domingo, 20 de agosto de 2017

COMENTÁRIOS: A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA NO BRASIL

Por Edgar leandro da Silva

Caríssimos Irmãos e Irmãs,Salve Maria!


Hoje dando continuidade á Homenagem de Nosso Apostolado ao movimento carismático, comentaremos sobre seu surgimento e inicio no Brasil. Vale a pena conferir!

No início da Renovação Carismática aqui no Brasil, por volta de 1970, ela se caracterizava por pequenos grupos que se reuniam para louvar e orar a Deus. A oração era espontânea, com um coordenador que organizava as temáticas (perdão, louvor etc.), mas não era alguém que conduzia as orações. Os carismas manifestavam-se como consequência de uma vida dedicada à oração, da gratuidade do louvor a Deus.
A Igreja Católica no Brasil vivia um momento muito delicado, pois a Teologia da Libertação e Leonardo Boff haviam sido condenados pelas instruções da Congregação para a Doutrina da Fé. A RCC, por sua vez, era um fenômeno insipiente, também perseguido, inclusive, em muitos locais nem sala tinha para as reuniões.
Dez anos depois o cenário havia mudado completamente. As reuniões já aconteciam dentro do Templo; os chamados grupos de oração já tinham uma estrutura maior, com uma pessoa ao microfone conduzindo as orações. Na década de 90, a RCC cresceu de forma desordenada (inchou) e produziu um fenômeno semelhante aquele da segunda onda do pentecostalismo, ou seja, as pessoas procuravam os grupos de oração não tanto pelo Deus dos dons, mas sim, pelos dons de Deus. Havia uma sede de milagres e de prodígios, mas não houve a correspondente força da conversão.
A conversão pessoal ficou em segundo plano, na medida em que as pessoas afluíam para os grupos de oração em busca dos milagres e prodígios, sem contudo, buscar a santidade. Esse fenômeno fez com que surgissem no Brasil inúmeras comunidades por todo o Brasil formadas justamente pelos integrantes dos grupos de oração que buscavam a santidade de vida. Uma das comunidades surgidas foi a Comunidade Canção Nova, calcada no discurso do hoje Monsenhor Jonas Abib: 'ou santos ou nada'.
Atualmente a Renovação Carismática Católica no Brasil vive um movimento contrário, pois ela está num movimento de descida, perdendo a quantidade de pessoas, num processo de purificação. A tendência é estabilizar e permanecer nela somente aqueles que realmente desejam a santidade, a oração e estar em comunhão com o que a Igreja prega.
Ao longo desses trinta anos, a RCC viveu também a três ondas do pentecostalismo, porém, a terceira não fez muito sucesso. O movimento em si não aceitou a teologia da prosperidade, mas, alguns pregadores, de forma individual sim. Infelizmente, a RCC foi vítima de tentações espirituais (dinheiro, poder etc.) e o caminho natural é a purificação.
A Renovação Carismática Católica costuma identificar-se como sendo um fruto do Concílio Vaticano II, é preciso, então, saber o que o CVII diz acerca dos carismas:
Além disso, este mesmo Espírito Santo não só santifica e conduz o Povo de Deus por meio dos sacramentos e ministérios e o adorna com virtudes, mas «distribuindo a cada um os seus dons como lhe apraz» (1 Cor. 12,11), distribui também graças especiais entre os fiéis de todas as classes, as quais os tornam aptos e dispostos a tomar diversas obras e encargos, proveitosos para a renovação e cada vez mais ampla edificação da Igreja, segundo aquelas palavras: ; «a cada qual se concede a manifestação do Espírito em ordem ao bem comum» (1 Cor. 12,7). Estes carismas, quer sejam os mais elevados, quer também os mais simples e comuns, devem ser recebidos com acção de graças e consolação, por serem muito acomodados e úteis às necessidades da Igreja. Não se devem porém, pedir temerariamente, os dons extraordinários nem deles se devem esperar com presunção os frutos das obras apostólicas; e o juízo acerca da sua autenticidade e recto uso, pertence àqueles que presidem na Igreja e aos quais compete de modo especial não extinguir o Espírito mas julgar tudo e conservar o que é bom (cfr. 1 Tess. 5, 12. 19-21). (Lumen Gentium, 12)

Existem abusos na RCC, sim existem e devem ser devidamente corrigidos! Cuidado, entretanto, todavia, para não jogar fora o bebê com a água do banho. Infelizmente ocorre na RCC (mas não só na mesma) Missas Barulhentas e com palmas, ritos estranhos no meio da liturgia com ênfase demasiada nos dons extraordinários, prática de libertação fora da doutrina católica, tudo isso deve combatido e é, mas pelo Papa! Contudo, combatamos os abusos, mas não a RCC em si...

Rezemos portanto, por todos aqueles ou aquelas que fazem parte deste movimento!

Ad Majorem Dei Gloriam,


EDGAR LEANDRO DA SILVA 

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