Prezado X,Pax Domini!
Referente á sua pergunta,pode ser que alguns dos primeiros
papas fossem casados.
A tradição crístã desde a antiguidade
proibia ao clero de casar-se. No século quarto o sínodo de Elvira (Espanha)
decretou que todos os clérigos, inclusive os casados, guardassem a continência.
Uma série de sínodos, e também o Concílio de Latrão, em 1139, declarou o matrimônio
de quem tivesse recebido as ordens sacras não só ilícito, mas inválido.
O celibato do clero é lei eclesiástica que a Igreja pode
dispensar. Muitas vezes dispensa a subdiáconos e diáconos, mas praticamente
nunca dispensa a sacerdotes.
O
Então Papa Emérito Bento XVI,na exortação Apostólica “Sacramentum Caritatis” reafirmou entre outras coisas a continuação
obrigatório do celibato para o clero:
24. Os padres
sinodais quiseram sublinhar como o sacerdócio ministerial requer, através da
ordenação, a plena configuração a Cristo. Embora respeitando a prática e
tradição oriental diferente, é
necessário reiterar o sentido profundo do celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e
confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de entre
aqueles que vivem no celibato, indício
da grande honra em que ela tem a opção do celibato feita por numerosos
presbíteros. Com efeito, nesta opção do sacerdote encontram expressão
peculiar a dedicação que o conforma a Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo
pelo Reino de Deus.(75) O facto de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter
vivido a sua missão até ao sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui
o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja
Latina a tal respeito. Assim, não é suficiente compreender o celibato
sacerdotal em termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial
conformação ao estilo de vida do próprio
Cristo. Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o
coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa. Em sintonia com a
grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II (76) e com os Sumos
Pontífices (77) meus predecessores,
corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como
sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino
de Deus, e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a
tradição latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e
dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade.(Papa
Bento XVI,Sacramentum Caritatis,24-destaques são nossos)
Para o clero do rito Oriental, o costume geral é permitir a
ordenação de homens casados, mas não o casamento dos já ordenados e restringir
o acesso ao episcopado só aos celibatários ou viúvos.
São
Pedro de fato era casado,pois o evangelho cita a sua sogra.porém ao se tornar
apóstolo, deixou tudo o mais para
seguir ao Senhor:
"E todo aquele que por minha causa
deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o
cêntuplo e possuirá a vida eterna." (Mt 19:29).
A excelência e as vantagens do celibato
praticado por virtude, são descritas por São Paulo na I Cor 7, 1-38.
Espero ter ajudado,
Ad Majorem Dei Gloriam,
EDGAR LEANDRO DA SILVA-COORDENADOR
Sem comentários:
Enviar um comentário