Por Edgar leandro
da Silva
Caríssimos Irmãos
e Irmãs,Salve Maria!
Hoje dando
continuidade á Homenagem de Nosso Apostolado ao movimento carismático, comentaremos
sobre seu surgimento e inicio no Brasil. Vale a pena conferir!
No início da Renovação Carismática aqui no
Brasil, por volta de 1970, ela se caracterizava por pequenos grupos que se
reuniam para louvar e orar a Deus. A oração era espontânea, com um coordenador
que organizava as temáticas (perdão, louvor etc.), mas não era alguém que
conduzia as orações. Os carismas manifestavam-se como consequência de uma vida
dedicada à oração, da gratuidade do louvor a Deus.
A Igreja Católica no Brasil vivia um momento
muito delicado, pois a Teologia da Libertação e Leonardo Boff haviam sido
condenados pelas instruções da Congregação para a Doutrina da Fé. A RCC, por
sua vez, era um fenômeno insipiente, também perseguido, inclusive, em muitos
locais nem sala tinha para as reuniões.
Dez anos depois o cenário havia mudado
completamente. As reuniões já aconteciam dentro do Templo; os chamados grupos
de oração já tinham uma estrutura maior, com uma pessoa ao microfone conduzindo
as orações. Na década de 90, a RCC cresceu de forma desordenada (inchou) e
produziu um fenômeno semelhante aquele da segunda onda do pentecostalismo, ou
seja, as pessoas procuravam os grupos de oração não tanto pelo Deus dos dons,
mas sim, pelos dons de Deus. Havia uma sede de milagres e de prodígios, mas não
houve a correspondente força da conversão.
A conversão pessoal ficou em segundo plano, na
medida em que as pessoas afluíam para os grupos de oração em busca dos milagres
e prodígios, sem contudo, buscar a santidade. Esse fenômeno fez com que
surgissem no Brasil inúmeras comunidades por todo o Brasil formadas justamente
pelos integrantes dos grupos de oração que buscavam a santidade de vida. Uma
das comunidades surgidas foi a Comunidade Canção Nova, calcada no discurso do
hoje Monsenhor Jonas Abib: 'ou santos ou nada'.
Atualmente a Renovação Carismática Católica no
Brasil vive um movimento contrário, pois ela está num movimento de descida,
perdendo a quantidade de pessoas, num processo de purificação. A tendência é
estabilizar e permanecer nela somente aqueles que realmente desejam a
santidade, a oração e estar em comunhão com o que a Igreja prega.
Ao longo desses trinta anos, a RCC viveu também
a três ondas do pentecostalismo, porém, a terceira não fez muito sucesso. O
movimento em si não aceitou a teologia da prosperidade, mas, alguns pregadores,
de forma individual sim. Infelizmente, a RCC foi vítima de tentações
espirituais (dinheiro, poder etc.) e o caminho natural é a purificação.
A Renovação Carismática Católica costuma
identificar-se como sendo um fruto do Concílio Vaticano II, é preciso, então,
saber o que o CVII diz acerca dos carismas:
Além disso, este mesmo
Espírito Santo não só santifica e conduz o Povo de Deus por meio dos sacramentos
e ministérios e o adorna com virtudes, mas «distribuindo a cada um os seus dons
como lhe apraz» (1 Cor. 12,11), distribui também graças especiais entre os
fiéis de todas as classes, as quais os tornam aptos e dispostos a tomar
diversas obras e encargos, proveitosos para a renovação e cada vez mais ampla
edificação da Igreja, segundo aquelas palavras: ; «a cada qual se concede a
manifestação do Espírito em ordem ao bem comum» (1 Cor. 12,7). Estes carismas,
quer sejam os mais elevados, quer também os mais simples e comuns, devem ser
recebidos com acção de graças e consolação, por serem muito acomodados e úteis
às necessidades da Igreja. Não se devem porém, pedir temerariamente, os dons
extraordinários nem deles se devem esperar com presunção os frutos das obras
apostólicas; e o juízo acerca da sua autenticidade e recto uso, pertence
àqueles que presidem na Igreja e aos quais compete de modo especial não
extinguir o Espírito mas julgar tudo e conservar o que é bom (cfr. 1 Tess. 5,
12. 19-21). (Lumen Gentium, 12)
Existem abusos na RCC, sim existem e
devem ser devidamente corrigidos! Cuidado, entretanto, todavia, para não jogar
fora o bebê com a água do banho. Infelizmente ocorre na RCC (mas não só na
mesma) Missas Barulhentas e com palmas, ritos estranhos no meio da liturgia com
ênfase demasiada nos dons extraordinários, prática de libertação fora da
doutrina católica, tudo isso deve combatido e é, mas pelo Papa! Contudo, combatamos
os abusos, mas não a RCC em si...
Rezemos portanto, por todos aqueles ou
aquelas que fazem parte deste movimento!
Ad Majorem Dei Gloriam,
EDGAR LEANDRO DA SILVA
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