Prezado
Sr Geraldo,Salve Maria! “Mãe de Meu Senhor”(S.lucas 1,43)
A palavra Purgatório não está escrita na Bíblia, mas a realidade do Purgatório ali está consignada.
É uma regra da Fé é o Magistério vivo da
Igreja, que nos explica a Bíblia e a Tradição.
No Concílio de Trento a Santa Igreja por exemplo ensinou:
“Canon 80. Se alguém disser que depois de recebida a graça
da justificação, de tal maneira se lhe perdoa a culpa esse apaga o reato da
pena eterna a qualquer pecador arrependido, que não lhe resta culpa alguma de
pena temporal que tenha que se pagar neste mundo ou no outro no
Purgatório, antes que se possa abrir a entrada no reino dos céus, seja anátema”.
(Concílio de Trento, can. 80.
Denzinger, 840).
Também o Catecismo atual da Igreja Católica ensina:
A Igreja denomina
Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do
castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao
Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a
certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo
purificador" (Catecismo da Igreja Católica can 1030 e 1031)
Na Sagrada Escritura a existência do purgatório é
ensinado em algumas passagens, Cito-lhe três onde esta doutrina pode ser
mais clara e facilmente compreendida:
"Mas, se o tal administrador imaginar consigo: 'Meu
senhor tardará a vir'. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a
beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar
(...) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a
vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com
numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer
coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se
deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, mais se há de
exigir." (Lc 12,45-48).
Vejam que os
administradores serão cobrados pelo seu Senhor "no dia em que não o
esperar", isto é, no dia de sua morte. O administrador infiel o Senhor o
"mandará ao destino dos infiéis", isto é, para o Inferno. No entanto
o "servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e
lhe desobedeceu " e o outro servo que "ignorando a vontade de seu
senhor, fizer coisas repreensíveis" não serão enviados para o
"destino dos infiéis", como o mal adminstrador. Um "será
açoitado com numerosos golpes" e o outro " será açoitado com poucos
golpes", isto é, estão salvos, mas sofreram a pena temporal de seus
pecados.
Veja ainda:
"Eu porém vos digo: todo aquele que se encolerizar
contra o seu irmão terá de responder no tribunal. Aquele que chamar a seu
irmão: 'cretino', estará sujeito ao julgamento do Sinédrio. Aquele que lhe
chamar: 'louco', terá de responder na geena de fogo (...) Assume logo uma
atitude reconciliadora com o teu adversário, enquanto estás a caminho, para não
acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça
e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás,
enquanto não pagares o último centavo" (Mt 5,22.25-26).
Aqui Nosso Senhor
recomenda-nos a nos livrarmos do apego ao pecado durante nossa caminhada
terrena. Nosso Senhor fala daquele que será entregue ao Sinédrio (ao juiz) e
aquele que irá para a "geena de fogo" ( para o Inferno). Aquele é que
entrgue ao juiz, não sairá da prisão até que page "o último centavo",
isto é, quando ele pagar o último centavo, saírá da prisão. Esta parábola
mostra claramente que o que será entregue ao juiz, é o que não merece ir para o
inferno, está salvo, mas precisa pagar a pena temporal de seu pecado (pagar até
"o último centavo"). Depois saírá da prisão (do purgatório) e então
ganhará a liberdade, isto é, estará na presença de Deus, no céu, onde realmente
estamos livres.
O justo (aquele que se reconciliou com Deus) na
maioria das vezes morre sem estar em estado de santidade, isto é, sua alma não
se encontra entre as “almas dos justos que chegaram à perfeição”
(cf. Hb 12,21-24).
Se
sua alma ainda não chegou à perfeição, significa que ele ainda possui vontade
de pecar. Então como ele irá entrar no céu? Como irá entrar na “cidade do
Deus vivo, da Jerusalém celestial”?
Claro
que ele por ser justo não foi condenado ao inferno, porém pelo fato de ainda
possuir inclinações ao pecado não pode entrar no Céu. Ele precisa então ser
purificado de suas inclinações pecaminosas, este estado de purificação após a
morte é que chamamos de Purgatório, pois purga, cura, o justo naquilo que ainda
ele tiver de impuro.
Jesus ainda disse: "Entra em
acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para
que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e
sejas posto em prisão. Em verdade te
digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo"
(Mt 5,25-26) (grifos meus).
Esta "prisão" a que Nosso Senhor se
refere não pode ser o inferno, pois lá a punição é eterna. Logo, Cristo está
nesta passagem falando do purgatório.
O termo limbo é aplicado teologicamente ao:
1-Lugar temporário ou estado das almas dos justos que,apesar de livres dos pecados,estavam excluidos da visão beatifica até a ascensão triunfante de Cristo ao Céu(o "limbus patrum")
O termo limbo é aplicado teologicamente ao:
1-Lugar temporário ou estado das almas dos justos que,apesar de livres dos pecados,estavam excluidos da visão beatifica até a ascensão triunfante de Cristo ao Céu(o "limbus patrum")
2-Ao lugar ou estado permanente daquelas crianças não batizadas e de outros que,morrendo sem nenhum pecado pessoal grave,são excluídos da visão beatifica por causa do pecado original (o "limbus infantium").
3-O limbus patrum é mencionado diversas vezes no antigo testamento,como na parábola de Lázaro e o rico epulão,onde é chamado de "seio de Abraão"(Lucas 16,22),por exemplo.
A crença no limbus patrum era corrente entre os judeus no tempo de Jesus,e a tradição patrística também suporta inequivocamente sua existência.
3-O limbus patrum é mencionado diversas vezes no antigo testamento,como na parábola de Lázaro e o rico epulão,onde é chamado de "seio de Abraão"(Lucas 16,22),por exemplo.
A crença no limbus patrum era corrente entre os judeus no tempo de Jesus,e a tradição patrística também suporta inequivocamente sua existência.
Com
relação a questão das imagens,como este assunto já foi devidamente respondido
ou comentado em nosso blog, por isso,peço ao Sr que acesse aos devidos links
abaixo para saber de nossas respostas sobre o assunto:
http://wwwapostoladodefesacatolica.blogspot.com.br/2016/04/respostas-catolicas-quero-saber-onde.html
Espero ter ajudado, Rezo por
sua conversão e escreva-nos sempre!
Ad Majorem Dei Gloriam,
EDGAR
LEANDRO DA SILVA
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