domingo, 5 de dezembro de 2021

"Olá, Irmãos! Salve Maria! eu tenho amigos TJs, um estudou comigo na escola e ainda estudará comigo no Ensino Médio. Ele me disse que para as TJs, o Inferno, como nós entendemos, não existe.a palavra grega usada é "hades" que significa morte, sepultura, inferior,submundo,etc, seria ela uma equivalente ao "sheol" em hebraico, que é usada não para o "nosso Inferno", mas para a região dos mortos. para eles, as almas "condenadas" simplesmente deixam de existir. EX: em Mateus 16,18 a palavra em grego é hades, então aqui se referia ao inferno, lugar de punição eterna ou o limbo? estou um pouco confuso nessa questão. como posso refuta-los e provar biblicamente e etimológicamente que o Inferno existe e é um lugar de condenação eterna? Obrigado pela Atenção"

 



Prezado Fábio, Salve Maria!

Em primeiro lugar, agradeço muito pelo seu e-mail, e por sua confiança em nosso humilde Apostolado!

Agradeço também pelo fato de você ser um rapaz jovem, e que sendo Católico, procura buscar formação Católica tão importante em nossos dias mas nem  tão valorizada por aqueles que se declaram Católicos.

Sobre a existência do inferno e sua eternidade são verdades de Fé, tendo sido definidas pela Igreja em Concílios, Símbolos de Fé, e documentos do Magistério.

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina:

A doutrina da Igreja afirma a existência do Inferno e a sua eternidade. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente, após a morte, aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, «o fogo eterno» (632). A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus, o único em Quem o homem pode ter a vida e a felicidade para que foi criado e a que aspira(Catecismo da Igreja Católica,1035,Os destaques são meus)

a palavra grega usada é "hades" que significa morte, sepultura, inferior,submundo,etc,
seria ela uma equivalente ao "sheol" em hebraico, que é usada não para o "nosso Inferno", mas para a região dos mortos.
para eles, as almas "condenadas" simplesmente deixam de existir.

Diante deste seu comentário,veja o que o Catecismo da Igreja Católica nos ensina:

632. As frequentes afirmações do Novo Testamento, segundo as quais Jesus «ressuscitou de entre os mortos» (1 Cor 15, 20) (528), pressupõem que, anteriormente à ressurreição, Ele tenha estado na mansão dos mortos (529) este o sentido primeiro dado pela pregação apostólica à descida de Jesus à mansão dos mortos: Jesus conheceu a morte, como todos os homens, e foi ter com eles à morada dos mortos. Porém, desceu lá como salvador proclamando a Boa-Nova aos espíritos que ali estavam prisioneiros (530 o destaque é meu)

633. A morada dos mortos, a que Cristo morto desceu, é chamada pela Escritura os infernos, Sheol ou Hades (531), porque aqueles que aí se encontravam estavam privados da visão de Deus (532). Tal era o caso de todos os mortos, maus ou justos, enquanto esperavam o Redentor (533), o que não quer dizer que a sua sorte fosse idêntica, como Jesus mostra na parábola do pobre Lázaro, recebido no «seio de Abraão» (534). «Foram precisamente essas almas santas, que esperavam o seu libertador no seio de Abraão, que Jesus Cristo libertou quando desceu à mansão dos mortos» (535). Jesus não desceu à mansão dos mortos para de lá libertar os condenados (536), nem para abolir o inferno da condenação (537), mas para libertar os justos que O tinham precedido (538) (Catecismo da Igreja Católica,632,633,os destaques são meus)

Ora,segundo o Catecismo da Igreja Católica, a “região dos mortos” ou “Mansão dos mortos” que é a mesma coisa,se trata de um lugar para aquelas almas prisioneiras e que Nosso Senhor desceu até este lugar para libertar os justos mas manter os maus! Logo esta história de dizer que as “almas condenadas deixaram de existir é falso!

EX: em Mateus 16,18 a palavra em grego é hades, então aqui se referia ao inferno, lugar de punição eterna ou o limbo?

Segundo a explicação da Bíblia da Editora Ave Maria, No Novo testamento a palavra inferno indica o lugar de tormentos designado com vários nomes entre eles: Gehena e Fogo eterno,por exemplo,ou seja lugar de punião eterna!

Veja o que ensina ainda o Catecismo da Igreja Católica:

Jesus fala muitas vezes da «gehena» do «fogo que não se apaga» (630) reservada aos que recusam, até ao fim da vida, acreditar e converter-se, e na qual podem perder-se, ao mesmo tempo, a alma e o corpo (631). Jesus anuncia, em termos muitos severos, que «enviará os seus anjos que tirarão do seu Reino [...] todos os que praticaram a iniquidade, e hão-de lançá-los na fornalha ardente»(Mt 13, 41-42), e sobre eles pronunciará a sentença: «afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno» (Mt 25, 41 Catecismo da Igreja Católica,1034,destaque é meu)

Além disso, meu caro Fábio, a razão nos mostra que a culpa cresce com a digninidade da pessoa ofendida. Se dou um tapa num bebê, tenho culpa. Se bato o mesmo tapa numa mulher adulta, eu a ofendo mais porque ela entende. Se esta mulher é minha mãe, a culpa cresce. Sendo assim, a ofensa feita a Deus é infinita, e merece punição infinita. Como o homem é finito, ele não pode sofrer castigo em grau infinito. Então o castigo tem que ser infinito na sua duração!

As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem, ao mesmo tempo, um apelo urgente à conversão: «Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e espaçoso o caminho que levam à perdição e muitos são os que seguem por eles. Que estreita é a porta e apertado o caminho que levam à vida e como são poucos aqueles que os encontram!» (Mt 7, 13-14,Catecismo da Igreja Católica,1036)

Espero que tenha lhe ajudado e que não esteja mais confuso, e acredito que com o que foi explicado acima, Ajudará você a refutar os falsos argumentos deste seu amigo!

Escreva Sempre que quizer!

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA

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