sábado, 31 de dezembro de 2022

IGREJA: CNBB PUBLICA NOTA E DESTACA BENTO XVI COMO UM PASTOR E TEÓLOGO QUE BUSCOU CONCILIAR FÉ E RAZÃO, A JUSTIÇA E A CARIDADE




Nota de pesar e esperança da CNBB

 

“Eu sou a Ressurreição e a Vida!” (Jo. 11,25)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil agradece ao Bom Deus pela vida, o testemunho e os ensinamentos do Papa Bento XVI.

Como teólogo, bispo e Papa, ele nos deixou um grande legado, onde se destacam o amor pela Igreja e a preocupação pelos rumos do mundo. Em seu pontificado, escreveu três encíclicas para as quais somos convidados a nos voltar com dedicação ainda maior, não apenas em razão de sua morte, mas acima de tudo pela mensagem que estas cartas nos trazem.

No Natal de 2005, na encíclica Deus é Amor, conclamou o mundo a contemplar Jesus Cristo e reconhecer o amor como o grande critério a julgar todas as relações, gerando solidariedade, caridade e fraternidade.

Recordou-nos, em 2007, que este amor é fonte de esperança: “graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente, o qual, embora custoso, pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho”.

Falando sobre o desenvolvimento humano integral, em 2009, lembrou-nos que este só efetivamente acontece quando construído na caridade e na verdade. Por isso, destacou, que “defender a verdade, propô-la com humildade e convicção e testemunhá-la na vida são formas exigentes e imprescindíveis de caridade”.

Bento XVI foi um pastor e teólogo. Na vida buscou conciliar fé e razão, justiça e caridade, temas recorrentes do seu magistério. Com a renúncia, trilhou o caminho da humildade e na emeritude ensinou a como nos preparar para o encontro definitivo com o Senhor.

Às portas de celebrarmos a Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria, e mais um dia de oração e compromisso pela paz, a CNBB pede que o Deus da Vida acolha o Papa Bento XVI em Sua paz e dê ao mundo a graça de incansavelmente trabalhar pela união, a paz e o bem comum.

Brasília-DF, 31 de dezembro de 2022

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

FONTE: https://www.cnbb.org.br/cnbb-publica-nota-e-destaca-bento-xvi-como-um-pastor-e-teologo-que-buscou-conciliar-fe-e-razao-a-justica-e-a-caridade/

domingo, 25 de dezembro de 2022

IGREJA: MENSAGEM URBI ET ORBI DO PAPA FRANCISCO NATAL 2022

 



Domingo, 25 de dezembro de 2022

Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, feliz Natal!

Que o Senhor Jesus, nascido da Virgem Maria, traga a todos vós o amor de Deus, fonte de confiança e esperança, juntamente com o dom da paz, que os anjos anunciaram aos pastores de Belém: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14).

Neste dia de festa, voltemos o olhar para Belém. O Senhor vem ao mundo numa gruta e é recostado numa manjedoura para os animais, porque os seus pais não conseguiram encontrar hospedagem, apesar de estar quase na hora de Maria dar à luz. Vem entre nós no silêncio e escuridão da noite, porque o Verbo de Deus não precisa de holofotes nem do clamor das vozes humanas. Ele mesmo é a Palavra que dá sentido à existência. Ele é a luz que ilumina o caminho. «O Verbo era a Luz verdadeira que, ao vir ao mundo – diz o Evangelho –, a todo o homem ilumina» (Jo 1, 9).

Jesus nasce no meio de nós, é Deus-connosco. Vem para acompanhar a nossa vida quotidiana, partilhar tudo connosco, alegrias e amarguras, esperanças e inquietações. Vem como menino indefeso. Nasce ao frio, pobre entre os pobres. Carecido de tudo, bate à porta do nosso coração para encontrar calor e abrigo.

Como os pastores de Belém, deixemo-nos envolver pela luz e saiamos para ver o sinal que Deus nos deu. Vençamos o torpor do sono espiritual e as falsas imagens da festa que fazem esquecer Quem é o Festejado. Saiamos do tumulto que anestesia o coração induzindo-nos mais a preparar ornamentações e prendas do que a contemplar o Evento: o Filho de Deus nascido para nós.

Irmãos, irmãs, voltemo-nos para Belém, onde ressoa o primeiro choro do Príncipe da paz. Sim, porque Ele mesmo – Jesus – é a nossa paz: aquela paz que o mundo não se pode dar a si mesmo e Deus Pai concedeu-a à humanidade enviando o seu Filho ao mundo. São Leão Magno tem uma frase que, na sua concisão latina, bem resume a mensagem deste dia: «Natalis Domini, Natalis est pacis – o Natal do Senhor é o Natal da paz» (Sermão 26, 5).

Jesus Cristo é também o caminho da paz. Com a sua encarnação, paixão, morte e ressurreição, abriu a passagem de um mundo fechado, oprimido pelas trevas da inimizade e da guerra, para um mundo aberto, livre para viver na fraternidade e na paz. Irmãos e irmãs, sigamos este caminho! Mas, para o podermos fazer, para sermos capazes de seguir os passos de Jesus, devemos despojar-nos dos pesos que nos enredam e bloqueiam.

E quais são esses pesos? Que vem a ser este entulho que nos sobrecarrega? Trata-se das mesmas paixões negativas que impediram o rei Herodes e a sua corte de reconhecer e acolher o nascimento de Jesus, isto é, o apego ao poder e ao dinheiro, o orgulho, a hipocrisia, a mentira. Estes pesos impedem de ir a Belém, excluem da graça do Natal e fecham o acesso ao caminho da paz. Na realidade, é com tristeza que devemos constatar como, enquanto nos é dado o Príncipe da paz, ventos de guerra continuam a soprar, gelados, sobre a humanidade.

Se queremos que seja Natal, o Natal de Jesus e da paz, voltemos o olhar para Belém e fixemo-lo no rosto do Menino que nasceu para nós! E, naquele rostinho inocente, reconheçamos o das crianças que, em todas as partes do mundo, anseiam pela paz.

O nosso olhar se encha com os rostos dos irmãos e irmãs ucranianos que vivem este Natal na escuridão, ao frio ou longe das suas casas, devido à destruição causada por dez meses de guerra. O Senhor nos torne disponíveis e prontos para gestos concretos de solidariedade a fim de ajudar todos os que sofrem, e ilumine as mentes de quantos têm o poder de fazer calar as armas e pôr termo imediato a esta guerra insensata! Infelizmente, prefere-se ouvir outras razões, ditadas pelas lógicas do mundo. Mas a voz do Menino, quem a escuta?

O nosso tempo vive uma grave carestia de paz também noutras regiões, noutros teatros desta terceira guerra mundial. Pensamos na Síria, ainda martirizada por um conflito que passou para segundo plano, mas não terminou; e pensamos na Terra Santa, onde nos últimos meses aumentaram as violências e os confrontos, com mortos e feridos. Supliquemos ao Senhor para que lá, na terra que O viu nascer, retomem o diálogo e a aposta na confiança mútua entre palestinenses e israelitas. Jesus Menino ampare as comunidades cristãs que vivem em todo o Médio Oriente, para que se possa viver, em cada um daqueles países, a beleza da convivência fraterna entre pessoas que pertencem a crenças diferentes. De modo particular ajude o Líbano para que possa, finalmente, erguer-se com o apoio da Comunidade Internacional e com a força da fraternidade e da solidariedade. A luz de Cristo ilumine a região do Sahel, onde a convivência pacífica entre povos e tradições é transtornada por confrontos e violências. Encaminhe para uma trégua duradoura no Iémen e para a reconciliação no Myanmar e no Irão, para que cesse completamente o derramamento de sangue. E, no continente americano, inspire as autoridades políticas e todas as pessoas de boa vontade a trabalharem para pacificar as tensões políticas e sociais que afetam vários países; penso de modo particularna população haitiana, que está a sofrer há tanto tempo.

Neste dia, em que sabe bem encontrar-se ao redor da mesa recheada, não desviemos o olhar de Belém – que significa «casa do pão» – e pensemos nas pessoas que padecem fome, sobretudo as crianças, enquanto diariamente se desperdiçam quantidades imensas de alimentos e se gastam tantos recursos em armas. A guerra na Ucrânia agravou ainda mais a situação, deixando populações inteiras em risco de carestia, especialmente no Afeganistão e nos países do Corno de África. Toda a guerra – bem o sabemos – provoca fome e serve-se do próprio alimento como arma, ao impedir a sua distribuição às populações já atribuladas. Neste dia, aprendendo com o Príncipe da paz, empenhemo-nos todos – a começar pelos que têm responsabilidades políticas – para que o alimento seja só instrumento de paz. Enquanto saboreamos a alegria de nos reunirmos com os nossos, pensemos nas famílias mais atribuladas pela vida e naquelas que, neste tempo de crise económica, atravessam dificuldades por causa do desemprego e carecem do necessário para viver.

Queridos irmãos e irmãs, hoje como há dois mil anos Jesus, a luz verdadeira, vem a um mundo achacado de indiferença – uma feia doença! – que não O acolhe (cf. Jo 1, 11); antes, rejeita-O como acontece a muitos estrangeiros, ou ignora-O como fazemos nós muitas vezes com os pobres. Hoje não nos esqueçamos dos numerosos deslocados e refugiados que batem à nossa porta à procura de conforto, calor e alimento. Não nos esqueçamos dos marginalizados, das pessoas sós, dos órfãos e dos idosos – a sabedoria dum povo – que correm o risco de acabar descartados, dos presos que olhamos apenas sob o prisma dos seus erros e não como seres humanos.

Irmãos e irmãs, Belém mostra-nos a simplicidade de Deus, que Se revela, não aos sábios e entendidos, mas aos pequeninos, a quantos têm o coração puro e aberto (cf. Mt 11, 25). Como os pastores, vamos também nós sem demora e deixemo-nos maravilhar pelo Evento incrível de Deus que Se faz homem para nossa salvação. Aquele que é fonte de todo o bem faz-Se pobre [1] e pede de esmola a nossa pobre humanidade. Deixemo-nos comover pelo amor de Deus e sigamos Jesus, que Se despojou da sua glória para nos tornar participantes da sua plenitude. [2]

Feliz Natal para todos!

Fonte: Natal do Senhor - Bênção "Urbi et Orbi" - Atividade do Santo Padre Francisco | Vatican.va

OBS: Os Grifos são meus

domingo, 18 de dezembro de 2022

COMENTÁRIOS: MENSAGEM DE NATAL E ANO NOVO DOS AMIGOS E AMIGAS DE QUALIDADE


Prezados Amigos e Amigas, Salve Maria.

Hoje, estarei postando algumas fotos, vídeos, e Mensagens de Natal de Nossos Amigos e Amigas de Qualidade.

Vamos conferir?



Foto+Mensagem de Nossa Amiga e Irmã Vera Lúcia.



Nasceu o nosso Salvador

 

"Natal é tempo de paz e alegria é tempo de meditar o Nascimento e a vida daquele que é o essencial Jesus Cristo o filho de Deus que veio para nos salvar. Nascido da virgem Maria cheia de graça e sobre os cuidados de São José o Salvador nasceu em meio a simplicidade nos dando o testemunho que o seu Reino não é como os reinos do mundo cheio de riquezas Ouro e muitos privilégios...embora faltando muitas coisas não faltou o mais importante *o amor!*.Deus vem habitar em meio a nós! Vem nos mostrar o verdadeiro valor de nossas vidas e as verdadeiras riquezas. Que nesse Natal a luz de Cristo na manjedoura ilumine e aqueça nossos corações para podermos trilhar nossos passos cada vez mais para sua direção. Desejo a todos irmãos e irmãs um feliz Natal e um próspero ano Novo!"

Esta foi a foto+a mensagem de Nosso Amigo e Irmão, José Luis.



Este foi o vídeo, bem criativo, e ilustrativo de Nossa Amiga e Irmã Luci!



Este foi o vídeo, bem criativo, e ilustrativo e musical, de Nossa Amigo Amigo Cleberson. 




E para encerrar, Este foi o vídeo o qual eu gravei como Mensagem de Natal, para os Nossos Amigos e Amigas de Qualidade.


Que a graça do Menino Jesus chegue a todos os lares, proporcionando uma verdadeira abertura dos corações à fé e à Verdade Divina.


EDGAR LEANDRO DA SILVA-COORDENADOR

domingo, 11 de dezembro de 2022

VÍDEO DO APOSTOLADO: BALANÇO DO APOSTOLADO DEFESA CATÓLICA 2022

 


Caros Amigos e Amigas, Salve Maria.

 

No Vídeo abaixo, eu faço um pequeno balanço de Nosso Apostolado Defesa Católica 2022, e o que poderá vir em 2023.

 

Confiram!




domingo, 4 de dezembro de 2022

RESPOSTAS CATÓLICAS:”... O que você acha sobre doação de orgãos após a morte? O que você acha sobre isso? A sua opinião particular, e tua opinião sobre a que a bíblia fala sobre isso? Você acha isso errado? Dó pó vimos e do pó voltaremos? E aí o que você acha sobre isso sobre doação de orgãos após a morte?”

 





Prezado Paulo, Salve Maria.


Obrigado por mais uma de suas perguntas, e por sua confiança em humilde Apostolado.

 

*Particularmente,* Eu sou sim a favor a doação de orgãos! Inclusive já avisei a minha família, que em caso de minha morte cerebral, pode sim doar todos os meus orgãos, porque  afinal , o que vai interessar para Deus no momento de minha morte, é a minha alma, não o meu corpo!

 

Pelo que eu saiba, a bíblia sagrada não fala nada a respeito deste tema. Porém, você como Católico, poderia questionar *o que a Igreja Católica ensina a este respeito.*  Lembre-se que *a Bíblia é a filha da Igreja!* Mas,  sobre este assunto, a mesma *ensina no Catecismo, nº2296*, o seguinte:

 

“A transplantação de órgãos é conforme à lei moral se os perigos e riscos físicos e psíquicos, em que o doador incorre, forem proporcionados ao bem que se procura em favor do destinatário. A doação de órgãos após a morte é um acto nobre e meritório e deve ser encorajado como uma manifestação de generosa solidariedade”

 

Justamente por ser um ato nobre e meritório, ou seja, decorrente da virtude da caridade, ela precisa ser livre e consciente, pois não há verdadeira doação de si sem plena liberdade, sem completa disposição de si mesmo. Por isso o Catecismo esclarece ainda que a doção torna-se moralmente inaceitável “Se o doador ou os seus representantes não lhes tiverem dado o seu consentimento expresso”.

 

Também está claro, ademais que é “moralmente inadmissível provocar diretamente a mutilação que leve a invalidez ou á morte de um ser humano, ainda que isso se faça para retardar a morte de outras pessoas”. Em outras palavras, é imoral assassinar ou abreviar a vida de outrem com o fim de aproveitar-se de seus orgãos em beneficio de terceiros, por mais necessitados que estejam de um transplante.

 

Essas são as linhas gerais do ensinamento da Igreja a esse respeito.

 

“A doação de órgãos feita segundo formas eticamente aceitáveis”, como disse com grande lucidez o Papa São João Paulo II. “merece particular apreço”, na medida em que permite oferecer “uma possibilidade de saúde e até de vida e doentes por vezes já sem esperança”. Por essas razões, a técnica do transplante de órgãos deve estar a serviço da vida humana, respeitando a integridade e a dignidade tanto do doador como do donatário, cujos corpos estão nas mãos bondosas do único que é o Senhor da vida e da morte.

 

É importante lembrar que o transplante de orgãos, é um ato de doação, de maneira que o comércio de órgãos(que existe infelizmente) ou membros do corpo humano é algo gravemente imoral e indigno. Doar, com efeito, é dar algo de si. Quem doa, não se desfaz de uma “Propriedade”, de uma coisa “anexada” ao cropo, mas dispõe de uma parte constitutiva de sua integridade psíquica e orgânica.

 

Espero ter ajudado,

 

Ad Majorem Dei Gloriam,

 

EDGAR LEANDRO DA SILVA


FONTE: João Paulo II, Encíclica “Evangelium vitæ”, de 25 mar. 1995, n. 86 (AAS 87 [1995] 498).

 

*P.S Esta resposta poderá ser alterada*