domingo, 23 de novembro de 2025

RESPOSTAS CATÓLICAS: “Porque a Igreja Católica segue a regra de 40 dias após a quarta feira de cinzas já que quem determina quando é o carnaval são os homens minha pergunta é esta"

 



Caro Paulo Luiz, Salve Maria!

 

A partir da Quarta feira de Cinzas até a Quinta Feira Santa a Igreja Católica vive o tempo da Quaresma.


A Quaresma é um tempo de jejum e de penitência, instituído pela Igreja e pela Tradição Apostólica(Catecismo Maior de São Pio X,35)

 

O Carnaval tem uma relação com a Igreja Católica porque o mesmo marca praticamente a véspera da quarta- feira de cinzas onde nós começamos a Quaresma.

 

O Carnaval ao contrário do que se pensa,acontece num dia só, na terça feira! (note que normalmente no calendário o mesmo apenas destaca um dia só desta festa!) que antecede a quarta feira de cinzas apenas.


Apesar de terem pessoas que comemoram esta festa, três, quatro dias ou mais, mais o dia do carnaval é apenas um dia.


E o carnaval não é uma festa católica. Era uma festa pagã que os romanos realizavam em fevereiro, as februália.


Como os cristãos iam passar quarenta dias sem comer carne, o nome carnaval se entendeu como “carne vale” vale é uma palavra que em latim significa: “Adeus,até mais” e carne significa carne mesmo(comida)  ou seja os últimos dias em que se podia comer carne,era como se fosse uma despedida  da carne e dos excessos do carnaval antes da quaresma.

A Quaresma foi Instituída a fim de imitarmos, de algum modo, o rigoroso jejum de quarenta dias que Jesus Cristo observou no deserto:


“ Cheio do Espírito Santo, voltou Jesus no Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde foi tentado pelo demônio durante quarenta dias. Durante este tempo ele nada comeu e, terminados este dias, teve fome”(Lc 4,1-2)


 A fim de nos prepararmos, por meio da penitência, para celebrar santamente a festa da Páscoa.


Espero ter ajudado,

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA

domingo, 16 de novembro de 2025

RESPOSTAS CATÓLICAS: “Tudo bem, senhor, você já ouviu falar da organização da irmandade Illuminati antes? Os Illuminati são uma organização de elite de líderes mundiais, autoridades empresariais, inovadores, artistas e outros membros influentes deste planeta. Nossa coalizão une influenciadores de todas as origens políticas, religiosas e geográficas para promover a prosperidade da espécie humana como um todo. Algumas religiões se referem à Luz com um nome, como Deus ou Elohim. O cerne de cada religião se baseia no desejo inato da espécie humana de compreender essa força invisível. Mesmo sem uma afiliação religiosa formal, todo ser humano é naturalmente atraído pela Luz. Membros individuais dos Illuminati aderem a todas as variedades de crenças espirituais pessoais – mas, ao reconhecer que todos os nossos caminhos levam ao mesmo destino, descobrimos que a Luz traz todas as pessoas a uma unidade suprema”

 



 

Prezado Irmão, Salve Maria.  


Sim eu já ouvi falar nos chamados “Illuminati” e é considerado Contraditório com a Fé Católica!


O termo “Illuminati” refere-se originalmente a uma sociedade secreta fundada em 1776, na Baviera, de caráter racionalista e iluminista, que buscava combater a influência da Igreja e das monarquias.


Desde então, o nome passou a estar associado a grupos ou correntes que promovem ideias contrárias à fé cristã, como relativismo religioso, ocultismo, poder secreto e práticas esotéricas.


A Igreja é clara quanto a sociedades secretas (como maçonaria e semelhantes, inclusive grupos ditos “Illuminati”):


O Código de Direito Canônico (Cân. 1374) proíbe a filiação de católicos a associações que maquinam contra a Igreja:


“Quem se inscreve em associação que maquina contra a Igreja deve ser punido com justa pena; quem promove ou dirige tal associação seja punido com interdito.”


Ou seja: se um católico participa de uma organização que conspira contra a Igreja, ele incorre em sanção.


Em diversos documentos (como a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé de 1983), a Igreja reafirma que é incompatível ser católico e, ao mesmo tempo, pertencer a grupos secretos ou ideológicos contrários à fé:


“Permanece inalterado o parecer negativo da Igreja em relação às associações maçônicas, porque seus princípios sempre foram considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja, e, portanto, a inscrição nelas continua proibida. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da sagrada comunhão.”


A Fé Católica se fundamenta na verdade revelada por Deus em Jesus Cristo e vivida em comunhão eclesial.


Já os grupos como os Illuminati se caracterizam por segredo, relativismo, ocultismo e rejeição à autoridade da Igreja!


Isso contradiz princípios como a profissão pública de fé, a clareza na moral e a obediência a Deus e à Igreja!


Eles usam o termo “Luz” como uma energia impessoal ou força cósmica que estaria em todas as religiões.


Para o Catolicismo, a verdadeira Luz é Cristo:


“Eu sou a Luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (João 8,12).


Ou seja, a “Luz” não é uma energia impessoal, mas uma Pessoa Divina: Jesus Cristo, o Filho de Deus.

 

Portanto, para um católico, aderir a tais grupos significa comprometer a fidelidade a Cristo e à Igreja, colocando-se em contradição com a fé professada!

 

Espero ter sido claro,

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA 

P.S: Esta postagem, pode sofrer alteração. 

domingo, 9 de novembro de 2025

RESPOSTAS CATÓLICAS: "A Bíblia diz que Maria teve outros filhos sim e Jesus teve irmãos,por qual motivo que ele não poderia ter irmãos sabe me explicar?"




Salve Maria Sempre Virgem!

 

Obrigado pela sua pergunta.

 

Na verdade, Nossa Senhora não teve outros filhos além do Divino Salvador!

 

Nossa Senhora é a Esposa do Divino Espírito Santo e convinha que Ela permanecesse fiel a Ele por toda a vida!

Na Língua Hebraica, a palavra “Irmãos” pode significar também parentes próximos ou primos.

 

Como é o caso, por exemplo de  Abraão, que era Tio de Lot,, mas chama-o com  designação de irmão (Gen 11,27;13,8)...

 

499. O aprofundamento da fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria (162), mesmo no parto do Filho de Deus feito homem (163). Com efeito, o nascimento de Cristo «não diminuiu, antes consagrou a integridade virginal» da sua Mãe (164).

 

500. A isso objecta-se, por vezes, que a Escritura menciona irmãos e irmãs de Jesus (166). A Igreja entendeu sempre estas passagens como não designando outros filhos da Virgem Maria. Com efeito, Tiago e José, «irmãos de Jesus» (Mt 13, 55), são filhos duma Maria discípula de Cristo (167) designada significativamente como «a outra Maria» (Mt 28, 1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, segundo uma expressão conhecida do Antigo Testamento (168).

 

501. Jesus é o filho único de Maria. Mas a maternidade espiritual de Maria (169) estende-se a todos os homens que Ele veio salvar: «Ela deu à luz um Filho que Deus estabeleceu como "primogénito de muitos irmãos" (Rm 8, 29), isto é, dos fiéis para cuja geração e educação Ela coopera com amor de mãe» (170)(Catecismo da Igreja Católica,499-501)

 

Espero ter ajudado,

 

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR 

domingo, 2 de novembro de 2025

RESPOSTAS CATÓLICAS: As cruzadas eram pela vontade de Deus? Os autos de fé também? O direito de escravizar povos concedido aos portugueses pela bula papal?

 




Prezado Irmão, Salve Maria.


Agradeço pelas suas perguntas! E ao mesmo tempo, peço desculpas pela demora da  resposta as mesmas!


As Cruzadas surgiram no contexto da Idade Média como uma resposta da cristandade ao avanço muçulmano, especialmente no Oriente, que havia conquistado a Terra Santa (Jerusalém e lugares ligados à vida de Cristo).Havia, sim, uma intenção religiosa: proteger os cristãos e os lugares sagrados.


Contudo, junto com o ideal religioso, houve interesses políticos, econômicos e militares. Muitos abusos foram cometidos em nome de Deus, mas que não expressavam a Sua vontade.


O Catecismo da Igreja Católica ensina que a guerra nunca é querida por Deus (cf. CIC 2307-2317). Assim, a Igreja reconhece que, embora houvesse elementos de legítima defesa da fé, muitos atos violentos das Cruzadas não correspondiam ao Evangelho.


Os autos de fé, ligados à Inquisição, consistiam em julgamentos públicos de pessoas acusadas de heresia.


A intenção original da Igreja era preservar a unidade da fé e corrigir erros doutrinários. Porém, os métodos utilizados — especialmente quando envolveram tortura e condenações à morte — não correspondem ao ensinamento de Cristo.


Você sabia que quem determinada as punições eram os reis e não a Igreja?


O Papa São João Paulo II pediu perdão, no Jubileu de 2000, por esses e outros pecados cometidos por filhos da Igreja ao longo da história.


 Jesus nunca autorizou a perseguição violenta contra quem pensa diferente: “A verdade não se impõe pela força, mas pela própria verdade” (Dignitatis Humanae, 1).


No século XV, alguns papas emitiram documentos (como a bula Dum Diversas, 1452) que, num contexto histórico de expansão marítima, autorizaram reis cristãos a subjugar povos considerados “infiéis”.


Porém, rapidamente, a Igreja também produziu documentos que condenavam a escravidão. Por exemplo:


A bula Sublimis Deus (1537), do Papa Paulo III, afirmava que os indígenas “são verdadeiros homens” e não podem ser reduzidos à escravidão.


Qual bula é esta a qual você estar se referindo? Porque a  Igreja Católica sempre condenou a escravidão meu caro!


O Magistério atual é muito claro: a escravidão é um mal intrínseco, radicalmente contrário ao Evangelho (cf. Catecismo 2414).


A Doutrina Social da Igreja ensina que toda pessoa é criada à imagem e semelhança de Deus e, por isso, possui dignidade inalienável.

 

Espero ter ajudado,

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA

 

P.S Este artigo poderá ser alterado.


REFUTAÇÃO 

As Cruzadas não foram “apenas” uma defesa da fé. Foram guerras santificadas pela Igreja, convocadas por papas, com promessas explícitas de perdão dos pecados para quem matasse “em nome de Cristo”. O papa Urbano II, em Clermont (1095), declarou: “Todo aquele que partir em peregrinação e morrer no caminho, seja em terra, seja no mar, ou em combate contra os pagãos, terá imediata remissão dos seus pecados” (Robert the Monk, Historia Iherosolimitana, cap. I, 1). Ou seja, matar em nome de Cristo garantia salvação automática — o oposto do Evangelho. Isso não era uma “interpretação errada de alguns”, era a doutrina oficial papal.

O argumento de que a Igreja “reconhece hoje que a guerra nunca é querida por Deus” é mera revisão posterior. Na Idade Média, papas como Inocêncio III e Gregório IX chegaram a ordenar extermínios inteiros contra cristãos considerados “heréticos”, como os cátaros. Em 1209, o legado papal Arnaud Amalric, enviado por Inocêncio III, resumiu a mentalidade oficial com a frase: “Matem todos; Deus reconhecerá os seus” (Caesarius de Heisterbach, Dialogus Miraculorum, dist. V, cap. 21). Isso não foi um desvio do Evangelho “por parte de alguns fiéis”, mas uma política sancionada pela própria Sé Romana.

Quanto aos autos de fé, dizer que “a intenção era preservar a unidade da fé” é apenas um eufemismo para mascarar a brutalidade inquisitorial. O Directorium Inquisitorum de Nicolau Eymerich (1376), aprovado e usado oficialmente pela Igreja, contém instruções explícitas para o uso da tortura, descrevendo métodos e limites permitidos para arrancar confissões. Francisco Peña, em sua edição ampliada (1578), reafirma que “a tortura é um meio legítimo de fazer o herege confessar sua culpa”. Isso não foi invenção dos reis civis — os inquisidores eram nomeados pelo papa e agiam em nome da Igreja. O próprio Eymerich afirma: “A autoridade secular é apenas o braço executor da decisão eclesiástica.” Ou seja, o Estado apenas cumpria as sentenças da Igreja, que decidia quem devia morrer. Dizer que “quem determinava as punições eram os reis” é distorcer a ordem dos fatos: a Igreja julgava e condenava; o Estado apenas executava.

Sobre as bulas papais que autorizaram a escravidão, os fatos são documentados e incontestáveis. A bula Dum Diversas (1452), de Nicolau V, concedeu ao rei de Portugal “pleno e livre poder de invadir, conquistar e submeter os sarracenos e outros infiéis, reduzir suas pessoas à servidão perpétua e tomar seus bens”. Três anos depois, a bula Romanus Pontifex (1455) reiterou o mesmo privilégio. Já em 1493, Alexandre VI, na Inter Caetera, legitimou a partilha do Novo Mundo entre Portugal e Espanha, considerando “justa e piedosa” a conquista e evangelização forçada dos nativos. Não há como suavizar isso. A Igreja, por meio de seus papas, não apenas permitiu, mas abençoou a escravidão, chamando-a de obra cristã.

Dizer que “a Igreja sempre condenou a escravidão” é simplesmente falso. A bula Sublimis Deus (1537), frequentemente citada para “redimir” a imagem da Igreja, não anulou as anteriores e, na prática, foi ignorada. O mesmo papa Paulo III, que a escreveu, manteve em vigor as concessões papais que legitimavam a conquista e o domínio sobre os povos indígenas. A própria bula começa exaltando a autoridade papal sobre o mundo, reafirmando o poder do papa de “distribuir terras e povos segundo o juízo da Sé Apostólica”.

Além disso, séculos depois, papas continuavam permitindo a escravidão. Em 1866, já no século XIX, o Santo Ofício (Congregação da Inquisição Romana) ainda declarava oficialmente que “a escravidão em si mesma não é contrária à lei natural e divina” (Rescriptum, 20 de junho de 1866). Portanto, a condenação absoluta da escravidão é algo moderno, não um princípio antigo da Igreja. A história mostra que o papado só se opôs à escravidão quando ela já era moralmente insustentável aos olhos do mundo civilizado.

Por fim, citar João Paulo II pedindo perdão não apaga os fatos: o pedido de perdão foi um reconhecimento de culpa, não uma prova de inocência. A própria necessidade de pedir perdão já mostra que o erro foi institucional. Jesus nunca mandou que seus discípulos fizessem guerra, torturassem ou escravizassem. Esses atos não foram “abusos isolados”, mas parte integral de uma estrutura teocrática que usou o nome de Deus para justificar poder, sangue e domínio.

Em Fim: As cruzadas foram guerras santificadas por papas; a Inquisição foi um tribunal eclesiástico com métodos de tortura aprovados em manuais oficiais; e a escravidão foi legitimada por bulas papais e só repudiada séculos depois, quando já era impossível sustentá-la moralmente. Tudo isso é parte documentada da própria história da Igreja — não invenção “anticatólica”.


Senhor ou Senhora, Protestante, Salve Maria!

 

As Cruzadas não nasceram como guerras de conquista ou de “matar em nome de Cristo”, mas como uma resposta defensiva às invasões muçulmanas que, desde o século VII, vinham tomando territórios cristãos, inclusive a Terra Santa, o norte da África, a Ásia Menor e partes da Europa.

Quando o Papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada em 1095, os cristãos do Oriente (Império Bizantino) haviam pedido ajuda ao Ocidente, pois estavam sendo dizimados pelos turcos seljúcidas.
Ou seja, foi uma guerra de defesa e libertação de lugares sagrados, não uma “expedição de matança”.

De fato, Urbano II prometeu remissão das penas temporais do purgatório (a chamada indulgência plenária) aos que partissem na Cruzada em espírito de penitência e fénão aos que matassem!

Esta citação usada da obra de Robert, o Monge (Robert the Monk), escrita anos depois da pregação de Clermont. Trata-se de uma crônica literária, não uma transcrição literal.
E mesmo nela, o papa não diz que matar garante salvação; ele fala que quem morrer no caminho, movido pela fé e arrependido, obterá remissão — como um mártir, não como um assassino.

Ou seja: o mérito estava no sacrifício e na penitência, não no ato de matar!

O Papa jamais ensinou que matar “em nome de Cristo” seja ato meritório.
O que se concedia era uma indulgência plenária, isto é, remissão das penas temporais para quem participasse da Cruzada com espírito de penitência, confissão e comunhão, como ensina a própria teologia das indulgências.

Portanto, não era perdão dos pecados sem arrependimento, nem salvação automática.
A condição sempre foi: fé, confissão e arrependimento sincero.

Cristo disse:

“Aquele que viver pela espada, morrerá pela espada.” (Mt 26,52)

A Igreja sempre reconheceu esse princípio. Mas também sempre ensinou que o uso legítimo da força pode ser moralmente justo em defesa própria ou de inocentes, conforme a Doutrina da Guerra Justa, que vem desde Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.

As Cruzadas foram enquadradas nessa categoria de defesa — não de “guerra santa de conversão pela força”.

Essa famosa frase atribuída ao legado papal Arnaud Amalric (“Caedite eos. Novit enim Dominus qui sunt eius”) não é um documento oficial, nem foi registrada por testemunhas oculares.
Aparece anos depois (cerca de 20 anos após os fatos) na obra Dialogus Miraculorum de Cesário de Heisterbach, um monge que não esteve presente e escreveu em estilo literário e moralizante, cheio de lendas piedosas.

 Ou seja, não é uma declaração autêntica nem política oficial da Igreja, mas uma crônica monástica tardia. Até historiadores seculares reconhecem isso como folclore anticatólico, não fato documentado.

O Papa Inocêncio III (1198–1216) realmente autorizou uma cruzada contra os cátaros (albigenses) — mas é preciso entender:

Os cátaros não eram apenas “cristãos com opiniões diferentes”. Eles constituíam um movimento político e armado, com milícias, que:

1-negavam os sacramentos e a Encarnação de Cristo (diziam que Jesus não tinha corpo humano);

2-pregavam o suicídio ritual (endura);

3-recusavam a autoridade civil e eclesiástica;

4-assassinavam padres e bispos, tomavam cidades e impunham seu regime em regiões do sul da França

O Papa tentou por quase 20 anos converter pacificamente os cátaros com missionários (inclusive São Domingos de Gusmão). Somente depois de um legado papal ser assassinado e as negociações fracassarem, autorizou uma intervenção militar para defender os cristãos fiéis e restaurar a ordem!

 Isso se enquadra na doutrina da “guerra justa”, não em “extermínio religioso”.

A Igreja nunca ensinou que se deve “matar hereges” O que existiu foram ações políticas e militares de governos católicos, às vezes com apoio ou silêncio da Igreja, dentro de uma mentalidade medieval, onde religião e política eram inseparáveis. Mas a doutrina da Igreja nunca ensinou que matar hereges é ato meritório.

Pelo contrário:

“Deus não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva.” (Ez 33,11)
Essa verdade sempre foi repetida pela Igreja!

As execuções e abusos foram excessos humanos, não dogma nem mandamento papal.

Nos séculos seguintes, papas e teólogos reconheceram que nem toda ação praticada em nome da fé foi santa. Mas isso mostra purificação e conversão contínua, não contradição doutrinária.

A doutrina nunca mudou: Cristo é o único Redentor, e ninguém tem direito de matar em nome de Deus. O que muda é o entendimento histórico e pastoral de como viver essa verdade.

É preciso entender também que a Inquisição não foi criada para “caçar hereges” aleatoriamente, nem foi um “tribunal de ódio religioso”. Ela surgiu no século XIII, quando a Europa vivia sob uma unidade política e religiosa em que a heresia era crime civil (assim como traição). Negar publicamente a fé católica equivalia a romper o pacto social e causar guerras civis — e isso já era punido pelos reis, muito antes da Igreja intervir!

A Igreja, ao criar tribunais inquisitoriais, buscava limitar os abusos dos tribunais seculares, oferecendo um julgamento mais justo e menos violento.

A Inquisição eclesiástica foi, na verdade, uma tentativa de conter a brutalidade dos poderes civis!

O Directorium Inquisitorum de Nicolau Eymerich (1376) citado, existiu, sim, e tratava de normas processuais, provas, testemunhos e limites disciplinares da época. Mas é preciso deixar claro:

Eymerich não escreveu doutrina de fé, mas um manual jurídico, típico do sistema penal medieval, que era civil, não teológico.

O uso de tortura era permitido por quase todos os tribunais da Europa, inclusive civis, e só podia ser aplicado em casos muito específicos e por tempo limitado, com proibição explícita de mutilar ou matar.

Ou seja:

A Inquisição não inventou a tortura, mas a limitou!

Inclusive, os manuais diziam que qualquer confissão obtida sob tortura devia ser confirmada depois, em plena liberdade — algo muito mais humano que os tribunais civis da época.

E essa história de dizer que a A Igreja julgava e condenava; o Estado apenas executava” isso é Falso!

A Inquisição era um tribunal eclesiástico que julgava o aspecto religioso (a heresia) e, em caso de recusa total de arrependimento, declarava o réu herege impenitente.
Nesse momento, a Igreja o entregava ao braço secular (relaxatio ad forum saeculare), pois apenas o poder civil podia aplicar penas corporais ou de morte.

A sentença capital (fogos ou prisões) era decisão do Estado, não da Igreja.
E os próprios inquisidores pediam aos juízes seculares que evitassem a pena de morte sempre que possível (“ut citra mortis periculum et membrorum mutilationem puniatur”).

E os “autos de fé” não eram atos de tortura, mas cerimônias religiosas públicas em que os réus pediam perdão e recebiam penitências espirituais.A maioria dos condenados recebia penas leves: peregrinação, confissão pública, uso de penitenciais, ou prisão temporária.

Dados históricos (baseados nos registros da Inquisição espanhola):

Mais de 90% dos julgados não foram condenados à morte.

As execuções eram raras, e a maioria dos casos terminava em reconciliação com a Igreja.

Mesmo no período medieval, a Igreja nunca ensinou que se deve converter alguém pela força.
O próprio Santo Agostinho, embora aceitasse a coerção civil em certos contextos de ordem pública, dizia:

“A fé é um ato da vontade; ninguém crê a não ser querendo.” (Ep. 93, ad Vincentium)

Séculos depois, o Magistério reafirmou solenemente isso:

“A verdade não se impõe senão pela força da própria verdade.”
(Concílio Vaticano II, Dignitatis Humanae, n. 1)

Ou seja: os abusos existiram, mas nunca foram doutrina, e a Igreja os reconheceu e superou!

É injusto julgar a Idade Média ou o século XV com a mentalidade moral do século XXI!


Naquele tempo, a escravidão era uma instituição universal — aceita por muçulmanos, africanos, pagãos e cristãos — e não era entendida como sistema racial, mas como forma de prisão de guerra.

 Assim, as bulas de Nicolau V e Alexandre VI citadas não “criaram” a escravidão, mas regularam juridicamente situações de guerra e conquista existentes, conforme a mentalidade jurídica medieval.

A Igreja não inventou a escravidão; ela nasceu dentro de uma sociedade que já a praticava e progressivamente foi purificando essa realidade à luz do Evangelho.

A bula Dum Diversas foi dirigida ao rei Afonso V de Portugal, em um contexto de guerra defensiva contra os mouros e piratas do norte da África.
O Papa concedia permissão para que o rei:

“invadisse, subjugasse e reduzisse à servidão perpétua os sarracenos e outros inimigos de Cristo”.

Ou seja:

Referia-se a muçulmanos e povos beligerantes, não a povos inocentes ou nativos pacíficos;

Usava “servitus” num sentido jurídico-político (submissão ao domínio cristão), não de escravidão racial permanente.

Em latim jurídico medieval, servitus significava tanto “submissão política” quanto “servidão civil”.
Não se trata de autorização doutrinária para escravidão, mas de instrumento de guerra dentro do direito feudal — algo comum a todos os reinos, cristãos e não cristãos.

A bula Romanus Pontifex (1455) não trata da escravidão humana, mas da soberania portuguesa sobre novas terras e rotas comerciais, reafirmando o padroado real — o sistema pelo qual os reis financiavam missões e, em troca, recebiam autoridade administrativa sobre colônias.

Ela menciona a “submissão” dos povos à fé e ao rei cristão, mas não legitima o cativeiro pessoal.

O foco era a evangelização e o comércio marítimo, não o tráfico de pessoas!

A Inter Caetera não fala de escravidão, e sim da partilha das terras descobertas entre Portugal e Espanha, para evitar guerra entre dois reinos católicos e organizar a evangelização do Novo Mundo. A expressão “justa e piedosa” se refere à missão evangelizadora, não à conquista forçada.

É falso dizer que o Papa “autorizou escravizar indígenas”. O texto pede explicitamente que os povos sejam “instruídos na fé católica e nos bons costumes”, não subjugados pela força!

A bula Sublimis Deus condena de forma solene e definitiva a escravidão dos indígenas e nega que alguém possa ser privado da liberdade por causa da infidelidade ou paganismo.

“Declaramos e afirmamos que os índios... e todos os outros povos que possam ser conhecidos, não devem ser privados da sua liberdade nem da posse de seus bens... e podem e devem gozarlivremente da liberdade e da posse dos seus bens.”
(Sublimis Deus, 1537)

 Ou seja, a Igreja afirma o princípio da dignidade universal do ser humano, séculos antes de qualquer governo civil o fazer.

O Papa Paulo III não manteve as bulas antigas! As bulas Dum Diversas e Romanus Pontifex não foram anuladas formalmente porque tinham efeito político e territorial, não doutrinário. Mas a Igreja reinterpretou seu sentido à luz da Sublimis Deus, tornando inaceitável qualquer uso escravagista.

Na prática, missionários católicos como Bartolomeu de Las Casas, São Pedro Claver e os jesuítas se apoiaram nessa bula para defender os índios e negros contra a escravidão!

O texto citado (“Rescriptum, 20 de junho de 1866”) é um resumo jurídico do Santo Ofício, que reafirma que a posse de escravos — enquanto estrutura civil — não é em si pecado mortal, desde que não haja injustiça, abuso ou tráfico. Isso não é uma defesa da escravidão, mas uma descrição moral de contextos históricos ainda existentes.

Em 1888, com a In Plurimis (Leão XIII), o Papa condenou abertamente a escravidão moderna e elogiou o Brasil pela abolição.

O pedido de perdão não é confissão de doutrina errada, mas de pecados humanos!

O Papa São João Paulo II, no Grande Jubileu do Ano 2000, pediu perdão pelos pecados dos filhos da Igreja, não pela doutrina da Igreja. Na celebração, ele disse explicitamente:

“Pedimos perdão pelos erros cometidos por alguns de nossos filhos, que obscureceram o rosto da Igreja, porém sem jamais destruir sua santidade.” (Homilia do Dia do Perdão – 12/03/2000)

Jesus de fato nunca mandou guerrear, torturar ou escravizar. E por isso a sua única Igreja, também nunca ensinou isso!

Esses atos ocorreram por fraqueza e pecado humano, não por mandamento de fé.
O Magistério (a doutrina oficial) nunca ensinou nada contrário ao Evangelho, mesmo que alguns cristãos — inclusive clérigos — tenham o traído com suas ações.

É o mesmo raciocínio dos Apóstolos:

Pedro negou Jesus três vezes, mas isso não torna falso o apostolado;

Judas traiu Cristo, mas isso não torna o Evangelho mentiroso.

A Igreja pode ter membros pecadores, mas sua doutrina é infalível em matéria de fé e moral (Mt 16,18; Lc 22,32).

Assim, o pedido de perdão não se refere à doutrina, mas à incoerência dos cristãos diante dela.

A Igreja medieval nunca foi uma “estrutura teocrática” no sentido islâmico (onde religião e Estado são uma só coisa). Pelo contrário: o papado medieval frequentemente entrou em conflito com reis e imperadores (vide Canossa, o Cisma do Ocidente, as querelas das investiduras).

A Igreja não governava os Estados, mas influenciava moralmente — e essa influência foi, na maioria das vezes, um freio à barbárie civil e política.

 

Espero ter esclarecido,

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA


P.S: OS DESTAQUES SÃO MEUS

domingo, 26 de outubro de 2025

DEBATE: O PAPA ABENÇOA CASAMENTO GAY?




Prezados Irmãos e Irmãs, Salve Maria.

Para encerrar este Nosso Debate, um questionamento crucial de Nosso oponente: Será que o Papa abençoa casamento Gay?


Vamos conferir mais esta resposta...


Protestante -4

Não prefiro continuar onde estou! Pois o próprio líder posto como Papa q significa (Pai) da igreja católica é um herege. E até alguns padres estão contra a opinião dele com relação ao casamento homossexual. A qual o próprio Deus abomina. Hô professor zinho. Me explica aí o papa está certo ao aceitar e querer, q os padres abençoe isto

E olha q foi jesus q pôs o primeiro dos Papas chamado Pedro! 

Cara vc é tão infantil q não tem ninguém q curta esses seus comentários! É só vc 

 

Edgar Leandro da Silva-4

Salve Maria!

Apesar do Senhor Protestante, ter essa liberdade de preferir “continuar onde está” diante do que foi comentado aqui por mim, apenas prova que o seu orgulho é maior que a sua inteligência! Infelizmente, é o que  normalmente acontece com os Protestantes, mas graças a Deus nem todos, muitos retornaram e retornam á ÚNICA Igreja de Cristo, que é a Igreja Católica.

É como diz o Livro do Eclesiastes: “Para tudo há um tempo e, para cada coisa há um momento debaixo dos céus”(Ecle 3,1)

Chegará o seu “tempo” também, Senhor Protestante, eu tenha rezado por isso!

O Senhor, estar bem desinformado(antes fosse só isso!) O Papa não permitiu e jamais permitirá casamento entre pessoas do mesmo sexo na Igreja. Trata-se de benção pastorais que devem ser dadas a todos e todas independente de sua situação, mas esta benção não pode ser dada como reconhecimento matrimonial.  Já que: “o  único Rito e a única benção, para a união conjugal de um casal é a celebração do sacramento do matrimônio que só é lícito e legítima a união e a relação sexual entre um homem e mulher”

 

O Senhor Protestante por acaso chegou a ler o documento Fiducia supplicans?   Pelo jeito não né? E fica repetindo as mesmas besteiras de outros desinformados...

 

Se informe melhor, Senhor Protestante, Leia o documento!

 

E o Senhor vem acusar o Santo Padre de Herege? O Senhor sabe o que é um Herege? Não o Papa não é um Herege!  Sabe quem é Herege Senhor Protestante?

 

O SENHOR!

 

Vocês Protestantes, são sim, Verdadeiros Hereges! Pois negam com pertinácia várias verdades reveladas por Deus e ensinados por sua Santa Igreja!

 

Mas, o senhor prefere: “ficar onde está” então fique na Heresia! E eu fico com a Verdade, já que esta “Liberta” como ensina Nosso Senhor.

 

Sobre meus comentários, isso não tem nada de infantil. Eu não me importo que não curtam, o que importa mesmo Senhor Protestante, é eu ensinar e defender a Fé católica, contra Hereges como Senhor.

E eu curto sim, claro! Preciso valorizar o que estou dizendo, sempre faço isso, normalmente em todos os meus comentários...

Passe bem e que Deus tenha misericórdia dos seus “julgamentos” que não tem o reto juízo(S. João 7,24)


P.S Este Debate com este Protestante, teve outras partes ainda, mas devido a sua ignorância  e mentiras, eu preferi encerrar o debate algum tempo depois.

Por isso, não acho necessário postar o restante pelo menos enquanto debate, aqui em Nosso Blog Defesa Católica!

Mas, ao mesmo tempo, espero que este Debate tenha esclarecido melhor a respeito do Ensinamento Católico.

Rezemos pela conversão dos Protestantes, Rezemos pela Nossa Santa Igreja, única de Cristo!

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA-COORDENADOR