Prezados Irmãos e Irmãs,Salve Maria.
É Com grande alegria que postaremos
hoje,para encerrar o mês especial em homenagem aos 10 anos da liberação
universal da Forma Extraordinaria do Rito Romano(Missa Tridentina) um
testemunho de um rapaz que mora em Petrolina/PE e que a nosso pedido,
gentilmente nos enviou.
Por isso, acompanhemos com alegria e
com muita satisfação o testemunho do mesmo, esse vale e muito a pena conferir!
Por Cassio Bezerra Lucena
“A beleza salvará o mundo.” Fiódor Dostoiévski.
Ao citar a frase do
escritor Russo, o então papa Bento XVI, na ocasião do encontro com artistas na
Capela Sistina em 2009, abordava precisamente um dos maiores problemas da
modernidade. “O homem moderno brigou com a beleza” ouviria eu ainda de um amigo
próximo alguns anos depois. De fato, a beleza parece ter perdido espaço na vida
do homem contemporâneo. E foi, dentre outras coisas, o fascínio pela beleza que
me trouxe ao rito Tridentino.
Conheci a Missa na sua
forma Extraordinária na acanhada igreja de Nossa Senhora do Rosário da Boa
Vista, em Recife. E se a
arquitetura por si já evidencia o bom gosto de nossos predecessores, o rito a
torna uma verdadeira pulchritudinis domus,
uma casa onde habita a beleza. O local onde o rito acontece dialoga
perfeitamente com a arquitetura sacra. Aliás, faz-se notório que, assim como a
roupa veste o homem conforme sua dignidade, as imponentes arquiteturas das
antigas igrejas tinham por função comportar intramuros
o belíssimo rito, que por sua vez tem por razão de ser a Santa Eucaristia.
Contemplar as igrejas antigas sem compreender o Rito Gregoriano é o equivalente
a admirar as vestes de realeza enquanto se rejeita o Rei. Trata-se de algo
inócuo, vazio de sentido.
O primeiro elemento
distintivo da missa é certamente o silêncio. Este acompanha o padre e a
assembleia nos momentos mais solenes. Auxilia no exame de consciência e prepara
a todos para a Santa Comunhão. Incrivelmente, encarar o silêncio inicialmente
pode ser massacrante para quem está conhecendo o Rito Gregoriano, pois na
loucura do mundo lá fora o homem moderno também deixou de meditar e trata o
silêncio como um estranho indesejado. É como se o doente, envenenado pela
celeuma do cotidiano, por nunca ter experimentado o antídoto para sua
enfermidade, rejeitasse a cura simplesmente por não conhecê-la.
Outro ponto
clarividente é a solenidade na liturgia. A primeira vez que assisti a uma missa
no rito antigo muito pouco por mim foi compreendido. Contudo, a formalidade das
vestes, dos ornamentos, objetos litúrgicos, os gestos do padre, acólitos, bem
como da própria assembleia perfazem harmonicamente todo o enredo da verdadeira
renovação do Sacrifício do Calvário. Tudo é demasiado didático. Absolutamente
tudo está voltado para Cristo, o Cordeiro de Deus. Apenas testemunhando tão
grande solenidade é que se pode compreender porque os índios ao presenciarem a
primeira missa no Brasil, permaneceram todos quietos e de joelhos, mesmo sem
compreender uma só palavra sequer.
Para completar a
interminável beleza da Santa Missa, há ainda a imortal língua latina.
Eternizada na qualidade literária de Cícero, Virgilio, Horácio e tantos outros
cujos padres da Igreja, em entendendo serem estes gigantes das letras, não só
preservaram segundo a tradição humanista suas obras, mas perpetuaram sua
língua. Santo Agostinho, santo Ambrósio, São Jerônimo se por um lado fossem
capazes de presumir a iminente queda do Império Romano, por outro estavam
certos de que a Roma Católica seria eterna. E é na língua proferida por estes
gigantes, não por acaso a oficial da Igreja Católica Apostólica Romana, que o
padre faz acontecer o Santo Sacrifício.
Em suma, a Missa
Tridentina representa não somente a Tradição da Igreja Católica, mas a tradição
de toda a epopéia do pensamento ocidental. É como fiel depositária desta
Tradição que a Santa Igreja solenemente faz acontecer em seu seio a mais bela
das obras de arte. Ao assimilar a Missa estamos nos confrontando com nós
mesmos, pois estamos diante da essência da nossa civilização. Recebemos
diretamente a herança de nossos antepassados cristãos na plena certeza de que
presenciaram, assim como nós, o verdadeiro Sacrifício no altar de Deus. E assim
como o homem tem como fim-último contemplar a Deus em sua infinita beleza
face-a-face, a Missa tem por finalidade a contemplação do Sacrifício Perfeito.
Deste modo, desejamos ardentemente ser salvos pela Verdade, esta somente capaz
de conter em si toda a beleza. Ou ainda, nas palavras de Bento XVI no mesmo
discurso aos artistas: “A beleza, como a verdade, é o que infunde alegria no
coração dos homens, é aquele fruto precioso que resiste ao desgaste do tempo,
que une as gerações e as faz comunicar na admiração.”
Rezemos para que um
dia,assim como nosso irmão Cássio teve o privilégio,assim todas as pessoas, em Todas as Dioceses do Mundo inteiro,possam também ter o prazer de rezar esta Santa Missa.
Ad Majorem Dei
Gloriam,
EDGAR LEANDRO DA SILVA
Excelente texto do nosso amigo Cassio! Realmente, ele tocou nos pontos principais que um "novato " no Rito Tridentino se depara ao assisti a ela pela primeira vez. Ao mesmo tempo, mostrou a força catequética da Missa Tridentina para o mundo.
ResponderEliminarConheci o Rito Tridentino a pouco tempo e quanto mais participo mais quero que outras pessoas o conheçam.
Caro Cícero,Salve Maria.
EliminarRealmente foi um ótimo texto de nosso irmão e amigo Cássio.de fato! é importante que as pessoas possam conhecer a forma Extraordinária do Rito Romano,rezemos para que isso possa acontecer e principalmente para que a juventude possa amar e também conhecer o "Céu na terra" que é esta Santa Missa.
Convido-o desde já,que você além desta postagem feita em nosso blog,possa também conhecer outras que constam aqui,inclusive até sobre este assunto,além claro de ser nosso amigo no facebook do Apostolado.
Que Deus te abençõe,
Ad Majorem Dei Gloriam,
EDGAR