdeiro, com a proclamação da República dois anos mais tarde, e com uma série de medidas contra a Igreja, como a expulsão dos jesuítas, a supressão de congregações religiosas e a aprovação do divórcio.
Também na outrora fiel e católica Espanha, os ventos liberais e anarquistas sopravam com violência, chegando-se à tentativa de assassinato do rei Afonso XIII, no próprio dia de suas bodas. O império Austro-Húngaro apresentava tantos sintomas de decadência religiosa e moral, que a todo instante se temia sua ruína.
Não menos trágica para Igreja e a civilização cristã era a situação no maior bloco católico do universo, a América Latina, onde as jovens nações emulavam em impiedade com suas maiores européias.
No Brasil, a célebre "Questão Religiosa” conseguira levar à barra dos tribunais e condenar à prisão perpétua com trabalhos forçados, o intrépido bispo de Olinda, D. Vital Maria Gonçalves de Oliveira. No Equador, líderes católicos são perseguidos e forçados a exilar-se. No México, as nuvens da tormenta revolucionária já se acumulavam no horizonte, para desencadearem-se, pouco depois, numa das mais cruéis e implacáveis perseguições religiosas conhecidas pelo mundo moderno.
Sobretudo, no próprio interior da Igreja a situação era grave. Erros filosóficos muito em voga como o naturalismo, o racionalismo e o cientificismo, a par de forte liberalismo influenciavam extensamente a teologia e deturpavam a fé, ao mesmo tempo que esfriavam nas almas o amor de Deus.
Haviam penetrado a fundo em amplas camadas do Clero, em estabelecimentos de ensino, mesmo em seminários, criando um espírito de novidade e de revolta crescente que ameaçava fazer soçobrar a Barca de Pedro, não tivesse ela a promessa da perenidade.
Para fazer face a esse terrível panorama, tornava-se necessário o advento de um Papa que se colocasse entre os maiores da História da Igreja. Por obra do Divino Espírito Santo, que não abandona a Igreja, Sua Esposa Mística, e a rogos de Maria, o mundo teve o Pontífice de que necessitava: Giuseppe Sarto, Patriarca de Veneza, eleito com o nome de Pio X.
 uem era Pio X, o novo Papa, do qual tanto se propalava em Veneza, de onde viera como Cardeal-Patriarca, a bondade e a doçura? Um "conciliador", pensava o Governo italiano, entendendo, por essa designação, um homem fraco, pronto a entrar em acordo com a Revolução. Entretanto, a famosa bênção Urbi et Orbi, o primeiro ato do Pontífice, foi dada de um dos balcões internos da Basilica de São Pedro, para ratificar o protesto de seus antecessores contra a tomada de Roma pelas tropas revolucionárias.
Um “cura rural”, não habituado às pompas do Vaticano nem ao trato com os grandes, pensavam os embaixadores e enviados de Potências estrangeiras. Não foi a impressão que Pio X deixou após a primeira audiência geral, quando o representante da Prússia, exprimindo o pensamento dos demais diplomatas, perguntou a Mons. Merry del Val, Secretário de Estado interino, ao sair da Sala do Trono: "Diga-nos, Monsenhor, que há nesse homem que tanto atrai? Um Santo –– dirá esse eclesiástico, posteriormente, quando já elevado a Cardeal, e que haveria de ter papel tão importante nesse Pontificado –– porque ele é um homem de Deus”.(1)
Para o Abbé de Cigala, capelão do Conclave, “a força dos traços e a doçura do olhar, frutos de uma vida interior e fé” ardentes, faziam crer "numa ressurreição do imortal Pio IX”.(2) Mas, esclarece o Cardeal Mercier, Arcebispo de Malinas, na Bélgica: "A invencível gentileza do Santo Padre nada tinha do sentimentalismo dos fracos: Pio X era um forte ".(3)
Isso o reconheceu também o ex-chancelerdo Império alemão, o Príncipe Von Bülow: "Eu me encontrei com muitos monarcas e legisladores –– conta ao Cardeal Merry del Val, após uma entrevista –– mas raramente encontrei em algum deles uma tão remarcável percepção da natureza humana ou um conhecimento como que Sua Santidade possui das forças que governam o mundo e a sociedade moderna. E, realmente, proclamará muito depois Pio XII, "com seu olhar de águia mais perspicaz e mais seguro que a curta vista dos míopes raciocinadores, via omundo tal qual era, via a missão da Igreja no mundo... e seu dever no seio de uma sociedade descristianizada... contaminada pelos erros do tempo e pela perversidade do século".(5)
Restaurar tudo em Cristo
Afirma o historiador R. Aubert que São Pio X foi essencialmente um reformador, o maior deles depois do Concílio de Trento.(6) E a reforma que ele empreendeu era bem exatamente o contrário da desejada hoje por tantos eclesiásticos para os quais reformar significa incorporar à Igreja os erros modernos. Para o Santo, reformar foi extirpar da Igreja as heresias que nela se haviam introduzido. E o já referido Cardeal Mercier se pergunta: "Se houvesse na Igreja, na época de Lutero e Calvino, um Papa da têmpera de Pio X, teria conseguido o protestantismo levar um terço da Europa ao rompimento com Roma?" (7)
O pontificado de São Pio X pode ser sintetizado no roteiro por ele traçado em sua Encíclica-Programa: "Restaurar tudo em Cristo". Essa preocupação o Pontífice já a tivera quando bispo de Mântua. E depois, quando Cardeal de Veneza, sua primeira Carta Pastoral continha, em linhas gerais, o pensamento da Encíclica.
Em síntese, diz São Pio X que a apostasia do mundo, "essa detestável e monstruosa iniqüidade... pela qual homem se substitui a Deus", manifesta uma tal "perversão dos espíritos",que é de se perguntar se já não se deu o advento do "filho da perversão". Pois, o modo com que"se lança ao ataque da religião, se investe contra os dogmas da fé, se tende obstinadamente a aniquilar toda relação do homem com a Divindade", é uma das características do Anticristo.
Para haver uma restauração, os bons devem "proclamar bem alto as verdades ensinadas pela Igreja sobre a santidade do matrimônio, educação da infãncia, posse e uso dos bens temporais, sobre os deveres dos que administram a coisa pública". Ora, se não houver verdadeiros sacerdotes, "revestidos de Cristo", isso não será possível. Portanto, deve-se proceder a uma reforma dos seminários e vigiar para que os novos sacerdotes não se deixem seduzir "pelas manobras insidiosas de uma certa ciência nova".
"No dia em que, em cada cidade, em cada aldeia, a lei do Senhor for cuidadosamente guardada... nada mais faltará para que contemplemos a restauração de todas as coisas em Cristo”. Com isso, mesmo "os interesses temporais e a prosperidade pública” também felizmente se ressentirão.(8) E ter-se-á na terra a "paz de Cristo, no Reino de Cristo".
Não cabe aqui analisar o pontificado de São Pio X, para constatar como seguiu ele à risca este programa. Só "o que foi publicado de Cartas Apostólicas, Moto Proprio, Encíclicas, e discursos, ultrapassa a casa dos 350". Se a isso se somam "os decretos das Congregações romanas e os diversos documentos emanados da Secretaria de Estado, aos quais o Papa não podia ser estranho, chega-se ao número de 3322"(9), o que torna esses onze anos de pontificado"um dos mais fecundos da História da Igreja" (10)
Basta pensar no trabalho monumental de recodificação do Direito Canônico –– que durou todo o Pontificado de São Pio X, sendo promulgado só no de Bento XV ––, na fundação do Instituto Bíblico, na reforma da Cúria Romana, na instituição da Acta Apostolicae Sedis, noticiário oficial do Vaticano, na reforma do Breviário Romano, em normas dadas para a disciplina e reforma do Clero, além de todas as medidas tomadas para facilitar a comunhão freqüente dos fiéis, antecipar a Primeira Comunhão das crianças, regulamentar a comunhão dos enfermos, elaborar adequadamente o catecismo, orientar o cântico litúrgico, etc.
o modernismo
Ao condenar o movimento Sillon –– em muitos pontos precursor do atual progressismo –– afirma São Pio X que ele "semeia... noções erradas e funestas... Para ele toda desigualdade de condição é uma injustiça ou, pelo menos, uma justiça menor! Princípio soberanamente contrário à natureza das coisas, gerador de inveja e de injustiça, subversivo de toda ordem social".(11)
Foi, entretanto, a seita modernista –– por ele qualificada de "síntese de todas as heresias" –– infiltrada no seio da Igreja, a que mais fez sofrer e mais preocupações trouxe ao Pontífice, devido à sua profunda nocividade e sutileza. Além de numerosos atos, três importantes documentos emanaram do Papa para condená-la: o Decreto Lamentabili sane exitu, de 4 de julho de 1907, que condena 65 proposições modernistas; a Encíclica Pascendi dominici gregis, de 8 de setembro do mesmo ano, a mais longa de São Pio X dada a delicadeza da matéria, na qual condena diretamente o modernismo; e, finalmente, o Motu Proprio Praestantia Scripturae sacrae,de 18 de novembro do mesmo ano.
São Pio X, elevado à honra dos altares por Pio XII, em 1954, seja o grande intercessor junto à Virgem Santíssima e a seu Divino Filho, de todos os católicos que lutam, em nossos dias, para permanecerem fiéis à Santa Igreja e à sua verdadeira doutrina.
O Santo Pontífice, que soube tão bem desmascarar e condenar o modernismo, certamente obterá abundantes graças para os fiéis de nossa época –– muito pior do que a daquela heresia. Sim, da trágica era em que vivemos, na qual, segundo expressões de Paulo VI, tem curso um misterioso processo de “autodemolição da Igreja”, tendo nEla penetrado a fumaça de Satanás”.

NOTAS

1 Cardeal Merry dei Vai, Memories of Pope Pius X, Burns Oates & Washbourne Ltd., Londres, 1939, pp. 9-10.
2. Abbé de Cigala, Vie Intime de Sa Saintité lPape Pie X, Lethielleux Editeurs, Paris, 1926, p. IX.
3. Lettre Pastorale et Mandement de Câreme de 1915, apud Merry del Val, op. cit, p. 29.
4. Merry del Val, op. cit, p. 12.

5. Breve por ocasião da Beatificação de Pio X, Documentos Pontifícios, n° 83, Vozes, 1958,2ª edição.
6. Documents relatifs au mouvement cathólique italien sous le pontificat de St. Pie X, apud Gianpaolo Romanato, Pio X: Profilo Storico, in Sulle Orme di Pio X,  Amministrazione Comunale di Salzano, 1986, p. 19.
7. Doc. cit, apud Merry del Val, op. cit, p. 27.

8. Encíclica E supremi Apostolatus, Vozes, Petrópolis, Documentos Pontifícios, nº 87, 1958,2ª edição.
9. René Bazin, da Academia Francesa, Pie X, Flammarion, Editeur, Paris, 1928, p. 65.
10. D. Benedetto Pierami, apud René Bazin, op. cit, p. 66.

11. Notre Charge Apostolique (Sobre os erros do Sillon), Vozes, Petrópolis, Doc. Pontifícios, nº 53, 1953,2ª edição.


domingo, 27 de julho de 2014

2º VIDEO DO APOSTOLADO:ALGUMAS EXPLICAÇÕES SOBRE O APOSTOLADO DEFESA CATÓLICA.


Prezados Irmãos e Irmãs,Salve Maria!

Em mais este Vídeo ,estarei desta vez,explicando para nossos irmãos e irmãs do Apostolado Defesa Católica,sobre algumas questões referentes ao Nosso Apostolado.


Vale a pena conferir! Espero que gostem e que Deus os abençoe.


Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA-COORDENADOR



domingo, 20 de julho de 2014

VIDA DE SANTOS: CONVERSÃO DE SÃO PAULO UM DOS MAIORES ACONTECIMENTOS NA HISTÓRIA DA IGREJA

De nenhum dos grandes santos penitentes a Igreja celebra a conversão como a de São Paulo. E uma das razões é a excelência de toda s as virtudes que Nosso Senhor comunicou-lhe.



Plinio Maria Solimeo
Um dos maiores santos do firmamento católico, São Paulo, nos diz que era judeu, nascido na “ilustre” Tarso, na Cilícia, Ásia (At 21, 39), de pai cidadão romano (At 22, 26-28), de uma família na qual a pureza de consciência era hereditária (II Tim, 1, 3), muito apegada às tradições e observâncias dos fariseus (Fil. 3, 5-6). Como pertencia à tribo de Benjamim, foi-lhe dado o nome de Saul (Saulo), muito comum nessa tribo em memória do primeiro rei dos judeus.
Como todo judeu respeitável tinha que ensinar a seu filho uma profissão, o jovem Saulo aprendeu a tecer os fios dos quais eram feitas as tendas e a confeccioná-las, o que lhe seria de muita utilidade no futuro. Ainda muito jovem foi enviado a Jerusalém para receber educação na escola de Gamaliel.
Ao contrário do que muitos imaginam, o grande São Paulo era de pequena estatura, calvo, de fraca voz e má saúde. Por isso, não impressionava à primeira vista. Entretanto, a alma que movia esse corpo frágil era toda de fogo, e praticamente não encontra paralelo não só nos primeiros tempos do Cristianismo, mas em toda sua história.
De perseguidor a Apóstolo de Cristo
Igreja-museu de São Paulo em Tarso

Formado na tradição dos fariseus, que exageravam o cumprimento das exterioridades da lei, seu fanatismo ardente, que nada podia moderar, iria se chocar contra o Cristianismo nascente. A doutrina deste, dotada de força e vida, ameaçava tudo conquistar para Cristo, o que preocupava muito a Saulo. Diante dessa marcha conquistadora, ele não hesitava em opor-se com todas suas forças e até pela violência, conforme narram os Atos dos Apóstolos (9, 1-2): “Respirando ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos a Jerusalém quantos achasse desta doutrina, homens e mulheres”. A isso comenta São João Crisóstomo: “Que males não havia feito? Havia enchido de sangue Jerusalém, matado os fiéis, afligido a Igreja, perseguido os Apóstolos, apedrejado Estêvão, e não perdoando a homem nem mulher, porque não se contentava com levá-los aos tribunais e acusá-los ante os juízes, senão que os buscava em suas casas, tirando-os delas; e, como uma fera, os arrebatava”.(1)
“Saulo, Saulo, por que me persegues?”
Entretanto, no caminho de Damasco o Senhor o esperava. “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Ele caiu do cavalo diante da fulgurante luz. “Coisa maravilhosa é considerar que, tendo sido toda a vida de Cristo, nosso Redentor, semeada de trabalhos, perseguições e penas, e sua sagrada paixão cheia de tantas e tão inexprimíveis afrontas e tormentos, nunca o Senhor se queixou nem abriu a boca para dizer: ‘Por que me persegues?’... E agora, com voz portentosa e sonora, diz a Saulo: ‘Por que me persegues?’. Como podia Saulo perseguir a Vós, Senhor, sendo ele um pouco de pó, e vós o Rei da glória, estando ele na Terra e vós no Céu? Mas, porque Saulo perseguia os membros de Cristo, nossa cabeça, Ele tomava por próprias as injúrias que contra seus membros se faziam”.(2)
“Senhor, que quereis que eu faça?” Era a coerência falando. Se Aquele que lhe aparecia era o próprio Cristo, Filho de Deus, Saulo deveria, em vez de perseguir seus discípulos, entregar-se inteiramente e de vez a seu serviço.
Os teólogos asseguram que uma conversão é obra mais maravilhosa que a ressurreição dos mortos. Assim, a conversão de São Paulo constituiu fato maior e mais notável que a ressurreição de Lázaro, encerrado havia quatro dias no sepulcro, e já cheirando mal.
Para Santo Agostinho, se a ressurreição de um morto e a conversão de um pecador são obras de igual poder, a conversão é obra de maior misericórdia.
Se isso se pode dizer de qualquer conversão, mais se pode dizer da de São Paulo. “Com efeito, se todas as outras são milagrosas, estando elevadas acima da ordem da natureza, esta o é na mesma ordem da graça, sendo como um milagre estabelecido sobre outros milagres. O que parecerá evidente, tanto se se consideram os efeitos que produziu, quanto os grandes frutos que a Igreja dela tirou”.(3)
Realmente, vemos nessa conversão uma circunstância inteiramente milagrosa, pois é milagre na ordem da graça que uma alma tão carregada de pecados, e com disposições totalmente contrárias a ela, se converta assim inopinadamente, sem ter sido preparada antes por atos opostos a esses maus hábitos e a essas disposições perniciosas.
A conversão de São Paulo foi também um “prodigioso acontecimento, de incalculável importância, sem o qual todo o futuro do Cristianismo teria mudado de feição. [...] A transformação foi nele radical e completa. O que havia odiado, passa, da noite para o dia, a adorar; e a causa que combateu com toda a violência vai, igualmente com toda a violência, servi-la de futuro. Num segundo, e na pista do deserto, Deus vencera o adversário e o ligara a Si, para todo o sempre”.(4)
“Sede meus imitadores como eu o sou de Cristo”
Os teólogos asseguram que uma conversão é obra mais maravilhosa que a ressurreição dos mortos

Quando Ananias, por ordem do Senhor, foi ver Saulo para restituir-lhe a vista, conferiu-lhe também os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Ordem.
“Convertido, instruído, consagrado, regenerado pelas águas do Batismo, o ilustre neófito tinha tudo o que era necessário para tornar-se o instrumento de grandes desígnios: a difusão da Fé no mundo inteiro, tal é o programa cuja execução lhe foi confiada por seu novo mestre”. Entretanto, “a essa natureza ardente era necessário, antes de percorrer sem parar sua nova carreira apostólica, uma estadia na solidão. O deserto atrai as grandes almas. Saulo permaneceu três anos em retiro, dispondo-se pela oração, meditação, recolhimento e penitência a preencher a missão à qual Deus o chamava”.(5)
Arrebatado ao terceiro Céu, viu com os olhos da alma tudo o que Cristo havia padecido e obrado na Terra e os íntimos pensamentos, dores, afetos e desejos de seu amantíssimo Coração. Acima de tudo, foi ele instruído diretamente pelo próprio Nosso Senhor, pelo que pôde afirmar: “O Evangelho que preguei não é coisa de homens; pois não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo”. Depois de ter sido arrebatado aos céus, passou a viver somente em função da vida futura: “Nossa conversação está no Céu, e minha vida é Cristo; e morrer por Ele é lucro para mim”, pois “vivo, mas não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim”.
E transformou-se logo num dos maiores pregadores do Evangelho: “Quem imitou mais a Jesus Cristo que o mesmo São Paulo, que se propõe como exemplo e nos exorta a que o imitemos porque é imitador de Cristo? Quem seguiu mais a Cristo crucificado que o mesmo São Paulo, que diz que estava crucificado com Cristo na cruz, e que toda sua glória era a cruz de Cristo? E que não sabia outra coisa, senão a Cristo crucificado? Que em seu corpo trazia impressos os estigmas, sinais e chagas do Senhor Jesus Cristo, e dizia que todo seu gozo e triunfo era ver-se algemado e carregado de cadeias por Ele? Quem poderá, ainda que tenha língua de anjo, explicar as virtudes de São Paulo e o muito que Deus lhe deu nesta conversão?”.(6)
Levou o nome de Cristo por todas as nações da Terra
São Paulo arrebatado em êxtase - (O Arrebatamento de São Paulo – Nicolas Poussin (1649-1650) – Museu do Louvre, Paris)

Por isso sua doutrina está excelentemente acima da de todos os demais, e seu espírito tão acima, que não encontra paralelo entre os homens. Ele é “o lavrador que cultiva o campo da Igreja; ou o arquiteto, que a edifica; ou o médico, que a cura; ou o soldado, que a defende; ou o doutor, que a ensina; ou o pai, que a engendra; ou a ama, que lhe dá o peito e a cria com seu leite; ou o juiz severo, que repreende e castiga; ou a mãe piedosa, que afaga e regala; e não há estado na Igreja que nas epístolas de São Paulo não tenha seu particular ensinamento e doutrina”. Por isso “a Santa Igreja diz que Deus ensinou todo o mundo por São Paulo, e o chama doutor das gentes, e por excelência o apóstolo; porque, entre todos os apóstolos, mais se esmerou, mais trabalhou e mais proveito fez com sua pregação e com as 14 epístolas que escreveu”.(7)
Parte da epopéia apostólica do Apóstolo dos Gentiospode ser lida nos Atos dos Apóstolos, em que se vê “no meio de tantos trabalhos São Paulo, sempre o mesmo, sempre mais e mais abrasado no amor de Jesus Cristo, sempre mais e mais zeloso de levar seu santo nome por todas as nações da terra! Causa assombro considerar as cidades, as províncias, os reinos e os vastos domínios que percorreu este grande apóstolo, anunciando o Evangelho em todos eles”.(8)
Durante sua carreira apostólica, São Paulo foi flagelado, encadeado e lançado sete vezes na prisão; três vezes sofreu o naufrágio, e numa delas só se salvou agarrado a um destroço do navio durante um dia e uma noite. Várias vezes teve que fugir perseguido pelos judeus, sofreu fome e sede por amor de Cristo.
Culminando sua prodigiosa vida pelo gládio, pôde afirmar: “Combati o bom combate, percorri a carreira inteira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça que me dará o Senhor, justo Juiz, naquele dia” (II Tim, 4, 7-8).

FONTE:http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?idmat=D0ACFD53-3048-560B-1CFA2AD96F975FC8&mes=Janeiro2007

domingo, 13 de julho de 2014

RESPOSTAS CATÓLICAS: Na teologia católica, alguém além de Deus é dotado da onisciência e onipresença? E com relação à intersessão dos santos? se várias pessoas ao redor do mundo fizerem oração para o mesmo "santo" ao mesmo tempo, como ele sabe?


Prezado Irmão,Salve Maria!

Respondendo a primeira pergunta de nosso irmão internauta a resposta é Não.

Já com relação á segunda os  santos não precisam ser oniscientes, onipresentes e onipotentes para atender às nossas orações. Pois eles vivem (atualmente, apenas as suas almas, uma vez que a ressurreição dos corpos se dará somente no fim do mundo, exceção feita de Nosso Senhor e Nossa Senhora) na presença de Deus altíssimo, e n'Ele vêem todas as coisas que Deus quer que eles vejam. Para isso, suas almas foram dotadas, pelo poder de Deus, de uma potência superior, chamada visão beatífica, de que as almas humanas aqui na Terra não desfrutam. E, na luz da visão beatífica, têm conhecimento de todas as orações que os homens fazem na terra, pedindo sua intercessão junto a Deus.
Como isto é possível, uma vez que provavelmente várias pessoas estarão, ao mesmo tempo, recorrendo à sua intercessão, nas mais diversas partes do mundo? Aqui entra a incapacidade da compreensão humana de entender a correlação tempo/eternidade.
Em outras palavras, é para nós, na atual condição aqui na Terra, um mistério que escapa à nossa compreensão. Somente no Céu entenderemos como isso se passa, quando também nós sendo salvos alcançarmos, pela graça de Deus, a visão beatífica. E, assim mesmo, avisão beatífica, embora implique na capacidade de ver Deus face a face, como nos ensina a teologia católica, não significa que nossa inteligência conseguirá abarcar todo o mistério da divindade. Assim, no Céu, nunca ficaremos entediados, pois, de um lado, sempre descobriremos coisas novas em Deus e, de outro lado, qualquer aspecto de Deus que contemplarmos será suficiente para nos extasiar por toda a eternidade!...
Por isso dizia São Paulo: “O olho não viu, nem o ouvido ouviu, nem entrou no coração do homem o que Deus preparou para aqueles que o amam” (I Cor 2,9).

São Paulo também nos ensina que a  Igreja é o corpo de Cristo.Desta forma,os que estão unidos á Cristo através de seu ingresso na Igreja,são membros de seu corpo,Isso quer dizer  que tantos nós que estamos na terra,quanto os que já morreram na amizade do Senhor,todos somos membros do Corpo Mistico de Cristo,onde ele é a cabeça.

Isso quer dizer que nós e os santos(que estão na presença de Deus) estamos ligados,pois somos membros de um mesmo corpo,o corpo de Cristo que é a Igreja:

“Ele é a cabeça do corpo,da igreja”(Col 1,18)

Se quiser saber mais sobre o assunto: “Intercessão dos Santos” basta acessar o link abaixo de nosso blog,aonde respondi no ano passado também sobre este assunto:


Espero ter ajudado e qualquer dúvida nos escreva:

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA