domingo, 7 de setembro de 2025

SAGRADA ESCRITURA: O LIVRO DO GÊNESIS E AS DUAS NARRATIVAS SOBRE A CRIAÇÃO

 



Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria.


Dando inicio a este mês da Bíblia, neste ano o nosso Apostolado irá abordar a respeito do Livro do Gênesis, o primeiro livro da Bíblia Sagrada.

A Palavra Gênesis vem do grego (génesis – γένεσις), que significa origem, nascimento, princípio ou começo.

E para começar, iremos abordar neste artigo, um pouco a respeito das duas narrativas que contém neste livro sobre a Criação.

A Igreja Católica compreende as duas narrativas da criação (Gn 1,1–2,4a e Gn 2,4b–25) como relatos complementares, inspirados e reveladores da verdade divina, ainda que não apresentados como textos científicos, e sim simbólicos e teológicos.

Essas narrativas revelam, respectivamente, a dimensão objetiva do homem e a sua subjetividade aprofundada, conforme exposto na Teologia do Corpo de São João Paulo II.

As Duas Narrativas da Criação

Primeira narrativa (Gn 1,1–2,4a)

·   Apresenta a criação em seis dias e o descanso no sétimo.

·    Destaca Deus como Elohim, criador ordenado e majestoso.

·     Revela uma definição “objetiva” do ser humano — imagem e semelhança de Deus — exercendo responsabilidade sobre a criação.

Segunda narrativa (Gn 2,4b–25)

·         Apresenta uma criação moldada, onde Javé forma o homem do barro e lhe infunde o sopro vital.   

·         Dá ênfase à subjetividade humana: consciência, relações e liberdade moral.

3. Integração Teológica

·         Segundo São João Paulo II, a primeira narrativa revela a vocação objetiva do homem (criado homem e mulher), enquanto a segunda ilumina a realidade subjetiva: relacionamento, liberdade e comunhão.          

·         A leitura católica destaca que ambos os relatos, embora literariamente distintos, não se contradizem, mas se complementam, revelando a profundidade da dignidade humana, desde sua origem divina até sua estrutura relacional.

4. Contexto Catequético e Pedagógico

·         A abordagem católica, especialmente na catequese, aproveita esses relatos para promover o cuidado com a criação, o valor da dignidade humana e o fundamento da esperança messiânica.   

·         Na catequese popular, costuma-se explicar que o Gênesis não tem o objetivo de narrar “como”, mas revelar “por quê” da criação — o propósito divino e o chamado humano.

·         5. A Arte como Expressão da Fé

A arte cristã, especialmente na tradição católica, tem sido veículo de teologia visual. O afresco “A Criação de Adão”, de Michelangelo, traduz poeticamente o instante em que Deus comunica a vida ao homem — capturando, com grande força simbólica, a união entre o divino e o humano!

 O Gênesis, conforme interpretado pela Igreja Católica, oferece uma rica e complementar visão da criação: a ordem objetiva e majestosa de Deus e a profundidade subjetiva da experiência humana. Esses relatos iluminam nossa vocação de viver como imagem de Deus e em comunhão recíproca. A arte, como “A Criação de Adão”, expande essa mensagem, tornando-a visível e contemplável.

Na Próxima semana, estaremos abordando a respeito do Pecado Original.

 

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA-COORDENADOR


FONTES: CATEQUISTAS EM FORMAÇÃO: POR ONDE COMEÇO? Gênesis ou os Evangelhos?

Segunda Catequese da Teologia do Corpo do Papa João Paulo II

A Criação :: Catequese são miguel Arcanjo


IGREJA: Leão XIV proclama santos Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati

 


O papa Leão XIV proclamou hoje (7) os italianos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis santos da Igreja, decretando sua veneração entre os fiéis.

As canonizações dos novos santos, promulgadas diante de uma multidão de milhares na Praça de São Pedro, foram as primeiras do pontificado de Leão XIV.

A congregação de fiéis, entre os quais estavam a família de Acutis, aplaudiu quando o papa Leão XIV pronunciou o rito de canonização e declarou os dois padroeiros dos jovens os mais novos santos da Igreja.

Na homilia, o papa falou sobre uma passagem do livro bíblico da Sabedoria, que foi lida pelo irmão mais novo de Acutis, Michele, na celebração da missa.

“[Senhor], quem teria aprendido o Teu conselho, se não me deste sabedoria e enviaste do alto o teu Santo Espírito?”, disse Leão XIV, citando a passagem do Antigo Testamento. “Essa pergunta surge depois de dois jovens beatos, Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis, terem sido proclamados santos”.

“Isso é providencial porque, no Livro da Sabedoria, essa pergunta é atribuída justamente a um jovem como eles: o rei Salomão", disse também o papa. "Ele, com a morte de Davi, seu pai, percebeu que tinha muitas coisas: poder, riqueza, saúde, juventude, beleza e realeza”.

Leão XIV falou longamente sobre os dois novos santos em sua homilia, afastando-se da prática de seu antecessor. O papa Francisco normalmente falava pouco nessas ocasiões sobre as pessoas que acabara de canonizar.

Assim como Salomão, disse Leão XIV, os novos santos Carlo e Pier Giorgio entenderam que a amizade com Jesus e seguir fielmente “os projetos de Deus” são maiores do que qualquer outra busca mundana.

Deus “convida-nos a aderir sem hesitação à aventura que Ele nos propõe, com a inteligência e a força que vêm do seu Espírito”, disse hoje o papa.

“Podemos acolher na medida em que nos despojamos de nós mesmos, das coisas e ideias às quais estamos apegados, para nos colocarmos à escuta da sua palavra”, disse também ele.

O papa também falou de outros jovens santos ao longo da história, como são Francisco de Assis, que viram que era sábio preferir o amor a Deus e aos outros às riquezas.

“Hoje olhamos para são Pier Giorgio Frassati e são Carlo Acutis: um jovem do início do século XX e um adolescente dos nossos dias, ambos apaixonados por Jesus e prontos a dar tudo por Ele”, disse ele.

“Queridos, os santos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis são um convite dirigido a todos nós – especialmente aos jovens – a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para cima e a fazer dela uma obra-prima”, disse também Leão XIV.

Falando sobre a “fórmula vencedora” deles para a santidade, o papa falou sobre as circunstâncias comuns pelas quais eles dedicaram suas vidas a Deus.

“Pier Giorgio encontrou o Senhor através da escola e dos grupos eclesiais – a Ação Católica, as Conferências Vicentinas, a FUCI, a Ordem Terceira Dominicana – e testemunhou-O com a sua alegria de viver e de ser cristão na oração, na amizade, na caridade”, disse ele.

“Carlo, por sua vez, encontrou Jesus na família, graças aos seus pais, Andrea e Antonia – presentes aqui hoje com os dois irmãos, Francesca e Michele –, depois também na escola, e sobretudo nos sacramentos, celebrados na comunidade paroquial”, disse também Leão XIV.

Segundo o papa, os dois santos italianos cultivaram seu amor a Deus e aos irmãos por meio de “atos simples” de “missa diária, oração e, especialmente, adoração eucarística”, que estão disponíveis a todos os fiéis.

No fim da missa, que ele concelebrou com cerca de 2 mil outros padres, o papa Leão XIV invocou a intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria pela paz, “especialmente na Terra Santa e na Ucrânia e em todas as outras terras ensanguentadas pela guerra”.

“Convido todas as autoridades a ouvirem e a deporem as armas que levam à destruição e à morte", disse ele. "Elas nunca trazem paz e segurança”.

“Deus não quer a guerra. Deus quer a paz. Deus sustenta aqueles que lutam pela paz e que seguem o caminho do diálogo”, disse o papa antes de conduzir a congregação na oração do Ângelus.

Leão XIV encerrou o evento dando uma volta pela praça de São Pedro em seu papamóvel, acenando para a multidão e parando frequentemente para abençoar bebês entregues a ele por seus guarda-costas.

Uma peregrina presente na praça, a australiana Caroline Khouri, disse à CNA, agência em inglês da EWTN, que a celebração seria algo que ela “lembraria para sempre”.

“A alegria na atmosfera aqui é incrível”, disse ela.


FONTE:Leão XIV proclama santos Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati