Por Edgar Leandro da Silva e Felipe Alves
Prezados Amigos e Amigas, Salve Maria.
Um Amigo de Nosso Apostolado, pediu a opinião de um Vídeo do Padre Júlio
Lanceloti.
O Vídeo em questão é este:
https://www.youtube.com/watch?v=tqD1LkNCsjQ&feature=youtu.be
A pedido dele, e também com a colaboração do mesmo, que é um dos amigos
de Nosso Apostolado Defesa Católica, então estaremos aqui neste artigo, comentando sobre o que disse o
referido Padre neste Vídeo.
A primeira coisa, que me chama a atenção no vídeo do Padre, é que ele se
apresenta aos demais participantes como um simples leigo, ou seja não estar
usando a batina nem o clergyman, ou seja, só sabemos que ele é Padre, porque
aparece em baixo no vídeo o nome dele: “Pe Julio Lancelotti Vigário Episcopal”
agindo assim, ele estar contrariando o que determina a própria Igreja no Código
de direito Canônico, quando determina que:
Cân. 284 Os clérigos usem hábito eclesiástico
conveniente, de acordo com as normas dadas
pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais.
Uma das primeiras falas do padre no vídeo, diz:
"a minha perspectiva é o fracasso, porque se eu buscar a vitória e o
sucesso, é porque eu aderi a esse sistema".
Suponho que o "sistema"
ao qual o padre se refere, seja o sistema que, em suas próprias palavras, pisa,
é vencedor, fraudulento, mentiroso, injusto, maldoso,... Aqui o padre usa de um
argumento falacioso ao partir da premissa de que a vitória e o sucesso implicam
em maldade, mentira, injustiça, etc. Para ilustrar isso, basta mostrar o
seguinte: suponha que ao morrer na cruz após todo o Seu processo de
evangelização, Jesus tivesse êxito em converter absolutamente toda a
humanidade, ao longo desses dois mil anos, em pessoas santas. Isso seria um
claro exemplo de vitória e sucesso; o que de forma alguma implicaria em nenhum
tipo de maldade. O exemplo não precisa ser tão radical, basta olhar para um pai
que educou bem seu filho e fez dele um adulto honrado: isso é vitória, é
sucesso.
Em seguida,O padre comenta sobre o apreço que o mesmo tem, sobre as demais
religiões, e que tem amigos nas mesmas e que inclusive gosta dos Ateus. Bem, Apesar da Igreja Católica,
ter se aberto para o ecumenismo, desde o Concílio Vaticano II(1962-1965) A
Igreja por sua vez, no mesmo Concílio afirmou a sua superioridade sobre as
demais religiões:
“Esta é a única Igreja de Cristo, que no
Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica; depois da
ressurreição, o nosso Salvador entregou-a a Pedro para que a apascentasse (Jo.
21,17), confiando também a ele e aos demais Apóstolos a sua difusão e governo
(cfr. Mt. 28,18 ss.), e erigindo-a para sempre em «coluna e fundamento da
verdade» (I Tim. 3,5). Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como
sociedade, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e
pelos Bispos em união com ele...”(lumen Gentium,8)
Mas, infelizmente, o referido Padre, no vídeo, em nenhum momento, colocou esta superioridade da igreja, E partiu para uma defesa do ateísmo ao afirmar que também se considera
ateu no caso da visão ateísta sobre Deus. Isso soa como um absurdo, pois uma
das missões do padre é saber evangelizar aqueles que têm pouco conhecimento de
Deus, assim como aqueles que têm uma visão errada sobre Ele. Ao invés de
influenciar, o padre se deixou ser influenciado.
Em outra parte do vídeo o padre afirma que tem “Dificuldade em falar que
Deus é todo poderoso e sim que prefere falar que Deus é misericordioso” Mas, de
que adianta acreditar em um Deus misericordioso, e ter dificuldade em falar do
mesmo Deus, que é poderoso? Será que o Padre, recita o Credo na Santa Missa, em
que o primeiro artigo, se recita: “Creio em Deus Pai, Todo Poderoso...” ? Ou
ele deixa apenas que o Povo de Deus recite no lugar dele, já que o mesmo revela
no vídeo ter dificuldade em dizer que Deus é poderoso?
Há também a
seguinte fala: "Deus agora está doente, está sem respirador, está
abandonado na rua,... está naqueles que estão sofrendo, está nos pequeninos,...
". "Tinha uma menininha que eu dizia que era minha heresia, porque
aquela era uma menininha negra, com AIDS,...". "Aquela menina morreu
diante de mim, e eu dizia 'ela me faz acreditar que Deus é mulher, que Deus é
criança, que Deus é negra é que está com HIV e AIDS; agora Deus está com
covid-19". Ao dizer isso, o padre assume uma cosmovisão panteísta, o que
realmente se configura como uma heresia em relação à cosmovisão teísta do
catolicismo. Isso tiraria a divindade de Deus como Ser único e transferiria
para a própria natureza em si, não fazendo distinção entre criatura e Criador.
Ele continua:"O nosso povo brasileiro está crucificado. É indígena
crucificado, é negro crucificado, é mulher crucificada, é LGBT crucificado,
então nós temos que ter muito claro isso". Ao meu ver, o que na verdade
fica claro, é que o padre desvaloriza o sofrimento de Jesus na cruz, tanto
quanto a importância simbólica desse sofrimento, relativizando assim, um dos
maiores, senão o maior acontecimento da história da humanidade.
Por fim,
ele diz: "Eu já tive que enfrentar tropa de choque, já levei cacetada da
polícia, já levei os escudos da tropa de choque. Nas manifestações de rua, eu
estive junto dos jovens da tática black bloc, na febem, junto aos jovens
rebelados, assim também no presídio feminino, no presídio masculino,... já
levei muita bomba de gás junto ao povo de rua, enfrentando também a tropa de
choque,..." Sua fala se dá por meio de um apelo à emoção, tentando
instigar no ouvinte um senso de justiça que justificaria seus atos políticos.
Estar ao lado dos perdedores não é sinônimo de virtude, uma vez que, ao lado
dos perdedores, podem estar grupos violentos como os black blocs, que o padre
admitiu fazer parte em determinado momento. Como diz o ditado, diga-me com quem
andas e te direi quem és. Vemos aqui um sacerdote que se preocupa mais em
defender o secularismo do que a religião da qual se diz fazer parte.
E para concluir, o Padre afirma no vídeo, que estava lendo um livro do
Leonardo Boff, que se chama “Cristianismo mínimo do mínimo”. Sobre tal livro,
de fato não conhecemos, Porém sobre Leonardo Boff, este sim, conhecemos e
podemos dizer, que ele não é bem um exemplo para se falar de Cristianismo...
Leonardo Boff, para quem não sabe, é um Ex-frade da Igreja Católica, grande opositor dos papas João Paulo II e do Papa Emérito Bento XVI, foi
punido com o silêncio obsequioso
pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, após a
publicação do livro “Igreja,
Carisma e Poder”, que
analisava a estrutura hierárquica da Igreja Católica a partir da metodologia
marxista. Era então prefeito da Congregação o cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa Emérito Bento XVI.
Neste Livro:
“Igreja, Carisma e Poder” é dedicado pelo autor àqueles que sabem que a Igreja "precisa ser
continuamente construída, não contra, mas apesar daqueles que a querem reduzir
à antiga sinagoga". Trata-se de uma coletânia de ensaios onde se procura
definir o que é e como deve ser a Igreja, doutrinária e historicamente.
Entenderam? É o próprio Leonardo Boff, e não o Papa, que define como dever a
Igreja de Cristo!
Não é a toa, que neste mesmo livro,
Leonardo afirmou que a Igreja Católica "não
pode pretender se identificar exclusivamente com a Igreja de Cristo" (Frei L Boff, Igreja,
Carisma e Poder, p. 124-125).
Bem,
haveria muito para falar sobre isso, mas sairiamos do foco de nosso artigo, que
é analisar as palavras do padre a respeito do que disse no vídeo.
Deixemos
claro, que não é se é proibido ler livros como do Leonardo Boff, mas alertamos
que para um Católico que não tem boa formação Católica o mesmo, pode ser um
perigo para a sua salvação!
O padre
Júlio comentou também no vídeo, que a
porta do Paraíso: “abre ao lado dos pobres” em resposta a uma mulher que queria
saber sobre o estação Paraíso em São Paulo/SP. Apesar dele ter respondido isso,
num tom de brincadeira,mas pensemos bem: Se a porta do paraíso, e Paraíso,
entendemos que é o céu, abre ao lado dos Pobres, e aquele que não é pobre? Que
porta vai abrir? A porta do inferno?
Cristo,
Nosso Senhor louvou os pobres de espírito, e não simplismente os materialmente
pobres! Um rico que não tenha apego, ás riquezas, é espiritualmente pobre. Mas,
um favelado, cobiçoso, de riquezas materiais, esse é espiritualmente rico, e
não bem aventurado. Por isso, Deus foi bem amigo de Abraão, Davi e Jó, que eram
ricos, e Cristo foi amigo de Lázaro, que também era rico.
Acredito
eu, que o Padre Júlio Lanceloti, não se atentou a este detalhe importante...
Com esta
leitura, e comentário do livro do leonardo Boff, e também com o comentário de
ter respondido a mulher que a “Porta do Paraíso abre ao lado dos pobres” Entre
outros comentários aqui, podemos concluir que o Padre Júlio Lancelotti, se não
é adepto, é simpatizante sim da teologia da Libertação o que sinceramente se for
realmente verdade, devemos lamentar profundamente, apesar que nem tudo que o
Padre Júlio Lancelotti, falou neste vídeo, podemos considerar ruim, mas ao
mesmo tempo, o mesmo perdeu a oportunidade de fazer um Bom Apostolado nesta
transmissão, de falar da Igreja, de sua superioridade mediante as demais
religiões, do que a mesma verdadeiramente ensina, etc.
Para
finalizar, Queremos deixar claro aqui, que respeitamos
o Padre Júlio Lancelotti, assim como todos os padres da Igreja Católica, o que
nem poderia ser diferente. Inclusive, admiramos o seu trabalho de acolhimento
aos moradores de rua. Mas cabe também aos mesmos respeitar e obedecer aos
ensinamentos da Santa Igreja Católica, a qual pertecem!
Rezemos pelo Padre Júlio, Rezemos pelo clero, Rezemos pelos leigos,
Rezemos pela Santa Igreja!
Ad Majorem Dei Gloriam,
EDGAR LEANDRO DA SILVA, E FELIPE ALVES.
Resposta como complemento ao artigo:
ResponderEliminarUma das primeiras falas do padre no vídeo, diz: "a minha perspectiva é o fracasso, porque se eu buscar a vitória e o sucesso, é porque eu aderi a esse sistema". Suponho que o "sistema" ao qual o padre se refere, seja o sistema que, em suas próprias palavras, pisa, é vencedor, fraudulento, mentiroso, injusto, maldoso,... Aqui o padre usa de um argumento falacioso ao partir da premissa de que a vitória e o sucesso implicam em maldade, mentira, injustiça, etc. Para ilustrar isso, basta mostrar o seguinte: suponha que ao morrer na cruz após todo o Seu processo de evangelização, Jesus tivesse êxito em converter absolutamente toda a humanidade, ao longo desses dois mil anos, em pessoas santas. Isso seria um claro exemplo de vitória e sucesso; o que de forma alguma implicaria em nenhum tipo de maldade. O exemplo não precisa ser tão radical, basta olhar para um pai que educou bem seu filho e fez dele um adulto honrado: isso é vitória, é sucesso.
O padre também parte para uma defesa do ateísmo ao afirmar que também se considera ateu no caso da visão ateísta sobre Deus. Isso soa como um absurdo, pois uma das missões do padre é saber evangelizar aqueles que têm pouco conhecimento de Deus, assim como aqueles que têm uma visão errada sobre Ele. Ao invés de influenciar, o padre se deixou ser influenciado.
Há também a seguinte fala: "Deus agora está doente, está sem respirador, está abandonado na rua,... está naqueles que estão sofrendo, está nos pequeninos,... ". "Tinha uma menininha que eu dizia que era minha heresia, porque aquela era uma menininha negra, com AIDS,...". "Aquela menina morreu diante de mim, e eu dizia 'ela me faz acreditar que Deus é mulher, que Deus é criança, que Deus é negra é que está com HIV e AIDS; agora Deus está com covid-19". Ao dizer isso, o padre assume uma cosmovisão panteísta, o que realmente se configura como uma heresia em relação à cosmovisão teísta do catolicismo. Isso tiraria a divindade de Deus como Ser único e transferiria para a própria natureza em si, não fazendo distinção entre criatura e Criador.
Ele continua:"O nosso povo brasileiro está crucificado. É indígena crucificado, é negro crucificado, é mulher crucificada, é lgbt crucificado, então nós temos que ter muito claro isso". Ao meu ver, o que na verdade fica claro, é que o padre desvaloriza o sofrimento de Jesus na cruz, tanto quanto a importância simbólica desse sofrimento, relativizando assim, um dos maiores, senão o maior acontecimento da história da humanidade.
Por fim, ele diz: "Eu já tive que enfrentar tropa de choque, já levei cacetada da polícia, já levei os escudos da tropa de choque. Nas manifestações de rua, eu estive junto dos jovens da tática black bloc, na febem, junto aos jovens rebelados, assim também no presídio feminino, no presídio masculino,... já levei muita bomba de gás junto ao povo de rua, enfrentando também a tropa de choque,..." Sua fala se dá por meio de um apelo à emoção, tentando instigar no ouvinte um senso de justiça que justificaria seus atos políticos. Estar ao lado dos perdedores não é sinônimo de virtude, uma vez que, ao lado dos perdedores, podem estar grupos violentos como os black blocs, que o padre admitiu fazer parte em determinado momento. Como diz o ditado, diga-me com quem andas e te direi quem és. Vemos aqui um sacerdote que se preocupa mais em defender o secularismo do que a religião da qual se diz fazer parte.
Muito Prezado Felipe, Salve Maria.
ResponderEliminarParabéns pelo seu comentário! Vc foi bem mais detalhista ainda do que eu, a respeito do artigo! Gostei muito de sua resposta, e vou inclusive usá-la se me permite,neste mesmo artigo, o qual vou brevemente, fazer a devida alteração e incluir esta sua fala nele!
Que Deus te abençõe, Que os anjos te Proteja e Salve Maria!
EDGAR LEANDRO DA SILVA-COORDENADOR
Parabéns Felipe, pela sua reflexão 🙏🙏🙏
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