quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A MISSA TRIDENTINA É A MISSA DE SEMPRE DA IGREJA? REFUTANDO ARTIGO DE “TRADICIONALISTA” 2ª E ÚLTIMA PARTE!

Prezados Irmãos e Irmãs,Pax Domini!


Como foi dito por nós,estaremos hoje aqui em Nosso Blog Tentando Refutar o artigo que foi postado por um membro de nosso grupo do face Book,”Amigos da Missa Tridentina”(o qual repito não estaremos citando o nome,mas quem faz parte deste grupo já sabe quem é!) que refutou um artigo nosso que se provava que a Missa Tridentina não é a Missa de Sempre da Igreja.

Na Segunda parte deste artigo,estaremos hoje sim,tentando refutar o que foi dito por ele,e exclarecer aos nossos irmãos e irmãs,melhor sobre o assunto.
Então vamos começar:

“Tradicionalista”diz : Toda Missa é de SEMPRE? E para SEMPRE?... Não!!! Não é...Esta afirmação está ERRADA!!! E BASTA VC USAR O SEU BOM SENSO PARA VER ISSO...
Ou ACEITAR E OBEDECER OS SANTOS CONCILIAS E DEMAIS DECRETOS, ETC...

Apostolado Defesa Católica responde: Bem,como foi explicado em nosso Artigo,A Missa Tridentina não é a Missa de Sempre da Igreja. Explicamos também em nosso Artigo,baseando-se claro nas explicações do Dr Rafael,que Toda Missa é sim de Sempre(e não só a Tridentina) Do Contrário não seria Missa!
Dissemos também que também seria errado dizer:”Rito de Sempre” pois que o Rito a que se refere foi codificado por São Pio V,mas baseado no sacramentário de São Gregório Magno e que mais.que existe na História Ritos ainda mais antigos que o Romano(ou seja ainda mais antigos que a Missa Tridentina)) Portanto baseando-se nestes dois argumentos,não pode existir um “Rito De Sempre” muito menos uma única forma de rezar,ou seja dizer que a Missa Tridentina é a Missa de Sempre da igreja!
Será que este nosso Irmão “Tradicionalista” teve o bom “senso” em observar e estudar estes detalhes? Eu acredito que não! Isso foi explicado em nosso artigo!

“Tradicionalista”diz: A Santa Missa é de SEMPRE e para SEMPRE o MESMO Santo Sacrifício de Nossa Senhor Jesus Cristo!!!

DEVE TER ORIGEM APOSTÓLICA!

Apostolado Defesa Católica responde: Interessante que este nosso irmão,fala de um jeito,mesmo indireto da Missa Tridentina como Sendo o Sacrificio de Nosso Senhor,e que deve ter origem Apostólica,como se a Missa “Nova”  Não tivesse...

Sinceramente gostaríamos de saber dele,da aonde ele tirou esta informação? Algum Papa,declarou isso? Se assim aconteceu,gostaria que o nosso irmão,nos mostrasse tal afirmação!

Sim,porque o Legítimo Sucessor de São Pedro,chefe da Igreja,O Papa Paulo VI declarou em seu documento que fala sobre o novo Missal que a Missa Nova,Atual é:

 "celebração do sacrifício eucarístico" (Sua Santidade, o Papa Paulo VI. Constituição Apostólica Missale Romanum).

Logo se a Missa Tridentina,é o sacrifício de nosso Senhor,e que por isso também tem Origem Apostólica,a Missa Nova(como os demais Ritos da igreja) também Tem,e nem poderia ser diferente!

“Tradicionalista”diz : A verdadeira Missa retorna aos tempos apostólicos; e foi “codificada”, solidificada, ou petrificada pelo Papa São Pio V em sua Bula Papal Quo Primum Tempore em 14 de Julho de 1570. Papa São Pio V especificou o exato ritual da Missa “do e para” o Rito Romano. Somente essa Liturgia ou Ritual era pra ser usada desde aquele tempo até o fim dos tempos (para o Rito Romano).

Apostolado Defesa Católica responde: Sobre a Missa Tridentina ter sido Codificada ou mesmo Solificada pelo Papa São Pio V concordamos claramente,agora ela ter sido “Petrificada” achamos no entanto,este termo  um exagero da parte de nosso irmão “Tradicionalista”. Mas,Sem Dúvida esta Bula é bem usada pelos “Tradicionalistas”  que afirmam que  somente esta forma deveria ser Rezada até hoje.Porém por outro lado,existem alguns pontos que precisam ser exclarecidos acerca deste documento do Papa:

Primeiro: a Quo Primum foi um documento disciplinar, não uma definição doutrinária infalível acerca da Missa. Como tal, não há razão para se pensar que é irreversível.

Segundo: o propósito de Pio V na Quo Primum foi o de estabecer padrões para a celebração da Missa através do Rito Romano; não o de determinar como a Missa deveria ser celebrada até o fim dos tempos. Ainda que permitisse algumas exceções, o Missal de Pio V seria a norma.

Pio V queria assegurar que os padres "conservadores" de seus dias não continuariam a celebrar suas liturgias locais próprias, em prejuízo do então novo Missal Romano revisado. Em outras palavras: ele suprimiu muitas liturgias locais para estabelecer uma uniformidade de rito conforme as necessidades dos seus dias.

Terceiro: a declaração na Quo Primum que diz: "ninguém será forçado ou coagido a alterar este Missal", não estava destinada aos futuros sacerdotes que iriam se desagradar com as alterações litúrgicas feitas por um Papa futuro e que, assim, acabariam por querer manter a liturgia de Pio V. Era uma garantia para os sacerdotes daqueles dias, que seguiam o Missal revisado ao invés da liturgia admitida por um bispo local hesitante.

Quarto: quando a Quo Primum menciona aqueles que estavam proibidos de alterar o Missal revisado, não diz nada acerca dos futuros Papas. Ademais, como poderia Pio V proibir seus sucessores de revisarem o seu Missal? Se Pio V tinha o poder de alterar as liturgias dos seus predecessores, por que os Papas futuros não teriam o poder de revisar a sua liturgia? Ora, sua autoridade não poderia ser superior à autoridade dos demais.

Quinto: não há evidência de que Pio V tinha qualquer intenção de limitar a autoridade pastoral dos Papas posteriores sobre a Igreja. Desde o século XVI se verificam numerosas alterações no Missal de Pio V aprovadas por vários Papas. Embora nenhuma tenha sido tão extensa quanto a de Paulo VI, houve sim alterações - um fato que refuta a leitura lefebvrista da Quo Primum.
Acreditamos que estas explicações deixam mais claro a interpretação da Bula Quo Primum Tempore do Papa São Pio V,no que diz respeito ao seu Missal.

“Tradicionalista” diz: O Concilium foi ajudado por seis ‘observadores’ (ministros) protestantes que desempenharam um gigantesco papel em desenvolver a Missa Nova. Paulo VI agradeceu-os publicamente pela sua assistência em reeditar em uma nova maneira textos litúrgicos, de forma que a lex orandi (a lei da oração) conformou-se melhor a lex credendi (a lei da crença). É necessária uma nova liturgia para uma nova religião. A Missa Nova é a lei nova da crença não-católica.(Grifos Meus)

Apostolado Defesa Católica responde: Mesmo que seja verdade,que pastores Protestantes ajudaram a “desenvolver a Missa Nova” Isso não faz da mesma ser menos Católica!

a Instrução Geral do Missal Romano - documento que serve de proêmio ao Missal, dando a fundamentação teológica da Missa - é claríssima:
 "A natureza sacrifical da Missa, que o Concílio de Trento solenemente afirmou, em concordância com a universal tradição da Igreja, foi de novo proclamada pelo Concílio Vaticano II (...). (...) Assim, no novo Missal a regra da oração da Igreja corresponde à regra perene da fé, que nos ensina a identidade, exceto quanto ao modo de oferecer, entre o sacrifício da cruz e sua renovação sacramental na Missa, que o Cristo Senhor instituiu na última Ceia e mandou os Apóstolos fazerem em sua memória. Por conseguinte a Missa é simultaneamente sacrifício de louvor, de ação de graças, de propiciação e de satisfação." (IGMR, 2)
 
Não se pode dizer que, na mentalidade do Papa Paulo VI, que aprovou o novo rito, e de João Paulo II, que o manteve, a Santa Missa não fosse mais considerada sacrifício.ou que fosse “menos católica”  É uma acusação infundada, pois, a de que a Missa "nova" pretende ser apenas também,uma ceia espiritual à moda protestante.

E O Papa Bento XVI, mencionando a Instrução Geral do Missal Romano: “[...]
Cada Igreja particular deve estar de acordo com a Igreja universal não só sobre a doutrina da fé e os sinais sacramentais, mas nos usos universalmente transmitidos pela tradição apostólica contínua. Estes devem manter-se não só para evitar os enganos, mas também para que a fé seja transmitida em sua integridade, já que a regra de oração da Igreja (lex orandi) corresponde a sua regra da fé (lex credendi)’” (SS. PAPA BENTO XVI, Motu Proprio Summorum Pontificum)( Grifos nossos)

Logo a Missa “Nova”,ou a forma Ordinária do Rito Romano é tão Católica Quanto a Forma Extraordinária da Missa,ou seja a Missa Tridentina.
“Tradicionalista” diz: Julgando a Novus Ordo Missae (Missa Nova) em si mesma, em sua forma oficial latina, Cardeais Ottavani e Bacci escreveram a Paulo VI em 25 de setembro de 1969:

“A Novus Ordo (Missa Nova) representa uma impressionante ruptura com a teologia católica da Missa (DE SEMPRE), tanto inteiramente quanto em seus detalhes, como foi formulada na Sessão 22 do Concílio de Trento. Das 12 orações do ofertório no Rito Tradicional, somente duas são retidas na Missa Nova. E de interesse é o fato que as orações apagadas são as mesmas que Lutero e Cranmer eliminaram".

Apostolado Defesa Católica responde: Como já foi provado a Missa Nova não rompe com a Teologia Católica da Missa,porém nós reconhecemos que o Novo Ordo Missae possui sim,alguns detalhes que precisam ser melhorados e que põem com isso em desvantagem diante do Missal Romano do Papa São Pio V.

Estes detalhes se encontram ao nível de forma e expressão litúrgica, mas nunca na essência do Missal. É bom deixar isso claro!

lembramos que os constantes abusos na liturgia, tão comuns em nossos dias, não são causados pelo novo Missal. A Missa "nova" simplesmente não é os seus abusos. O abuso, diz o aforismo, não tolhe o uso. Missas com palmas, com paramentos estranhos (ou mesmo sem paramento algum!), o celebrante mudando as palavras e as cerimônias, falta de sacralidade, bandas de rock "animando" a celebração, leigos distribuindo a Eucaristia fora dos casos de extrema necessidade previstos, quase desuso do gregoriano, da polifonia sacra e dos cantos populares mais tradicionais, presença de pastores protestantes nos altares para participar da Missa, falta de fé de muitos em que a Missa seja realmente sacrifício ou na conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo, novidades nada respeitosas... Tudo isso são abusos, claro. Mas não decorrem da reforma litúrgica! A culpa, definitivamente, não é da Missa "nova".

“Tradicionalista” diz: A proposição do Sínodo condena o seguinte em respeito da Missa Nova:

“por trazer de volta (a liturgia) a uma maior simplicidade de Ritos, expressando-a no idioma vernacular, pronunciada em voz alta”. Essas mudanças foram condenadas pelo Papa Pio VI como “imprudente, ofensiva aos ouvidos pios, insultante à Igreja, favorável às acusações dos hereges”
Apostolado Defesa Católica Responde: Existe uma questão aqui,em que este nosso irmão “Tradicionalista” não está sabendo,ou se sabe ignora!

As Missas no rito romano nunca deixaram de ser em latim. Apenas houve a autorização, desde Paulo VI, para a celebração em vernáculo. O latim, entretanto, não foi abolido. Basta prestar atenção às Missas do Papa e mesmo de algumas organizações e veremos que são celebradas seguidamente no idioma latino.

Logo a Missa “Nova” de Paulo VI pode perfeitamente também ser celebrada em Latim.

Logo esta afirmação do “Tradicionalista” não faz sentido.

“Tradicionalista” diz:Declara a 7ª Sessão, Canon 13 do Concílio de Trento que:

“Se alguém disser que os ritos aceitos e aprovados pela Igreja Católica, que costumam ser usados na administração solene dos sacramentos, podem ser desprezados ou sem pecado omitidos a bel-prazer pelos ministros, ou mudados em novos (NUMA MISSA NOVA) e em outros por qualquer pastor de igrejas — SEJA EXCOMUNGADO.”

Apostolado Defesa Católica responde: Quem sabe ler, vê claramente que o Concílio de Trento afirmou que  os ritos recebidos e aprovados pela Igreja Católica, que se costumam empregar na administração solene dos sacramentos” NAÕ PODEM “ser desdenhados pelos ministros, segundo, seu arbítrio”, muito menos pelo arbítrio de leigos.
Ora, a Missa de Paulo VI é um dos “ritos recebidos e aprovados pela Igreja Católica”, logo não pode ser desdenhado pelo arbítrio alheio!
Ora,a Missa de Paulo VI foi aprovado e promulgado pela Igreja em comunhão com os seus Bispos,na realização do Concílio Ecumênico de Trento!
Por isso perguntamos a este nosso irmão Tradicionalista: Será que algum Católico de verdade pode ser Contra este Missal? Será que lhe é dado este direito? Em qual Documento diz isso?

O cânon supracitado também afirma que os “ritos recebidos e aprovados pela Igreja” não podem ser “mudados em outros novos por qualquer pastor da Igreja”. Condena-se aqui também,as invencionices litúrgicas dos padres moderninhos e modernistas, enfim todos aqueles que não respeitam as rubricas do Missal Romano...

“Tradicionalista” diz: O Concílio de Florença, em 1442, declarou que as seguintes palavras devem ser usadas na missa para uma consagração válida:

“Portanto as palavras da consagração, que são a forma desse sacramento, são essas:

‘Pois esse é meu corpo: pois esse é o cálice do meu sangue, do novo e eterno testamento, o mistério da fé: que deverá ser derramado por você e por muitos para a remissão dos pecados’”

Lembre que nós estabelecemos que a declaração do Concílio de Florença claramente determinou as palavras de consagração que é a forma das palavras que devem ser usados para ter um sacramento válido. Mais adiante, Papa São Pio V declara em De Defectibus Cap. 5, Parte 1: “Se alguém remover ou mudar qualquer coisa na forma da consagração do Corpo e Sangue, e por essa mudança de palavras, não significar a mesma coisa que essas palavras, ela não confecciona o sacramento”.
Nosso Senhor Jesus Cristo não usou a palavra “todos” entre as coisas que disse em Mateus 26, 28. Ele usou a palavra “muitos”.
DE ACORDO COM ESSE DECRETO INFALÍVEL TODAS AS MISSAS QUE USAM "TODOS"NA CONSAGRAÇÃO SÃO INVÁLIDAS... 

Apostolado Defesa Católica Responde: Não é bem por aí como pensa o “Tradicionalista”
O Papa Bento XVI teria enviado aos bispos católicos da Alemanha uma mensagem determinando que a expressão “pro multis”, isto é, “por muitos”, da consagração eucarística do vinho, e que em várias línguas (incluindo a portuguesa) é actualmente traduzida “por todos”, seja a preferida, porque mais fiel ao texto bíblico.

É verdade, filologicamente. Mas não, semanticamente. E em hermenêutica bíblica, se interessa a filologia, mais, muito mais nos deve interessar a semântica!

Isso porque também apesar de haver esta “diferença” O Missal “por todos” foi canonicamente aprovado pela Igreja,e se foi aprovado,então porque também está correto!

Daí as declarações do Concílio de Florença,e o documento de São Pio V,citados pelo “Tradicionalista” não se inclue aqui,porque como já foi dito, o “Por Todos” foi aprovado pela Própria Igreja!



Para encerrar, queremos deixar claro duas  observações:

Em Primeiro lugar: Nós Aqui do Apostolado Defesa Católica,defendemos e provamos que a Missa Novo Promulgada Pelo Papa Paulo VI,como lícita e que deve ser aceita por todo bom Católico!  Não se pode, pois, comparar a Missa "antiga" bem celebrada, com toda a solenidade, com uma deturpação da verdadeira Missa "nova". A Missa "nova" não é irreverente. Veja-se o Papa celebrando no Vaticano, vejam-se os sacerdotes do Opus Dei, dos Legionários de Cristo, dos Arautos do Evangelho: podemos dizer que são irreverentes, que são bagunçadas, que são mundanas ou protestantes, que não expressam o sentido do sagrado ou o caráter de sacrifício? Evidentemente que não!

Em Segundo Lugar: Apesar disso,Nós do Apostolado Defesa Católica,valorizamos  mais a Missa Tridentina do que a Missa Nova.porém a preferência nossa pela Missa tradicional, tridentina, de São Pio V, não pode ser escudo para a rejeição da Missa renovada, reformada, de Paulo VI. Não se pode pensar que somos amigos da Missa Tridentina e Inimigos da Missa Nova! Tampouco pode-se colocar de um lado a Missa "antiga" como sinônimo de Missa em latim, como se a "nova" fosse em vernáculo (sabemos que continua a ser em latim, com permissão para o vernáculo), ou acusar essa última de sacrílega, não-sacrifical, herética, ilícita, inválida, favorecedora de heresia, ou confundi-la com os abusos litúrgicos que por aí vemos.

E em Terceiro Lugar:Nosso Apostolado, continuará sempre defendendo estas duas formas do Rito Romano. Porque ambas são verdadeiramente  Católicas,aprovadas pela Igreja Católica,e merecem nosso respeito e nossa consideração!

Esperamos também,que o nosso irmão “Tradicionalista”,(assim como outros que pensam como ele) Possam enxergar o outro lado também da Missa Nova,no sentido de ser também pode ser Sacrificio,Ser Piedosa e Ser Santa,E o melhor também poder ser em Latim!

Ad Majorem Dei Gloriam,

EDGAR LEANDRO DA SILVA



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